Vou até a porta e abro, vendo Harry com um sorriso nervoso no rosto, mas estava absolutamente lindo.
Tessa: oi — sorrio.
Harry: oi.
Charles: oi — surge atrás de mim, fecho os olhos e abro mais a porta.
Tessa: pai, esse é o Harry.
Harry: muito prazer, Senhor — estende a mão.
Charles: se eu apertar, vou guardá-la no meu bolso — é duro.
Tessa: pai — o repreendo.
Christian: você é o imbecil que vai sair com uma garota três anos mais nova?
Tessa: chega! Nós vamos embora e vocês vão ficar pensando no quanto me magoaram — aumento a voz.
Charles: eu não...
Tessa: você tinha prometido — seguro a mão do Harry e fecho a porta, puxando-o para a calçada.
Harry: família legal — diz, constrangido, suspiro.
Tessa: desculpe, é que sou a única mulher da casa e eles sentem a necessidade de me proteger.
Harry: tudo bem, se eu tivesse uma filha seria que nem o seu pai — abre a porta de um conversível.
Tessa: veio de carro? — ergo uma sobrancelha.
Harry: Oliver que alugou, eu disse que ia te levar a um encontro descente — estende a mão para que eu entre, assim fiz, dando um beijo no canto de sua boca antes de me acomodar no lugar do carona.
Observo o estofado, o volante e o tapete que havia em baixo dos bancos.
Harry: foi esse — diz, após sua entrada.
Tessa: como assim?
Harry: o carro que nós... — me olha e sorri, arregalo os olhos — só fiz questão de esconder o teto para apreciar o vento no rosto — dá partida.
O assunto foi encerrado até a sorveteria, o silêncio se fez necessário quando as lembranças daquela noite vieram em minha mente. Suas mãos me tocando... O gosto dos seus lábios... Tudo voltou assim que entrei naquele carro.
Harry: vou buscar o sorvete.
Tessa: não, eu vou com você — saio junto.
[...]
Minha respiração travou quando a mão de Harry foi até minha cintura, guiando-nos pela pequena sorveteria. Algumas pessoas nos olhavam, como se fôssemos um par de alienígenas, não sei, foi estranho.
Harry: desculpe — sussurra.
Tessa: por quê?
Harry: são meus amigos, aposto que Oliver os chamou — bufa.
Tessa: te incomoda?
Harry: me incomoda os garotos estarem olhando para você — fica sério, sorrio e envolvo sua cintura, enquanto a atendente preparava nossos pedidos.
Xx: Harry — o chama.
Me solto dele, assim que vejo uma garota linda; com longos cabelos lisos e uma pele bronzeada na medida.
Harry: Tessa, essa é Kylie.
Travo as vias respiratórias para não engasgar com a própria saliva. É a ex que Oliver disse.
Tessa: muito prazer — sorrio, disfarçando.
Kylie: pode me dar um minuto com ele? — sua expressão estava triste, ou preocupada, não sei bem.
A moça entrega meu sorvete e o chocolate quente do Harry, que entrega o valor dito imediatamente.
Tessa: claro, vou te esperar no carro.
Meu peito doía, não tinha conhecimento do porquê, mas era uma dor que nunca fora sentida por mim antes. Me acomodei no estofado do carro e logo comecei a tomar o sorvete, com o sol que fazia, iria derreter antes que Harry voltasse.
O mesmo saiu às pressas e entrou no banco do motorista, acelerando simultaneamente.Tessa: aconteceu alguma coisa? — arrisco.
Harry: ela é minha melhor amiga, não ache que rola algo entre nós, ouviu? — me olha.
Tessa: não foi isso que eu quis dizer.
Harry: mas eu sei o que Oliver te disse, Kylie me contou. Ele só não quer que eu me apaixone e depois fique sofrendo quando voltar para casa.
Tessa: vai conseguir? — abaixo o olhar.
Harry: não.
[...]
Aquele velho frio na barriga que senti na primeira noite voltou quando entrei naquele carro novamente, eu o encarei, sem muito pensar, uni nossos lábios. O sabor do chocolate ainda estava em sua boca, misturado com o gosto que me lembrava bem. Harry segurou meus cabelos com delicadeza, me trazendo mais para perto.
Tessa: preciso entrar — digo entre os beijos.
Harry: não, não precisa — sorri distribuindo beijos por meu pescoço.
Tessa: sim, preciso. Nos vemos à noite — lhe dou um último beijo e saio do carro, correndo até a entrada.
Giro a maçaneta devagar, entro imediatamente e fecho a porta. Meu peito subia e descia rapidamente, de repente, me vi ainda mais ansiosa pela festa daqui poucas horas.Charles: Tessa? — chama, dou um grito, estava tão concentrada em meus pensamentos que não o senti chegar.
Tessa: droga, pai, que susto.
Charles: como foi o encontro?
Tessa: legal... Sabe, nada demais — menti.
Charles: você gosta mesmo dele, não é? — assinto — como vai ficar quando ele for embora?
Ainda tentava controlar a respiração, não pelo susto, mas sim pelo beijo intenso que demos no carro.
Tessa: não quero falar sobre isso.
Charles: uma hora vocês terão essa conversa — impede minha passagem.
Tessa: talvez daqui três meses, agora me deixe ir porque vou a uma festa.
Charles: com ele? — franze o cenho.
Tessa: não, com a Lindy. Será que estou liberada? — Meu pai suspira e me deixa subir. Ótimo, agora preciso convidar Lindsay para ficar de vela, mas a conhecendo, vai logo arranjar uma ficada e se esquecer de mim.
Charles: Tessa — viro-me — chamei Claire para um jantar, vou fechar o restaurante mais cedo hoje e preparar algo para ela. Acha que é uma boa ideia? — sorrio.
Tessa: ela gosta de coisas simples, vai adorar
Sorrio enquanto terminava de subir, fico feliz sabendo que meu pai resolveu finalmente seguir em frente.
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Sunrise
Подростковая литератураEscritora: Maria • Responsável pela história: Anny +14 • Na véspera do meu aniversário de dezoito anos, minha melhor amiga só tinha três coisas em mente: me fazer perder a virgindade com o garoto mais gato da festa, beber até cair e, claro, ver o na...