Epiphany

Five

"É tão estranho
Eu te amei profundamente, com certeza (eu te amei)
Eu me adaptei completamente a você, eu queria viver por você
Mas por continuar fazendo isso, eu simplesmente
Não consigo mais aturar a tempestade dentro do meu coração
Preciso revelar completamente meu verdadeiro eu por baixo da máscara sorridente."

•Min Hee•

Era sexta-feira, o movimento no restaurante fora grande como o de costume, com reservas lotadas e pessoas aguardando por vagas. Quando o expediente finalmente acabou eu me sentei atrás do balcão sentido a ardência em meus pés, esse era o resultado após horas em pé fazendo a rota das mesas até o balcão.

Eu estava realmente cansada, essa semana não havia sido nada fácil, foi a semana de provas na faculdade. As primeiras do último semestre, e a dificuldade aumentava com o tempo. Esses últimos dias eu quase não falara com o Jin, já que nos momentos em que aguardava o ônibus estavam com um livro aberto a minha frente.

Para meu alívio eu havia sobrevivido e toda tensão, havia passado, em resultado eu tinha o cansaço acumulado. Encosto o meu queixo em minha mão, usando meu braço de apoio, sentido meus olhos pesarem.

-Ei Min Hee!- Jin fala um pouco mais alto fazendo com que eu dê um leve pulo no banco. - Me desculpe não queria assuta-la.- ele se aproxima já sem o uniforme de cozinha.

-Tudo bem, o que foi?- tento me espreguiçar da maneira menos perceptível.

-Você parece com sono, podemos conversas amanhã.

-Não, tudo bem, ainda tem um tempo até chegar meu ônibus.

-Suas provas terminaram?- ele pergunta sentando ao meu lado.

-Finalmente sim. O que queria dizer?- tento voltar direito ao ponto.

-Eu realmente estou disposto a esquecer Jung Ha, não quero mais viver acreditando que ainda podemos dar certo.- Jin une as mãos em frente ao seu corpo, com seus ombros relaxados, sem demonstrar tensão alguma.

-Esse é um ótimo começo Jin! Estar disposto e querer...- me viro para olha-lo melhor. -E o que te faz acreditar nisso?

-Eu não sei Min Hee... Acho que é eu não ter mais a esperança em tê-la como antes, eu estava disposta a fazer qualquer coisa apenas para voltarmos, agora eu só quero seguir comigo mesmo, sem me sentir dependente de alguém.

-Era isso o que eu queria ouvir.- um sorriso surge em seus grossos lábios.  -E o que você acha que mais o impende de seguir?

-Eu acho que minha casa... Tem muita coisa que a lembra.

-Jin eu posso ajuda-lo, se quiser. Mas você precisar entender que é acabar com tudo que a lembre, sem remorcio ou apego.

-Eu aceito.- ele responde de imediato. -Quando podemos?

-Hoje!- digo me levantando do banco em um único pulo.

-Mas você não está cansada?- ele me segue preocupado.

-Amanhã é sábado eu descansarei ao máximo.

Jin me guia até seu carro, o destravando e abrindo a porta para que eu entre, Jin garantia seu cavalheirismo em todos os momentos. Um ponto a mais para que muitas mulheres o desejassem, me pergunto se ele saberia disso, e se talvez soubesse facilitaria muitas coisas.

-Tem algumas coisas no quarto, vou busca-las. Fique a vontade.- ele diz assim que piso na sala de porte médio, toda organizada.

-Jin.- o chamo fazendo parar. -Quem arrumou e sala desta maneira?

-Jung Ha.- ele responde de cabeça baixa.

-Não acha que deveríamos começar por aqui? Quero dizer, você pisa em sua casa, e está tudo arrumado do jeito dela, isso pode ser uma lembrança, não?!

-Tem razão.- ele diz dobrando as mangas da sua blusa social.

-Por onde acha que devemos começar?

-Talvez pelos sofás.- ele sugere. -A estante poderia ficar naquela parede.

-Okay. Então vamos.- digo pegando em um lado do sofá e esperando que Jin faça o mesmo.

-Eu acho que falta algo.- ele diz olhando para a sala. -Ela parece vazia.

-Talvez um tapete. Já que desistiu completamente da mesa de centro.- sugiro.

-Certo, comprarei um tapete amanhã cedo.

E quando terminamos aquela parte, me viro olhando para a mesa de canto, ao lado da porta, com diversos porta retratos.

-Jin existe mais fotos de vocês por aqui?

-Sim... Jung Ha amava tirar fotos.

-Jin precisa se livrar delas. Mas apenas se estiver preparado, uma foto é como uma volta ao passado. Você se lembra o que aconteceu neste dia? -aponto para um foto em que Jung Ha beijava bochecha de Jin com a mão no peito, como se quisesse destacar seu colar.

-Sim, nós havíamos saído juntos, Jung Ha vira esse colar vitrine, ela demonstrou realmente quere-lo mas não poderia paga-lo, e então quando ela foi no banheiro eu o comprei. Ela parecia feliz.- Jin finaliza,e sua expressão parece trazê-lo para a realidade. -Nós precisamos sumir com todas.

Sigo Jin até o seu quarto, que parece procurar por alguma coisa.

-Eu mudei tudo nesse quarto semana passada. Ainda não me acostumei a onde guardei algumas coisas.- ele explica abrindo diversas portas do guarda roupas modulado. -Achei. Vamos.

Jin pega um grande balde de alumínio e o coloca em seu quintal jogando as fotos uma a uma no objeto, riscando o fósforo e o misturando, deixando que o fogo consumisse cada foto, cada memória. Kim tinha razão, a garota realmente gostava de tirar fotos, eram incontáveis impressões, mas Jung Ha não parecia tão presa as memórias, já que não fez questão de leva-las.

Eram quase cinco horas da manhã, quando havíamos terminado tudo, estávamos sentados no sofá, um em cada ponta, escorados no apoio de braço, alguns botões da blusa de Jin estavam abertos mostrando parte do seu peitoral, e seus cabelos levemente grudados em seu rosto. Nós realmente fizemos uma mudança.

-E agora Min Hee?

-Agora você precisa se amar mais Jin. Precisa saber que a única pessoa pela qual precisa viver é você mesmo.