•Min Hee•
Meus pés parecem seguirem em contra gosto, sendo arrastado pela obrigação que meu córtex enviava aos meus membros. Tudo o que sempre ansiei estava para se tornar real, isso deveria remeter a boas sensações, pois era o motivo justo que me trouxe até Seoul.
Porém o gosto doce de tal ambição atingida vinha acompanhado de um sabor completamente amargo. Era como ter um dia de frio em um belo verão planejado com atividades que necessitam do calor típico.
Quando me veio a notícia de admissão a única sensação que me percorreu foi como encontrar um copo de água após dias andando em um deserto. E quando realmente a trouxe para suas consequências e necessidades percebi que esta água parecia ter saído direto do mar, com o puro gosto salino.
Acontece que não fora apenas dias no deserto, mas é como se eu tivesse as miragens em meio a ele, e elas me traziam boas sensações, o suficiente para trazer o esplêndido prazer sem ter o que preciso. Entretanto esta miragem fora uma própria criação da minha mente, que em busca de sassiar minha sede projetara tais visões prazerosas.
Ser admitida era uma coisa que eu ansiava desde o início, porém com o tempo tive uma aceitação de que talvez isso demorasse a acontecer, ou apenas se realizaria quando já estivesse terminado a faculdade, o fato é que eu havia aceitado que não aconteceria tão cedo.
Quando me apareceu a chance, atrelada aos meus sentimentos atuais e minhas condições psicológicas, e usei todos meus esforços para conseguir. A realidade é que o deserto seria meus dias em busca de um futuro, trabalhar no restaurante e conhecer Jin fora a grande miragem, e me deparar com um sentimento não correspondido foi como perceber que toda aquela sensação boa era apenas uma imaginação ilusória.
Conseguir a admissão por tal motivo é o copo de água, ele poderia acabar com minha sede, mas não traria os mesmos sentimentos ansiosos que a miragem.
Passo pelas grandes portas de vidro, encontrando Ha Na escorada no balcão. Ela me olha confusa assim que paro e abro minha bolsa, retirando meu uniforme, ao invés de seguir ao vestiário como de costume. Então a sub chefe demonstra cair em seu entendimento. Eu havia comentado com ela e com Jin sobre tais possibilidades, seria muita irresponsabilidade minha deixar a equipe sem uma aviso prévio.
-Jin está em uma reunião com a equipe, vou chama-lo.- ela ameaça seguir para dentro da cozinha.
- Não precisa. Poderia entregar a ele?- digo erguendo o envelope rosa que estava em cima da roupa e do crachá.
-Claro! Espero que tudo dê certo em seu novo emprego.- ela deixa um sorriso sincero, Ha Na era uma ótima pessoa para se trabalhar. Na verdade todos os funcionários tinham sorte, pois estávamos cercados de uma gestão completamente compreensiva.
-Eu realmente agradeço. Bem eu preciso levar meu documentos, irei iniciar amanhã.
-Tudo bem, boa sorte! Volte qualquer dia para um jantar Min Hee.- Ha Na diz acenando e eu balanço a cabeça em positivo enquanto meu corpo empurrava aquelas duas grandes portas de vidro para fora do local.
Olho em meu relógio percebendo que não havia muito tempo, o escritório fecharia em meia hora, e eu precisava entregar meus documentos para efetuar minha admissão. Resolvo por chamar um táxi, o vendo parar logo a minha frente abro sua porta e entro dizendo o endereço ao motorista. Quando fecho a porta, por extinto, meus olhos correm para o retrovisor externo, tendo a visão de Jin que corria para fora daquele restaurante, vindo em direção ao carro.
Mas já era tarde, o motorista já havia dado partido, nossos caminhos eram diferentes. Ele estava aprendendo a se amar, e eu a me odiar.
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Epiphany
Fanfiction"Eu sou quem eu deveria amar nesse mundo Esse meu eu brilhante, minha alma preciosa Eu finalmente percebi isso, então eu me amo Apesar de não ser perfeito, sou tão belo Eu sou quem eu deveria amar." Jin sabia amar como ninguém, era inegável que o a...