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Patrick Brown P.O.V

28 - Fevereiro - 2023

Nestes cinco anos da minha existência minha mãe foi tudo para mim, no ano passado m que eu iria completar três anos minha mãe deixou tudo e todos para passar seis meses comigo em uma ilha sem ninguém que trouxesse átona o trabalho que ela tem e pelo incrível que pareça eu não tenho motivos para ter vergonha da minha mãe pelo que ela faz ou deixa de fazer, eu sinceramente entendo ela e eu sei da história dela e do meu pai, claro que nunca poderei dizer isso a eles, mas eu investiguei tudo e tive algumas ajudas.
Sai do meu quarto diretamente para a cozinha, percebi que minha está no quarto ainda quando encontrei só a tia Emily a tomar o pequeno-almoço, ela deu um sorriso acolhedor para mim e eu retribui.

- Bom dia pequeno. - ela bagunçou os meus cabelos.

- Bom dia tia. - dei um sorriso amarelo para ela.

- A tua mãe está no quarto, ela não quis sair. - ela falou olhando para os lados.

- Entendo. - murmurei escolhendo algumas frutas.

- Mas como foi o teu encontro com o teu pai? - como eu devia responder? Eu sinceramente não sei, não conversamos nada ele simplesmente deixou que uma mulher qualquer tocar-me como se eu não significasse nada.

- Deu para sustentar o olhar dele. - falei indiferente, porque é verdade consegui suportar aquele olhar tão sombrio.

- Olha, eu sei que foi difícil, mas... - a interrompi suavemente.

- Mas nada, eu superei tia. - sorri sem mostrar os dentes mastigando os ovos mexidos.

- Onde encontraste as informações? - paralisei no mesmo lugar ao som daquela pergunta.

- Por aí, não é conveniente falar sobre isso. - sussurrei antes de encher a minha boca para evitar responder qualquer outra coisa.

- É conveniente, mesmo que não tenhas dito eu sei que tu sabes mais do que disseste.

- O que te dá tanta certeza? - questionei arqueando os olhos.

- Eu estou na máfia a mais tempo do que tu, só que ninguém sabe, a tua mãe pode acreditar em ti mas eu não acredito totalmente. - ela falou com as mãos cruzadas sustentando o queixo.

- Então pena a sua que não acredita em mim - dei de ombros, juntei os talheres por cima do prato e saltei da cadeira alta do balcão - bom apetite.

  Sai da cozinha sem saber o que fazer, quero voltar para minha casa, dormir na minha casa e fugir dessa vida, estou feliz por conhecer o meu pai mas há tanta maldade no interior dele que eu tenho medo de ele se quer tocar-me, pergunto-me agora o motivo de eu o ter abraçado, por que Patrick? Pelo tempo que eu passei sem ele. Não culpo minha mãe por ter me distanciado dele, eu sentia falta dele, mas quem diz que a minha mãe não sentiu? Eu vi o olhar deles quando eu estava prestes a chegar, havia uma conexão tão profunda.
  Passei pela sala com o lustre de ouro bem feio, deparando-me com a paisagem do lado de fora da cidade pela varanda alta, as pessoas pareciam formigas por aqui, senti-me meio enjoado pela altura, não tenho nenhum problema relacionado mas por vezes é assustador. A tia Emily é como uma amiga para a minha mãe, depois de mim, a minha progenitora confia algumas coisas nela, como sempre minha mãe vem me ensinando que: "nunca confies totalmente em alguém, a confiança cega as pessoas" e ela tem razão, a tia Emily estava estranha, ela nunca falou comigo assim ou se quer discordou de alguma coisa sobre mim, ela parecia amedrontada por eu saber alguma coisa que afetasse a ela, ainda não encontrei mas ainda tenho a oportunidade de o fazer.

- O que fazes aqui? - Diogo perguntou a minha trás.

- O que se faz em uma varanda? - questionei com arrogância num tom óbvio.

Vendida pelo meu marido [ O mafioso ] 2Onde histórias criam vida. Descubra agora