Happy for a While - 2

206 20 4
                                    

No dia seguinte ainda estava com a cena do nosso beijo muito clara em minha mente. Sorri mais uma vez naquela manhã e me levantei da cama, mais feliz do que nunca. Como nossos quartos eram suítes, não nos encontrávamos no banheiro, somente no café da manhã.

Fiz minhas necessidades e desci as escadas, quase cantarolando e dizendo bom dia para tudo e todos. A porta do seu quarto estava fechada então achei que você ainda estivesse dormindo, mas não. Assim que desci o último degrau, vi a cena mais deplorável que imaginei. Realmente não estava preparado para receber um baque daquele logo de manhã. Ver aquilo partiu meu coração, pois achei que minha felicidade fosse durar um pouco mais! Justo ele? E a única pergunta que sondava minha cabeça era: "e o nosso beijo?".

- Oi Jimin. Esse é aqui é o Chul-moo. - Você disse ao me notar . Parecia incomodado, mas não sabia se era com minha presença, por ter pego os dois no flagra ou se era com o idiota que estava sentado ao seu lado.

Tinha que ser justo o Chul-moo? O cara que mais me tirou do sério durante todo o ensino médio? Aquilo só podia ser piada de mau gosto.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei sem fazer a menor questão de disfarçar o meu ódio.

- Nada demais, só estou aqui porque o meu namorado me convidou para tomar café da manhã junto com vocês. – Respondeu ele sorrindo de lado, totalmente despreocupado. Obviamente que o seu namoradinho não sabia então do que ocorrera noite passada. Claro, você devia estar envergonhado ou porque aquilo não significou absolutamente nada para você. E para piorar meu dia, o idiota te deu um selinho na minha frente. Visivelmente o otário não sabia o risco que estava tendo ao agir daquele jeito.

Minha vontade era de socá-lo até ele não conseguir abrir os próprios olhos, mas meu esforço não valeria à pena, pois você já tinha feito sua escolha e eu, com certeza, não fui o escolhido.

Cravei minhas unhas na palma da minha mão, numa tentativa de controlar o ódio que estava quase tomando conta do meu corpo.

- Podem tomar o café da manhã sozinhos. Perdi o apetite. – Disse encarando aquele ser deplorável com nojo e saindo de casa logo em seguida.

Realmente fui tapeado. Achei que podíamos ter algo, que finalmente iria parar de ficar sonhando e idealizando nós dois juntos. Claro que não achei que no dia seguinte você fosse pedir minha mão em casamento, até porque as coisas não funcionam assim. Tem a nossa mãe, que possivelmente não apoiaria uma relação como essa, fora nossos amigos, conhecidos que nos julgariam até no nosso leito de morte, porém pensei que você teria um pouco de consideração, talvez empatia também e foi tudo ilusão. A minha idealização de você não condizia com a realidade e a culpa não é sua, na verdade é minha. Você não tinha e não tem a menor obrigação de suprir as minhas expectativas, mas será que a vida inteira estive errado sobre você?

Caminhando pela rua rumo a lugar nenhum, avistei um amigo, ou melhor, ficante de uns anos atrás. Ele sempre aparecia quando estava mal, era impressionante, parecia que ele sentia minha dor e vinha me socorrer, porém não queria ser salvo por ele e sim por você. Mas já que seus lábios estavam enroscados nos de Chul-moo, resolvi tentar te esquecer por algumas horas, então resolvi ir para a casa do mesmo. Ele morava sozinho o que significava não tinha momentos constrangedores ou inoportunos como a presença dos pais, amigos ou familiares pela casa e ainda por cima não era muito longe.

Assim que entrei em sua casa, ele me prensou contra a parede e começou a beijar meus lábios e pescoço, mas não era os lábios dele que eu queria senti, porém tentei me deixei levar. De repente me peguei tentando imaginar que fosse você ali. Sim, é errado, mas não controlava meus pensamentos em momentos assim.

Dear BrotherOnde histórias criam vida. Descubra agora