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Rebekah Brown P.O.V

5 - Março - 2023

- Quem és tu? - ele perguntou sério olhando para a porta.

Virei-me de vagar com a mão no cós da calça pronta para tirar a minha arma, já de pé olhei surpresa para o sorriso de canto convencido, pus Patrick atrás de mim lembrando do que ele disse, do lado dele tinha uma mala pequena combinando com a sua roupa preta que dava contraste com o seu tom claro de pele.

- O que fazes aqui? - perguntei por fim surpresa com a sua presença repentina.

- Uma pequena surpresa Rebekah.- a voz de Shélton saiu tão serena como se ele não tivesse seguido-me até aqui.

- Quem é ele mamãe? - Patrick murmurou puxando a minha camisa chamando a minha atenção.

- Sou Shélton, um amigo da tua mãe. - Shélton entrou pela porta fazendo sinal para que a governanta levasse a sua mala, ela olhou discretamente para mim e eu assento afirmando.

- Eu não te conheço. - Patrick falou sem gaguejar ou demostrar medo.

- Sei disso, tanto que vi apresentar-me pessoalmente e trouxe um presente para ti. - ele estendeu um pacote pequeno na direção de Patrick, meu filho olhou para o saco e depois para mim pedindo permissão.

- Podes levar Patrick. - sussurrei para ele.

Shélton sorriu enquanto via Patrick desempacotar um colar preto com uma medalha em "R" prateada, meu filho sorriu para ele mesmo e depois para mim, não pude conter-me e sorri de volta.

- Obrigado Shélton. - Patrick falou olhando intensamente para o colar.

- Não tens de que, mas posso falar com a tua mãe por alguns minutos? - Patrick nem precisou responder, saiu por livre e espontânea vontade.

- O que fazes aqui? - perguntei em um resmungo.

- Por obra do destino tenho algo por fazer em Carolina do Norte e porque não passar com a minha nova amiga? - ele falou como se aquilo fosse normal, ele seguiu-me.

- Amiga? Shélton acorda para a realidade não foi um jantar que fez de nós amigos. - gesticulei alarmada, Patrick nunca obedeceu ninguém, nem mesmo Diogo.

- Eu creio que somos sim. - Shélton sentou-se no sofá em uma pose de chefão.

- Disseste ontem que Patrick estava na lista de C.C e consequentemente tu irias matá-lo. - resmunguei aproximando-me do sofá que ele estava.

- Ele estaria morto a um mês se fosse o caso, não estou aqui para fazer algo contra ti chefinha. - ele sorriu de canto. Só de pensar em Patrick morto um calafrio passa pela minha espinha e a raiva sobe sem controlo.

- Então quem vens matar? - questionei de braços cruzados.

- Um traficante de quinta. - Shélton falou com nojo e desdém.

Respirei fundo tentando acalmar-me, de facto que Shélton tem razão, se ele não quisesse estar do meu lado eu morreria no mesmo dia que nos conhecemos, não que eu daria um belo combate mas, estou a falar do melhor assassino que conheço e reconheço que poderia supostamente matar-me.

Vendida pelo meu marido [ O mafioso ] 2Onde histórias criam vida. Descubra agora