Rebekah Brown P.O.V
2 - Março- 2023
Não aguento mais ficar aqui tão perto, mas tão longe dele, procurando seu longo e forte abraço que um dia transmitiu-me conforto e segurança mesmo que na minha mente eu não quisesse acreditar, não quisesse suportar o facto de ter alguém que um dia poderia me amar de volta, poderia ser quem eu quero que seja, que acima de todas as diferenças não me deixaria de lado por coisas idiotas. Não minto que sinto falta dele, mas admito-ló vem sido a coisa mais difícil que tive um dia de fazer, porque assim teria que baixar uma barreira que tive que reconstruir.
- Oi mãe... mãe. - Patrick repetiu pela milésima vez.
- Desculpa Patrick, estava pensando em algo. - passei a mão pelo rosto para tentar tirar o nervosismo bem desenhado no meu rosto.
- Quando voltamos para casa? - ele perguntou com os olhos brilhando em esperança.
- Amanhã de manhã se tu preferires. - falei sem dar muita importância, no fundo eu também quero sair desse globo de neve que rodeia a minha vida antiga.
- Finalmente... quero dizer, não que eu não queira estar na presença dele, mas eu precisamos voltar para as nossas vidas. - ele falou meio atrapalhado.
- Entendo-te, mas eu só irei deixar-te e vou para México, tenho coisas a fazer lá. - passei minha mão pelo cabelo dele.
- Posso ir? - ele perguntou animado.
- Nem pensar meu amor, vai dormir agora e eu vou proporcionando o jato para nós. - dei um beijo estalado na testa dele.
- Durma bem mamãe. - ele saltou da minha cama e correu para o seu quarto depois de fechar a porta do meu.
Não sei dizer se fiz o melhor em trazer Patrick para cá, são tantas coisas para que ele assimile que não sei se ele um dia irá habituar-se a pelo menos ter um pai tão obscuro, não que eu seja a luz da terra, mas eu sou o que eu sou hoje por necessidade não por escolha. Quero que Patrick continue com a pouca inocência que lhe resta, sempre soube que ele não viveria em um mar de rosas com uma mãe que faz as coisas que eu faço, mas não é errado sonhar que pelo menos ele não faça parte dessa vida.
Peguei no meu notebook para mandar um e-mail para um piloto para preparar o jato para as primeiras horas do dia, fui procurando algumas coisas até que deu uma vontade de ligar para Deryan, para poder ouvir sua voz, para ouvir ele resmungar por eu ter ligado-lhe no meio da noite piorando a sua dor de cabeça, tirei meu celular do bolso do meu moletom e disquei o número dele, no segundo toque ele atendeu, quem me dera se fosse ele porque quando uma voz feminina suou pelos meus ouvidos algo no meu interior se manifestou:- Alô, não vai falar nada? - ela falou já perdendo a cabeça por ter ficado alguns segundos repetindo a mesma coisa.
- Quem és tu? - perguntei a primeira coisa que veio-me a cabeça.
- Eu é que devia perguntar-te querida, não acho adequado da tua parte ligar para o meu namorado e perguntar quem eu sou. - ela debochou com uma risada sem humor no final.
- Namorado?... Quem és tu? - minha voz saiu mais trêmula do que o normal ou esperado.
- É namorado, algum problema com isso? - ela perguntou meio irritada.
- Nenhum... não tem porque haver algum problema. - tentei soar casual, mas estava difícil.
- Escuta aqui... olha por onde pisas, controle com quem falas, sempre haverá alguém que mostre mais do que é em pequenos gestos. - a chamada foi interrompida por aquele barulho irritante.
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Vendida pelo meu marido [ O mafioso ] 2
RomanceO que devia trazer-lhes felicidade, os afastou. Rebekah Brown sentiu-se ameaçada quando descobriu que estava grávida e que a qualquer momento poderia perder a criança naquele cativeiro, Deryan queria cuidar da sua mulher e do seu filho mas sua amada...