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5 anos depois...

Rebekah Brown P.O.V

15 - Fevereiro- 2023

Quem diz que criar uma criança sozinha é fácil está um pouco errada, claro que trocar de fralda, dar de comer e entre outras coisas é o de menos nos meus problemas, porque Patrick Brown já tem os seus 4 anos prestes a completar os 5 no mês que vem. Ele é lindo, captou os cabelos escuros e cacheados vindos de mim, os olhos azuis, o nariz, a boca e tudo o resto de Deryan, só de olhar para o meu filho eu lembro daquele infeliz.

- Mãe! - Patrick gritou com aquela voz de bebé correndo até o meu escritório, balancei a cabeça para afastar os pensamentos do pai dele e abri um sorriso largo.

- O que se passa meu amor? - perguntei esticando os braços quando vi ele atravessar a minha mesa de madeira escura para sentar-se no meu colo.

- Eu estava lá, com os meus amigos e aí um deles falou algo que eu não gostei... - sua voz sumiu quando seus olhos azuis se encheram de água.

- O que ele disse Patrick? - perguntei séria enquanto acariciava os seus cachos longos que eu não cortei desde que ele nasceu.

- Ele disse... que o papai não gosta de mim, por isso que ele não quer ficar comigo... por isso ele não quer você mamãe. - seu choro se intensificou, beijei com calma o topo da sua cabeça cheirando um pouco do seu odor de chocolate.

- Meu amor, o teu pai só está distante por outras coisas, ele te ama muito e gostaria de estar aqui contigo mas ele não pode. - e mesmo que eu negue isso é verdade, a prova concreta são as 5.345 mensagens que tem no meu celular do número dele.

- Mas onde ele está mamãe? Ele vai voltar? - ele olhou para mim depois de limpar as lágrimas.

- Sempre meu filho, ele sempre vai voltar. - beijei mais uma vez o topo da sua cabeça recebendo um abraço apertado que me conforta.

Ele logo desceu do meu colo em um salto, abriu a última gaveta onde eu guardava os doces, pegou um deles, sorriu para mim como um pedido e eu apenas assenti vendo ele caminhar até a porta.

- Quase me esquecia mãe... eu bati nele. - e depois disso ele saiu correndo antes que eu o repreendesse.

Revirei os olhos com isso, julgue-me quem quiser mas eu faço com que meu filho com os poucos anos que tem comece com treinos de auto defesa, já que ele sabe ler, falar e escrever perfeitamente uma coisa que eu tive que incorporar logo de primeira, faço tudo isso por ele, não sei quando ou como um dos meus inimigos ou do Deryan podem aparecer por aí e eu não quero que algo de tão grave aconteça, não digo que uma criança de 4 anos consiga bater em alguns brutamontes mas ele pelo menos não vai deixar totalmente barato. Sem contar que as coisas mudaram nesses cinco anos, agora eu administro a máfia de Jason e isso está a dar-me terreno e forma de sustentar Patrick, óbvio que ele ainda não sabe o porte de tudo isso e eu não quero que ele saiba porque eu tomarei conta de tudo até o meu último suspiro ou eu não me chamo Rebekah Brown ou melhor Hope Gonzalez.

Sai do meu escritório já mentalizando que antes que o dia termine terei uma senhora batendo a minha porta para pedir satisfações sobre o ocorrido, mas quer saber eu não me importo ninguém se mete com o meu filho, fui em direção a cozinha encontrando a cozinheira chefe.

- Simone por favor, prepare o jantar e a mesa preciso descansar o mais rápido possível. - falei dando um beijo na bochecha da senhora com mais de 40 anos.

- Em trinta minutos estará pronto. - ela sorriu para mim e foi para a despensa para procurar os ingredientes, sai da cozinha mas antes que eu subisse as escadas a campainha tocou, ordenei que um dos seguranças abrisse a porta e ele assim o fez.

Vendida pelo meu marido [ O mafioso ] 2Onde histórias criam vida. Descubra agora