Guerra.

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Harry p.o.v:

Era somente mais um dia calmo, as rondas tinham diminuídos por causa que ninguém estava achando que os elfos atacariam novamente, Adam se isolou e não falava com ninguém nem seus soldados.

Mas foi naquela tarde de sábado que tudo escureceu.

- LOUIS!!! PEGA OS BEBES. – Gritava para Louis que estava correndo escada acima, já que o mesmo se encontrava na cozinha, tínhamos ouvindo um estouro na floresta e tambores, os elfos estavam vindo para a guerra.

Os vampiros que ainda me seguiam depois que eu recusei o convite do conselho de ser líder estavam na linha de frente e protegiam a casa, os mais fracos iam para o abrigo, não que Louis fosse fraco, mas era fraco no sentido de que tinham coisas mais importantes para proteger ou estavam feridos demais para lutar.

Estávamos definitivamente em menor número e eu não sabia como íamos sair vivos daquela chacina, eu olhava para trás aonde eu via Alec entrando com Louis dentro do abrigo, Alec ia ficar cuidando do lado de dentro para caso algo de errado, as bruxas e fadas estavam em posição, Magnus estava ao meu lado, Liam também.

Eu olhava aqueles elfos avançando no meio das arvores e eles estavam vestidos para lutar, eu não queria lutar, eu queria somente um momento de paz com minha família.

- Adam. – Dou alguns passos à frente e fico olhando para Adam que olhava para todos nós com desinteresse.

- Vamos acabar com isso. – Ele fala e eu recuo um passo.

- Primeiro, essa luta é nossa, não envolva as crianças. – Digo e ele me olha enfim nos olhos.

- Crianças? – Ele pergunta com interesse e eu engulo em seco, eu não poderia falar que meus bebes eram novas raças para alguém que queria que essas raças morressem.

Eu recuo mais um pouco e levanto a mão para o pessoal atrás de mim se preparar para lutar, eles logo estavam em posição e eu também, Liam vem novamente para meu lado e eu vejo Elena e Demi mais ao lado, assim como Madson. Atrás de mim tinha Pierre e Pietro os gêmeos e eu daria minha vida para proteger, eles se cuidavam e me lembravam muito meus filhos, eu acho que protegeria todos que estavam aqui presentes.

Logo Magnus levanta uma barreira para a nossa pequena guerra não ir para outros lugares, como minha casa ou o abrigo e com isso uma batalha cruel foi travada.

Com mortes que não poderiam ser recuperadas eu olhava tudo horrorizado, o vermelho tomando conta do solo, os gritos ecoando pelas arvores, os pedidos de socorro e as suplicas de pare.

Aquilo estava sendo demais, aquilo estava passando dos limites.

...............

Louis p.o.v:

Quando levo meus bebes para dentro do abrigo eu me sentei ao lado de alguns feridos, eles estavam olhando meus filhos que agora se pareciam mais com Harry porem eles tinham orelhas de coelho, eu fiquei feliz de saber que Alec veio conosco, Niall estava olhando tudo dentro do abrigo, tínhamos comida e até algumas armas, não que soubéssemos como usar.

Zayn ainda cuidava de alguns ferimentos de feridos que não tinham sidos cuidados, ele era um ótimo medico, estava tudo quieto do lado de fora.

- Por que esse silencio todo? – Pergunto e vejo Alec me olhar, ele olha para a porta novamente e suspira.

- Magnus deve ter feito uma barreira para não ouvirmos nada. – Ele tenta abrir a porta, mas logo uma fada aparece e o para.

Não saber o que estava acontecendo do lado de fora era horrível, eu tinha certeza que estaríamos em menor número, teria chance de Adam parar a guerra, teria chance de ele voltar atrás, e se ele nos conhecesse?

Meus filhos poderiam ser bem fofos quando querem, talvez eles conquistariam esse elfo ranzinza, mas agora não podíamos fazer nada.

Sou tirado de meus pensamentos ao ouvir um estrondo do lado de fora, e logo gritos, escutamos pessoas batendo na porta, não sabíamos se eram boas ou ruins.

- Abre!!! – Alec gritava para a fada que somente chorava e falava que não podia. – Eles estão morrendo lá fora, Magnus...

Alec cai de joelhos e eu deixo meus bebes com Niall e vou indo até o jovem caçador que agora se encontrava em lagrimas, ele estava apavorado e tremendo, as batidas continuavam e logo os gritos fora se afastando, parecia que foi tudo questão de minutos, mas logo uma calmaria voltou.

O caçador levanta a cabeça e olha para a porta que continuava fechada, ele vê sangue passando por baixo da mesma e tira se casaco colocando em cima, as pessoas do outro lado estavam mortas.

Eu me levanto e dou um passo para trás, Harry estava lá fora, Liam estava também, Elora, Elena, Demi, os gêmeos elfos, os outros vampiros, famílias foram destruídas nesse dia.

- PAIIIII, MÃEEEEE. – Mikaela que era filha de uma bruxa e um vampiro começou a bater na porta desesperada, ela estava como todos nós, eu não arrisquei olhar para Niall e Zayn, eu não arrisquei nem olhar para meus filhos.

Eu estava sem chão, eu estava acabado, não sabíamos quando seria seguro sair, não sabíamos quando seria seguro viver.

..............

Com os minutos passando e ninguém sabendo o que tinha realmente acontecido, todos ficaram em um silencio eterno, Louis estava de pé olhando para o chão aonde suas lagrimas pingavam, o sangue que vinha de debaixo da porta já era evidente e todos viram o que tinha acontecido do lado de fora, as coisas não estavam nada boas.

As pessoas que estavam dentro do abrigo eram crianças, pessoas que tinham que ser protegidas e feridos, eles não podiam sair e lutar, eles não podiam fazer nada com o que estava acontecendo do lado de fora.

Adam tinha passado dos limites e estava arrependido do que fez, ele tinha suas mãos manchadas de sangue e agora não conseguia olhar para sua frente, ele não queria ver o que tinha feito, seus elfos não acreditavam que seu povo pacifico tinha feito tal coisa, ouvir os gritos das pessoas dentro do abrigo chamando por seus familiares que estavam lutando, Adam viu que estava errado naquele momento, em um momento muito tarde.

- Mama! Papa ta bem? – Fred puxou a mão de Louis e o coelho olhou seu filho que agora o encarava. – Malvado mama.

Louis sempre tinha ensinado seus filhos que ver sangue assim era ruim, que era por que alguém tinha se machucado e agora seus bebes estavam vendo isso em primeira mão. Ele se sentia a pior pessoa do mundo.

My BunnyOnde histórias criam vida. Descubra agora