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Rebekah Brown P.O.V

7 - Março -2023

Deryan vem para cidade, como eu sei? Liguei a televisão e por pura coincidência apareceu lá no rodapé enquanto dava a notícia de um assalto a um banco( que fui eu que fiz) dizia algo como: " O grande empresário Deryan Green estará em Carolina do Norte abrindo uma nova empresa", isso é normal, pelo menos ele pensa em investir em algo para reconstruir a sua máfia depois de me entregar os papéis assinados.

- Não vai fazer nada? - Emily exaltou-se, ela está assim desde o incidente com Diogo.

- Em questão ao Deryan? Não, ele decidiu procurar-me. - falei calma mesmo sabendo que aquilo me intrigava bastante.

- E em questão ao Diogo? - ela perguntou ríspida.

- Do hospital posso cuidar. - falei pegando mais alguns papéis do meu escritório.

- E que tal a tua amizade? Aquela que vocês cantavam pelos cantos que tinham? - ela riu sem humor olhando-me com nojo.

- Eu tentei impedir-lhe, mas ele não me ouviu. - dei de ombros começando a ler algumas coisas.

- Escuta - ela levantou-se e pôs a mão por cima dos meus papéis- ele é teu amigo, salvou-te de tantas outras coisas, ele esteve do teu lado... - cortei também levantando.

- Foi por uma amizade igual a essa que eu quase morri. - sussurrei tão perto do seu rosto que quase vi as íris dela dilatarem-se.

- Que se dane Rebekah! Onde está essa pessoa agora? Será que tu não te encarregaste de matá-la com as tuas próprias mãos? - ela estourou perto do meu rosto.

- Você não sabe de nada Emily, a nossa reunião termina por aqui. - continuei com o tom sereno.

- Isso não vai ficar assim. - ela rosnou perto de mim.

- Que seja Emily, está dispensada. - olhei-lhe nos olhos.

- Obrigada. - ela falou virando os calcanhares e bateu a porta com força.

Aquilo não me afectou, não é uma simples porta e uma mulher raivosa que vão fazer as minhas pernas tremerem. Peguei alguns papéis e sai do meu escritório caminhando até ao elevador, o caminho até ao centro de treinamento foi rápido acompanhado de uma música aleatória. Logo que sai do cubo metálico avistei Shélton, quase matando um soldado enquanto os outros assistiam a "demonstração do um trabalho bem feito".

- Shélton. - capturei a sua atenção, ele logo deixou o braço do homem caído e levantou-se caminhando em minha direção.

- Estão dispensados. - ele falou para os outros soldados que continuaram a olhar para ele.

- Aqui estão os relatórios dos anos passados. - entreguei-lhe os papéis.

- Somente cinco anos? É impressionante o facto de estar nesse patamar em tão pouco tempo, o que fez-lhe lidar com a máfia? - ele falou sorrindo.

- Era a máfia do meu ex-marido, uma longa história. - falei séria olhando para todos lados menos para ele.

- Sempre ouvi que quando alguém diz "uma longa história" é porque ainda dói-lhe. Estás bem? - ele tocou meu queixo, mas eu fui rápida o suficiente para agastar-me.

- Estou, hoje é previsto uma visita então sugiro que fiques por aqui, por favor. - toquei no braço dele, olhando-lhe nos olhos.

- Quem vem? - ele perguntou agora sério.

- O pai do Patrick. - engoli em seco dizendo aquilo, já me conformei com a ideia de ter Deryan para o resto da vida, mas o desconforto ainda é o mesmo.

Vendida pelo meu marido [ O mafioso ] 2Onde histórias criam vida. Descubra agora