Capítulo - 16

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Oiê gente , tudo bem ?

Esse capítulo vai ser sobre o Aidan.

Eu sempre tive vontade de fazer uma narrativa na mente dele e acho que seria interessante para o desenvolvimento do personagem , (que é um dos meus preferidos).

Aidan e Nathan são personagens que podem surpreender muito vocês.

Na maioria dos livros que eu leio sempre acontece uma " coisa" comigo ( não vou relevar por questões de spoilers) e eu sempre xingava a autora/autor do livro por conta disso e confesso que estou com a mesma vontade de fazer os meus leitores se surpreenderem.

Espero que gostem tanto quanto eu.

Xoxo boa leitura ❤
Fernanda Vaz.

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Aidan

O álcool é um escape para mim muitas vezes, mas hoje encontrei um motivo para permanecer sóbrio.  E esse motivo tem nome e sobrenome, Jade Langerhans.

Ela não faz ideia do estrago que acabou de fazer. Começando pelo fato de manifestar uma opinião abertamente, e segundo... contrariar o meu pai na frente do país inteiro. Ninguém é idiota de não associar meu pai nesse discurso, porque afinal ele se empenhou o bastante para deixar a vida de todo o país pior do que quando sentou no trono.

Em breve a Jade saberá que nem sempre nossas atitude saem impunes, que daqui para frente fazer ou deixar de fazer qualquer coisa tem consequências. E elas muitas vezes nos põem em situações muito mais complexas do que se pode imaginar. Nathan e eu não concordamos com a grande maioria das opiniões do meu pai, mas nunca tivemos a coragem de fazer algo assim, e tenho que confessar que isso me causa certa admiração e inveja ao mesmo tempo.

A noite da Jade será agradável e tranquila, porém no instante que todas as câmeras forem desligadas e as cortinas fechadas, a festa irá acabar nos dois sentidos.   Haverá um momento entre os dois em particular, e dependendo da reação dela terei todas as minhas questões pendentes mais claras.

Saberei se ela vai aguentar o fardo e o preço de estar ao nosso lado , e talvez até menos ela passe a ter mais consciência se realmente quer fazer parte dessa família.

Meu irmão passa por mim pálido.

— E se ele fizer alguma coisa com ela? diz ele aos sussurros não minha direção.

Toco sua mão discretamente e sinto o gelo e o suor juntos.

— Ele não vai.

— Como você pode ter tanta certeza?

Digo francamente olhando bem no fundo dos olhos de Nathaniel. — Eu não tenho certeza.

A alteração na respiração de Nathan fica ainda mais intensas, então de repente sou pego por uma lembrança horrível.

Me sinto um menino de novo. Me vejo escondido nos corredores tentando acalmar meu irmão, enquanto ouvíamos nossa mãe aos berros.

Os gritos eram de dor, a medida que nossa pai espancava nossa mãe, nós ouvíamos a sinfonia de risos da nossa madrasta.

Ela ficava parada observando meu pai espancar minha mãe.  E eu covarde , cheio de medo de fazer qualquer coisa. Nathan por outro lado tentava de todas as formas possíveis parar a agressão, mas sempre nos seguravam e nos levavam para longe, mas havia vezes específicas que meu pai fazia questão de mostrar o que ele era capaz.

Droga, preciso de uma bebida. Minha mão começa a tremer e a lembrança preenche a minha mente como se o ocorrido tivesse acabado de acontecer, envenenando e me consumindo.

Não consigo tirar a imagem da minha mãe parada como pedra, chorando e gemendo de dor a cada golpe duro. Sua pele exposta contra a madeira da mesa e o barulho do coro batendo.

Meu pai estava na mesa do escritório na frente da mamãe, enquanto eu tentava segurar o meu irmão, evitando que ele entrasse na sala.

Quando meu irmão se livrou dos meus braços, ele entrou na sala empurrando o meu pai.
Logo em seguida ele apanhou tão brutalmente quando minha mãe.

E eu não fiz nada, absolutamente nada. Fiquei paralisado por um tempo. Minha madrasta estava sentada em um sofá no fim da sala , e sorriu quando eu passei a chorar em meios aos gritos de súplicas.

Quando meu pai acertou o último golpe ele olhou bem no fundo dos meus olhos e disse
—Você também quer intervir?

E eu lembro de responder cheio de ódio — Intervir nos seus desejos... ou no desejo da sua puta?!

Não me lembro de ter uma resposta, somente de ter levado um soco tão forte no rosto que acordei na enfermaria horas depois.

No dia seguinte meu irmão e eu fomos levados até o internato onde passamos um bom tempo, quando finalmente voltamos fomos pegos de surpresa com o falecimento da minha meia irmã.

Nunca quis que ela morresse, mas a puta da sua mãe ter morrido em seguida foi a melhor coisa que já nos aconteceu desde então.

Já o meu pai entrou em colapso, e eu passei a odiá-lo ainda mais.

Olho na direção do meu pai e vejo que ele está me observando. Em seguida ele olha na direção da minha cunhada .

Jade desce do palco e caminha até a multidão onde entregavam vários cartões e flores.

Vinte minutos depois voltamos para o palácio e fomos até a sala de jantar. Onde tinha um grande banquete com as comidas típicas do nosso país.

Jade fez um comprimento a todas pessoas e, sorriu quando me viu chegar.

—Fui bem?

— Você causou um grande impacto.
Seu testa faz um V de dúvida.

—Isso é bom ou ruim?
Ela diz com certa preocupação.

— Vamos descobrir amanhã.

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