Stockholm Syndrome || H.S || Complete

| Five |

Harry

Certo eu a chamei para sair, quer dizer ela me chamou para sair mas quem vai escolher o lugar sou e eu não faço a menor ideia de onde sair com ela, porque simplesmente os melhores encontros que eu tive com ela — se é que posso chamar assim — foram em banheiros. Isso é um absurdo mas esses encontros foram melhores encontros da minha vida, pelo fato de eu ter ficado próximo dela, nunca fiquei tão próximo de alguém com tamanha rapidez, além disso, todo o calor do ambiente chegava a ser excitante então estes supostos encontros no banheiro me deixaram realmente louco mas agora eu preciso encontrar um lugar, para que possamos nos encontrar, como pessoas normais e não como adolescentes cheios de hormônios que gostam de se trancar no banheiro e curtir o tesão, apesar de que, não passamos de um único beijo. Eu preciso sentir aquele beijo de novo seria incrível senti-lo novamente tal como a delicadeza do toque dos dedos dela em minha pele.

Angelina tem um gosto doce, tipo morango mas tem um recheio amargo, mas com certeza o gosto amargo foi por causa das bebidas que ela bebeu naquela noite, de qualquer maneira o sorriso que ela tem não foi por causa do álcool e é um sorriso baita de encantador e empolgante. Esta garota vai me deixar maluco, antes mesmo de me fazer levá-la para cama, loucura. Mas a forma de como ela me prende e me faz querer que toda minha atenção se volte a ela, isto sim é loucura. A mulher com uma cor incrível de creme de cacau é simplesmente engraçada, desajeitada e ansiosa mas apenas uma garota na qual eu estou com tesão, na de novo, logo, eu não deveria ter uma reação tão exaltada por causa disso, eu tenho experiência com isso para ficar desta forma.

— Harry. -Louis me chama e olho para meu amigo.

Ele entra no meu escritório, nós trabalhamos em uma empresa de cerveja artesanal inglesa, Empório da Cevada, e eu sou o gerente executivo já faz algumas semanas. Pois eu finalmente tive minha promoção, o trabalho é bem maior do que quando eu era um simples secretário, contudo é onde eu gosto de estar e talvez eu acabe presidente deste lugar ou o dono da minha própria empresa, seria incrível. Eu sendo de fato um empresário bem sucedido, talvez milionário e auto suficiente. Um sonho capitalista na qual eu realmente desejo.

— Harry. -Meu amigo me chama novamente e o olho confuso, espero que ele não tenha digo nada de importante. Ele arqueia suas sobrancelhas me encarando sério.

— Oi? -Respondo-o.

— Esta viajando para qual mundo hoje? -Resmunga, ele senta-se no sofá que fica no lado direito da porta. Meu amigo não me.deixa responder e continua. — Hoje temos que ir no bar do Filippo, se lembra?

— Temos? -Pergunto confuso e Louis revira os olhos. Filippo foi o primeiro cliente que Louis e eu tivemos e desde então se tornou nosso amigo. Nós sempre vamos ao bar dele e inclusive foi no bar dele que encontrei Angelina.

— Sim, é o aniversário dele. Além disso, tem umas cargas de cerveja para ele, acho que podemos levar só para passar lá um pouco mais cedo. -Louis explica e pega um papel amassado em cima da minha mesa o fazendo de bola. Logo, ele começa a jogar o papel de um lado para o outro. — Mas se você estiver ocupado com seu novo emprego, chefe. -Louis diz com sarcasmo.

Bem, Louis é o analista financeiro daqui e não está tão longe de ser um chefe como eu, a verdade é que realmente pensamos que ficaríamos no mesmo barco nesta empresa até abrir a nossa, uma empresa de eventos, que seria algo bem diferente desta de cerveja. De qualquer maneira, esse sonho ainda está de pé, esperando apenas uma chance de cair fora daqui.

— Claro que eu vou. -Murmuro. — Só preciso terminar de ler um email. -Explico para meu amigo que concorda.

— E aquela garota? -Louis pergunta e franzo minha testa, mas eu sei exatamente de que ele está falando de Angelina e eu não quero falar dela agora. — Não se faça de bobo, a Angelina. Nos encontramos no sábado e você ainda está mais voado do que era desde então e hoje é terça, cara. Você nunca fica pensativo por tanto tempo.