Capítulo 8

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   "O que ele estava pensando?" Esse pensamento preenchia a mente do garoto ruivo...

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Narrador: Daisuke


   Estava muito avoado está manhã. Acordei e já era mais de 10 e pouco, tinha esquecido de arrumar as coisas para levar e de arrumar o meu quarto como minha mãe pediu. Só pensava em ir a casa de Haejime logo e acabar com esse sentimento ruim. Demorei muito tempo no banho, o que me deixou atrasado para o almoço.

- Divirtasse querido. - minha mãe falou da cozinha.

- Tá bom, mãe. - corri para escovar os dentes, voltei até onde ela estava e lhe beijei a bochecha.

- Até loguinho! - Touka disse em um tom maldoso da escada.

Peguei minhas coisas perto da porta, calcei meus sapatos e corri como nunca - nem quando fugi do cachorro tinha corrido tanto. Quando estava chegando perto da casa de Haejime, vi um senhor saindo da mesma na direção contrária que a minha. Talvez fosse algum vendedor de porta em porta, então não prestei muita atenção. Fiquei na porta alguns instantes para recuperar o fôlego.

- Ufa... - suspirei e apertei a campainha. Ouvi alguém resmungar antes de antender, e cogitei que fosse Haejime e seu verdadeiro humor matinal.

- Bom di- - ele pareceu surpreso em me ver, talvez tivesse esquecido que eu iria vir a sua casa. - por que esta aqui tão cedo.

  - Boa tarde, você quis dizer. - mostrei as horas no meu celular. - Quanto mais cedo começarmos, mais cedo eu volto pra casa. - entrei sem esperar sua permissão. - Pessoas ricas costumam dormir até tarde, é? - tirei meus sapatos e comecei a reparar na casa. - que belo casarão... Eu até moraria aqui.

[Quebra de tempo]

  Estavamos indo pra cozinha, quando eu vi o quão grande ela era. Tinha muitos armários e uma geladeira cinza de duas portas. O fogão aparentava ter 6 bocas estava em um canto entre a geladeira e a pia e mais alguns eletro-domésticos ocupavam um balcão. Vi que Haejime foi em direção a um armário, então fui vasculhar por mera curiosidade, mas no processo achei uma xícara. Quando me dei de conta, já estava pegando a caixa do pó de café que estava em uma pretileira um pouco alta. Mesmo com sua altura, ele poderia pegar, mas eu o fiz mesmo assim. O ato o deixou um pouco irritado e constrangido, o que o deixou ainda mais fofo que o normal...

Eu estava tomando o café e olhando algumas coisas em volta, quando parei meu olhar nele. Estava com geléia no canto da boca. Tive uma vontade de limpar aquilo, mas seria extremamente estranho, então só o avisei com o indicador. O mesmo limpou com um guardanapo.

Assim que terminamos, ele tirou os pratos e levou a pia. Continuava pousando meu olhar nele as vezes, reparando em como ele ficava diferente em outra roupa que não fosse o uniforme que estava habituado a ver. Seu cabelo também parecia diferente. Na verdade, estava preso em uma trança que pendia para a lateral. Podia ver suas sardas no pescoço e nuca. Ele era de um tom de pele um pouco mais escuro que o meu. Por isso elas eram mais discretas que as minhas. Estava perdido nesses pensamentos quando foi feita uma questão a mim.

- Por acaso quando você estava vindo para cá... - ele pareceu meio hesitante em perguntar. - ... Não teria visto um senhor de idade, com cabeços meio grisalhos meio pretos?

Naquele momento eu tinha me esquecido da figura que vira quando chegava na casa, então respondi de forma ríspida.

- Tem vários caminhos que dão na tua casa.

- Ah, tem razão. - ele pensou um pouco - Bem... Prefere fazer aqui ou lá no escritório?

- O-o que? - eu simplesmente fiquei confuso e sem entender o que ele queria dizer com "fazer".

Por que você me irrita tanto? [PARADA PARA REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora