Capítulo 22 ☘

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Tessa Steele

Duas semanas antes...

Tessa: tem certeza, não se enganou?

O Doutor que cuidou dos meus exames solta um riso baixo e volta a me encarar.

Dr. Nelson: é difícil algo assim ser engano. Quer que eu chame o Booth?- respiro fundo e nego.

Tessa: deixa que eu mesma conto, obrigada.

Peter ainda estava no quarto, me olhando atentamente como Oliver pediu, era bem irritante, devo ressaltar.

Tessa: se disser uma palavra... - levanto o dedo.

Peter: sinto muito, mas acho que seu marido deve saber.

Tessa: ele não é meu... - penso melhor. - Esquece.

Peter: e só que... - é interrompido quando alguém abre a porta.

Tessa: Lindsay, o que faz aqui?

Lindsay: soube que aquela vaca bateu em você, vim ver se está bem - me abraça.

Tessa: só levei alguns pontos e tive escoriações, nada muito sério.

Peter: na verdade...

Tessa: cala a boca - grito.

Os olhos azuis intensos de Lindsay fitam os meus, pedindo uma explicação para meu comportamento.

Tessa: não é nada que deva se preocupar.

Lindsay: e o Oliver, ele deve se preocupar?

Tessa: talvez - abaixo o olhar.

Lindsay: Tessa! - repreende, arregalo os olhos, vendo meu namorado entrando.

Oliver: cheguei. Vaza, Peter - ordena.

O garoto ia dizer algo, mas ele não permitiu e praticamente o jogou para fora do quarto.

Oliver: tudo bem? - franze o cenho, percebendo o silêncio.

Tessa: só extremamente irritada com a babá que me arranjou.

Lindsay: ele não para de falar - concorda.

Oliver: o que os exames deram? - toma minha ficha em mãos.

Tessa: não! - tento pegar de volta, mas ele se afasta.

Lindsay: também quero saber - me segura.

Ao virar a página, Oliver me encara aparentemente assustado.

Oliver: você sabia?

Tessa: não, eu juro. Ia te contar em casa.

Lindsay: me falem logo o que é - aumenta o tom.

Oliver: ela está grávida.

Ele ficou me olhando por uma eternidade, mas sei que não passou nem um minuto. Oliver era um mistério, sabia esconder bem as emoções quando queria, e nesse momento era o que estava fazendo. Seu rosto não expressava nada.

Tessa: amor... - meus olhos enchem.

Oliver: já assinaram sua alta, pode levá-la para casa, Lindsay?

Lindsay: claro - diz baixo.

Tessa: Oliver, precisamos conversar.

Oliver: em casa, agora tenho que trabalhar - diz, e some pela porta.

Inicio um choro baixinho, com uma dor horrível no peito.

Lindsay: vamos, Tessa, precisa ir embora.

Tessa: ele sempre diz que ser pai é a única coisa que deseja, e agora age como se eu tivesse uma doença contagiosa?

Lindsay: homens... - solta um riso.

Limpo o rosto e levanto, indo até o banheiro para me trocar.
Oliver fica vermelho como pimenta quando está bravo, e ele não ficou, o que significa que só está confuso. Também pode ser medo, ou os dois. Mas se ele acha que vai ficar isolado de mim, está enganado.

Tessa: ele não vai me odiar por ter descoberto estar grávida - saio e pego minha bolsa.

Lindsay: olha o que você vai fazer...

Tessa: só não quero que meu filho seja criado em dois lares.

Lindsay: está pensando o pior, Tessa.

Tessa: Oliver também, pelo visto.

[...]

Deixo meu cabelo solto mesmo, ele sempre gostou e hoje farei de tudo para que tenha uma noite completamente satisfatória.

Ouço a porta ser destrancada, deito na cama e viro de costas para a entrada do nosso quarto.
Seus passos cessam, indicando que ele havia chegado ao cômodo. A movimentação me deixa inquieta, mas evito me mexer.

O colchão afunda um pouco ao meu lado, sua mão tira o cabelo que caiu em meu rosto e deixa um beijo em minha testa.

Oliver: sinto muito, linda - sussurra.

Me mexo devagar, virando-me para encarar o oceano que há em seus olhos.

Tessa: por que agiu daquela forma? - soa como um sussurro.

Oliver: recebi uma bolsa para minha especialização no ano que vem - sento na cama e o abraço.

Tessa: você merece, sabe disso - lhe dou um beijo, mas ele não retribui. - Que foi?

Oliver: é em Los Angeles, Tessa.

Mordo o lábio, tentando não gritar toda a decepção que me invadiu subitamente.

Tessa: um filho acabaria com seus planos - penso alto.

Oliver: não! Deixou de ser uma opção quando soube que teria que ficar longe de você - segura meu rosto.

Tessa: está mesmo desistindo de uma bolsa por minha causa? - desacredito.

Oliver: não é óbvio? Sei que não deixaria seu pai aqui para ir comigo...

Tessa: sim - interrompi. - Deixaria.

Oliver: sua vida é aqui, Tessa. Tem seu estúdio e sua família.

Tessa: você é burro ou só se faz? Minha vida é onde você estiver. Eu te amo - sorrio. Ele segura minha cintura e puxa-me para seu colo.

Oliver: pode repetir? - tira sua blusa, que estava cobrindo meu corpo.
Adoro pegar suas camisas.

Tessa: não - faço o mesmo com ele, dando-me uma visão privilegiada de seus músculos.

Oliver me encara por alguns segundos, deita sob meu corpo e tortura-me com beijos em meu pescoço, enquanto tento fazê-lo tirar o resto da roupa.

Tessa: Oliver... - ofego, sentindo seus dedos acariciando minha intimidade por cima da calcinha.

A movimentação estranha na cama deixa claro que basta me sentir pronta para recebê-lo que ele não resiste.

Minha calcinha é tirada com certa urgência, e logo sinto-o dentro de mim, silenciando meu gemido com um beijo preciso.

SunriseOnde histórias criam vida. Descubra agora