Tessa Steele
Duas semanas antes...
Tessa: tem certeza, não se enganou?
O Doutor que cuidou dos meus exames solta um riso baixo e volta a me encarar.
Dr. Nelson: é difícil algo assim ser engano. Quer que eu chame o Booth?- respiro fundo e nego.
Tessa: deixa que eu mesma conto, obrigada.
Peter ainda estava no quarto, me olhando atentamente como Oliver pediu, era bem irritante, devo ressaltar.
Tessa: se disser uma palavra... - levanto o dedo.
Peter: sinto muito, mas acho que seu marido deve saber.
Tessa: ele não é meu... - penso melhor. - Esquece.
Peter: e só que... - é interrompido quando alguém abre a porta.
Tessa: Lindsay, o que faz aqui?
Lindsay: soube que aquela vaca bateu em você, vim ver se está bem - me abraça.
Tessa: só levei alguns pontos e tive escoriações, nada muito sério.
Peter: na verdade...
Tessa: cala a boca - grito.
Os olhos azuis intensos de Lindsay fitam os meus, pedindo uma explicação para meu comportamento.
Tessa: não é nada que deva se preocupar.
Lindsay: e o Oliver, ele deve se preocupar?
Tessa: talvez - abaixo o olhar.
Lindsay: Tessa! - repreende, arregalo os olhos, vendo meu namorado entrando.
Oliver: cheguei. Vaza, Peter - ordena.
O garoto ia dizer algo, mas ele não permitiu e praticamente o jogou para fora do quarto.
Oliver: tudo bem? - franze o cenho, percebendo o silêncio.
Tessa: só extremamente irritada com a babá que me arranjou.
Lindsay: ele não para de falar - concorda.
Oliver: o que os exames deram? - toma minha ficha em mãos.
Tessa: não! - tento pegar de volta, mas ele se afasta.
Lindsay: também quero saber - me segura.
Ao virar a página, Oliver me encara aparentemente assustado.
Oliver: você sabia?
Tessa: não, eu juro. Ia te contar em casa.
Lindsay: me falem logo o que é - aumenta o tom.
Oliver: ela está grávida.
Ele ficou me olhando por uma eternidade, mas sei que não passou nem um minuto. Oliver era um mistério, sabia esconder bem as emoções quando queria, e nesse momento era o que estava fazendo. Seu rosto não expressava nada.
Tessa: amor... - meus olhos enchem.
Oliver: já assinaram sua alta, pode levá-la para casa, Lindsay?
Lindsay: claro - diz baixo.
Tessa: Oliver, precisamos conversar.
Oliver: em casa, agora tenho que trabalhar - diz, e some pela porta.
Inicio um choro baixinho, com uma dor horrível no peito.
Lindsay: vamos, Tessa, precisa ir embora.
Tessa: ele sempre diz que ser pai é a única coisa que deseja, e agora age como se eu tivesse uma doença contagiosa?
Lindsay: homens... - solta um riso.
Limpo o rosto e levanto, indo até o banheiro para me trocar.
Oliver fica vermelho como pimenta quando está bravo, e ele não ficou, o que significa que só está confuso. Também pode ser medo, ou os dois. Mas se ele acha que vai ficar isolado de mim, está enganado.Tessa: ele não vai me odiar por ter descoberto estar grávida - saio e pego minha bolsa.
Lindsay: olha o que você vai fazer...
Tessa: só não quero que meu filho seja criado em dois lares.
Lindsay: está pensando o pior, Tessa.
Tessa: Oliver também, pelo visto.
[...]
Deixo meu cabelo solto mesmo, ele sempre gostou e hoje farei de tudo para que tenha uma noite completamente satisfatória.
Ouço a porta ser destrancada, deito na cama e viro de costas para a entrada do nosso quarto.
Seus passos cessam, indicando que ele havia chegado ao cômodo. A movimentação me deixa inquieta, mas evito me mexer.O colchão afunda um pouco ao meu lado, sua mão tira o cabelo que caiu em meu rosto e deixa um beijo em minha testa.
Oliver: sinto muito, linda - sussurra.
Me mexo devagar, virando-me para encarar o oceano que há em seus olhos.
Tessa: por que agiu daquela forma? - soa como um sussurro.
Oliver: recebi uma bolsa para minha especialização no ano que vem - sento na cama e o abraço.
Tessa: você merece, sabe disso - lhe dou um beijo, mas ele não retribui. - Que foi?
Oliver: é em Los Angeles, Tessa.
Mordo o lábio, tentando não gritar toda a decepção que me invadiu subitamente.
Tessa: um filho acabaria com seus planos - penso alto.
Oliver: não! Deixou de ser uma opção quando soube que teria que ficar longe de você - segura meu rosto.
Tessa: está mesmo desistindo de uma bolsa por minha causa? - desacredito.
Oliver: não é óbvio? Sei que não deixaria seu pai aqui para ir comigo...
Tessa: sim - interrompi. - Deixaria.
Oliver: sua vida é aqui, Tessa. Tem seu estúdio e sua família.
Tessa: você é burro ou só se faz? Minha vida é onde você estiver. Eu te amo - sorrio. Ele segura minha cintura e puxa-me para seu colo.
Oliver: pode repetir? - tira sua blusa, que estava cobrindo meu corpo.
Adoro pegar suas camisas.Tessa: não - faço o mesmo com ele, dando-me uma visão privilegiada de seus músculos.
Oliver me encara por alguns segundos, deita sob meu corpo e tortura-me com beijos em meu pescoço, enquanto tento fazê-lo tirar o resto da roupa.
Tessa: Oliver... - ofego, sentindo seus dedos acariciando minha intimidade por cima da calcinha.
A movimentação estranha na cama deixa claro que basta me sentir pronta para recebê-lo que ele não resiste.
Minha calcinha é tirada com certa urgência, e logo sinto-o dentro de mim, silenciando meu gemido com um beijo preciso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sunrise
Teen FictionEscritora: Maria • Responsável pela história: Anny +14 • Na véspera do meu aniversário de dezoito anos, minha melhor amiga só tinha três coisas em mente: me fazer perder a virgindade com o garoto mais gato da festa, beber até cair e, claro, ver o na...