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Rebekah Brown P.O.V

8 - Março - 2023

  Estava a mais de duas horas tentando encontrar uma pista sobre o envolvimento de C.C no desaparecimento da carga, o motorista que não foi muito prudente estava já a caminho e a sala de tortura esperava por ele, era uma tradição, traidores eram sempre tratados como cães na máfia.

- O motorista já chegou. - falou Shélton após eu permitir a entrada dele na minha sala.

- Isto vai ser divertido. - falei para mim mesma enquanto levantava da minha cadeira e ia em direção a sala que eu bem conhecia.

Enquanto ia até lá arregaçava as mangas da minha camisola, nestes casos eu gostava de fazer o trabalho sujo, dava mais dinâmica a tudo.

- Me soltem, eu juro que não sei de nada. - já gritava o motorista antes de eu chegar.

- Cala-te que a diversão mal começou. - ordenei logo ao entrar encontrando-o sentado em uma mesa e amarrado.

- Senhora eu juro que não sei de nada, não sei absolutamente nada. - ele suplicava como um bebé, o irónico é que ele estava intacto para um "motorista desaparecido".

- Ainda não perguntei nada e espero que responda quando eu perguntar ou então usaremos a força para obter tais respostas. - vi ele engolir em seco, ele estava com medo.

- Eu juro que não sei de nada, eu tenho uma família para cuidar, minha mulher espera por mim hoje é minha filha também. - ele suplicava com lágrimas nos olhos.

- Olha querido, todos aqui temos família, eu tenho família e está no andar de cima, o homem que te trouxe aqui, tem 4 filhos e uma mulher, todos aqui temos família para cuidar, cabe a nós saber cuidar delas não acha? - perguntei realmente a espera de uma resposta, mas ele continuava calado - estou a falar consigo.

- Sim, con-concordo consigo senhora. - ele começou a gaguejar.

- Ótimo, comecemos por perguntas fáceis, só para assegurar o bom cuidado da sua família, onde está a minha carga que transportou no dia anterior? - ele engoliu em seco outra vez abanando freneticamente a cabeça em negação.

- Eu não sei de nada, repito senhora, não sei de nada. - ele continuava a abanar a cabeça.

- Irónico pois está ainda intacto para um motorista desaparecido, quer contar-me como foi o suposto assalto? - perguntei ainda calma.

- Foi tudo muito rápido, eles levaram tudo, deixaram o camião ali e levaram-me para um pouco mais longe sem fazer-me nenhum mal. - ele falava assustado.

- Deve ter sido assustador não concorda S.D? - Shélton acenou que diferente de mim já estava a perder a paciência - conte-me mais, quantos eram?

- Não contei com tanta confusão, senhora eu juro que não sei de nada. - ele repetiu outra vez.

Dei as costas para ele é segui para o armário que tinham as coisas, peguei uma pequena faca que estava muito bem afiada.

- Prossiga, qualquer informação é útil para o seu próprio bem estar, imagina da sua família? - falei sarcástica.

- Eu não sei de nada se não que eles estavam ao comando de uma mulher. - ele falou por fim, olhei para Shélton de canto.

- E o que mais? Trabalho com detalhes. - continuei a olhar para a faca como se ela fosse um objecto raro.

- Eles não deram-me muitas opções de ver algo. - ele também olhava para a faca tal como eu, mas ao contrário de mim ele encarava-a com medo.

- Responde a uma pergunta, você é leal? Se estivesse no meu lugar de chefe, confiaria em si mesmo para que fosse um dos seus funcionário? - perguntei irónica.

Vendida pelo meu marido [ O mafioso ] 2Onde histórias criam vida. Descubra agora