Torcia com todas as minhas forças para aquela garota atender, mas seu celular estava desligado. Desci até a sala e usei o telefone fixo para ligar para sua casa, ao qual foi atendido no quarto toque.
Xx: alô? — pela voz, era sua mãe.
Tessa: oi, tia Claire, Lindsay está?
Claire: está dormindo, Tessa, é importante? — reviro os olhos, essa vaca sempre desliga o celular quando dorme para que não a incomodem.
Tessa: um pouco. Pode chamá-la?
Claire: claro, só um minuto.
Contei até cinquenta, quando uma voz grogue surgiu na outra linha.
Tessa: quer ir a uma festa hoje?
Lindsay: não dá, minha mãe vai sair.
Tessa: eu sei, ela vai ter um encontro com o meu pai — afasto o telefone do ouvido, seu grito quase perfurou meu tímpano — quer me deixar surda? — sussurro.
Lindsay: desculpe, mas eu sabia que eles estavam se paquerando naquele dia que fomos ao restaurante.
Tessa: tanto faz! Vai comigo, por favor.
Lindsay: por quê?
Tessa: Harry me convidou e eu disse ao meu pai que iria com você, ele está implicando muito ultimamente — reviro os olhos.
Lindsay: minha mãe também, acho que é falta de sexo — solto um riso.
Tessa: vai ou não?
Lindsay: tudo bem, mas vou me arrumar na sua casa.
Tessa: já esperava. Te quero aqui em meia hora, a festa é às 8AM.
Lindsay: câmbio, desligo — assim faz.
[...]
Os olhos de Lindsay avaliavam minhas vestimentas, uma coisa simples: vestido vermelho, longo, com fenda lateral.
Lindsay: acho que te deixa reta na cintura, por que não experimenta aquele conjunto que te dei no último natal? — volta a fazer sua maquiagem.
Nada mais era que um cropped preto e calça da mesma cor, me deixava muito exposta na barriga, mas tenho que admitir, ficou bom.
Tessa: que tal? — dou uma volta.
Lindsay: Harry vai ficar de pau duro antes que você tire a roupa — sorri maliciosa.
[...]
Entramos na parte de eventos do Hotel Sunrise, ficava na parte de fora e tinha visão total do céu parcialmente estrelado, haviam algumas nuvens escuras se aproximando, mas nada preocupante.
Lindsay não demorou mais que três minutos para dizer que ia pegar uma bebida, na língua dela, avistou algum garoto dando mole e resolveu beijar na boca.Meus olhos percorreram todo o salão procurando Harry, mas tudo que encontrei foi Kylie conversando com Oliver. Não ia me aproximar, não depois do que ele disse sobre o ex casal, com certeza destilaria mais veneno dizendo que Harry está ficando com alguma menina por aí.
Sem muito sucesso na busca, fui até o bar e pedi uma cerveja, nada muito forte hoje, quero me lembrar do que fiz pela manhã. Isso se fizer alguma coisa.X: oi, morena — sussurra próximo ao meu ouvido.
Meu sorriso apareceu, mas logo murchou quando virei. Não era ele.
Tessa: oi — resolvi ser gentil, afinal, o que poderia acontecer?
X: meu nome é Danny — estende a mão, formal, melhor assim.
Tessa: Tessa — apertei. Mas, assim que fiz, ele me puxou e tentou beijar-me, mas desviei. — Me solta!
Danny: por que, tem namorado?
X2: não, mas ela está comigo — diz, alto e claro. Essa sim era a voz dele.
Suspitei aliviada assim que o rapaz me soltou e fui ao encontro de Harry, que me envolveu em um abraço.Tessa: obrigada — beijei seu queixo.
Harry: só isso que ganho? — sorri, revirei os olhos e lhe dei um beijo, ele firmou as mãos em minha cintura e puxou-me para perto — quer dançar?— mordi os lábios, envergonhada.
Tessa: eu não sei — disse próximo ao seu ouvido. Fiquei na ponta dos pés, claro.
Harry: então vamos fazer um pouco mais disso — volta a me beijar.
[...]
Com a chuva caindo sobre nossas cabeças e atrapalhando a festa, sugeri irmos para minha casa, já que Harry divide o quarto com Oliver e não estava muito animada em encontrar o senhor "não gosto de você" tão cedo.
Entramos rindo, corremos pela rua que nem dois malucos, então o alvoroço era completamente plausível.Tessa: caramba, não achei que fosse acontecer isso — passo as mãos no cabelo, tirando o excesso de água.
Harry: seus protetores não vão implicar com minha presença?
Tessa: meu pai está no restaurante com a futura namorada, e com essa tempestade não deve voltar tão cedo. Já meu irmão disse que ia sair e não voltava hoje — mordi o lábio.
Harry: está provocando, Tessa.
Tessa: a gente já faz isso uma vez, qual o problema? — passo as mãos por seu peitoral, que estava colado na camisa molhada.
Harry: seu pai pode aparecer — murmura.
Tessa: então podemos ver um filme, depois de trocar de roupa.
Harry: eu não trouxe nada.
Tessa: pode ficar nu — solto, acidentalmente. — Eu vou tomar um banho, quer uma toalha?
Harry: claro.
Suspiro, percebendo que o clima estava tenso.
Subo até o meu quarto acompanhada dele logo atrás, fui até meu banheiro e peguei uma toalha limpa no armário.Tessa: pode usar o banheiro do corredor ou ficar aí mesmo.
Harry: não fica estranha — sorri.
Tessa: falei sem querer.
Harry: eu duvido — se aproxima.
Tessa: Harry... — sussurro, de olhos fechados, sentindo sua carícia em minha cintura. — Quero me lembrar dessa noite — digo convicta, fitando o marrom de seus olhos.
Harry: tem certeza?
Eu: absoluta — retiro o cropped, lhe dando visão total dos meus seios, já que a peça não pedia sutiã.
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Sunrise
Novela JuvenilEscritora: Maria • Responsável pela história: Anny +14 • Na véspera do meu aniversário de dezoito anos, minha melhor amiga só tinha três coisas em mente: me fazer perder a virgindade com o garoto mais gato da festa, beber até cair e, claro, ver o na...