Harry
Estou três dias em Nova Orleans com Angelina, felizmente o chefe dela soube ser empático com ela, mas meu chefe não soube ser empático comigo, primeiro ele perguntou, quem era essa garota, sobre Angelina e depois comentou que nunca me viu usando um anel, disse que o máximo que ele já viu, foi eu com Elizabeth e que achou estranho não vê-la mais na hora do meu almoço. Para completar, ele disse que me quer de volta logo, afinal a empresa não é a mesma sem mim, sei que não, mas sei muito bem que Louis consegue fazer uma trabalho incrível naquela empresa sem mim. Além disso, eu tenho aquele espaço para eventos em Los Angeles que está passando por reformas na qual eu preciso acompanhar, então ficar ao lado de Angelina não foi algo tão fácil assim. No fim, eu sei que logo terei de voltar para Los Angeles, mas ainda não quero. Até porque, estar aqui com ela e a apoiando, mesmo que seu irmão esteja com ela, é algo que sinto que devo fazer. Pois, posso imaginar o quanto deve ser horrível ter alguém que ama, uma mãe em uma situação dessas, ontem ela passou por outra cirurgia, e se tudo de certo será a última e eu quis ficar aqui hoje, quero ficar amanhã também e depois eu voltarei para Los Angeles. Apenas quero ter certeza de que as coisas vão ficar calmas e menos pesadas quando eu for. Conversei com o irmão dela sobre isso, ele disse que tudo bem, que ele também sabe cuidar da irmã dele, no entanto, Angelina não pareceu assim tão triste por saber que logo terei que ir, mas não será uma despedida longa — espero mesmo que não seja — além disso, ela está mais preocupada com a mãe dela do que com o tempo que ficaríamos longe um do outro, algo que eu consigo entender, afinal é a mãe dela, não consigo imaginar como reagiria se fosse comigo, ter ir para Inglaterra e orar todos os dias para que minha mãe melhore logo, é algo angustiante, um tipo de dor sufocante que desperta vários outras sentimentos e sensações tal como ansiedade e angústia. Não apenas isso, Angelina é uma mulher inteligente e sabe exatamente que o motivo na qual eu terei de que voltar em alguns dias para Los Angeles é pelo meu trabalho.
Hoje, ela vai dormir na sua antiga, mas para sempre, sua casa e eu irei com ela. Ontem foi a fez de Jordan e eles ficam revezando mas algo que não irá durar todo o tempo que mãe deles estiver internada uma vez que Jordan vai voltar para as aulas na faculdade. Sendo assim, Angelina irá ter de passar mais um tempo com sua mãe, mas acho que não tanto tempo. Eu a ouvi comentar com seu irmão que quem irá ficar com a mãe deles, Daisy, será pai de Angelina e Jordan, alguém que ainda não sei o nome e que ainda não apareceu por aqui, não porque não queria mas porque estava em outro país. Houve problemas com o tempo mas ele logo aparecerá. Além disso, Angelina disse que tem que me contar algo importante, algo que eu tenho a certeza que Jordan sabe pois ele não parava de sussurrar e sorrir com ela, algo que me deixou curioso também. Contudo, me deixou feliz também, ver ela menos preocupada e mais sorridente é algo que me deixa bem também. A verdade disso tudo é que eu estou realmente criando uma afeição por Angelina, uma afeição forte e todas as vezes que estamos juntos eu sinto que isso só fortalece um pouco mais, como se eu estivesse subindo escadas para um lugar bom e eu conheço este sentimento eu já o senti antes, mas desta vez com toda a certeza tenho que confessar que parece mais forte, porque nada que eu venho fazendo com Angelina se resume noites eróticas, momentos eróticos, algo que desde que eu entrei na faculdade eu tive e tornou rotina quando estive com Elizabeth. Entretanto, agora, com Angelina, absolutamente está tudo se movendo de uma forma diferente, como se ela estivesse me prendendo toda ás vezes que me envolve no seu abraço, como se ela tivesse fazendo uma parte do meu mundo se tornar apenas dela todas as vezes que ela sorri, gargalha e faz coisas divertidas. Como se ela tivesse tomando a mim e talvez parte do meu coração, merda, eu realmente estou me apaixonando por essa mulher, por Angelina.
— Terra chamando Harry. -Angelina fala acenando bem de frente aos meus olhos e eu a olho. Ela sorri e arruma a alça da bolsa em seu ombro. Eu sorrio um pouco para ela e seguro sua mão. Ela arqueia sua sobrancelha esperando que eu diga algo, mas por um tempo eu quis ficar apenas olhando para seu rosto, para sua pele brilhante e radiante, para sua boca e para seus olhos que pareciam raios de sol que caíram na Terra e foram parar diretamente para sua íris castanha. Merda, eu estou apaixonado.
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Stockholm Syndrome || H.S || Complete
Fanfiction[ESSA HISTÓRIA NÃO É SOBRE SEQUESTRO E VIOLÊNCIA] Angelina, uma escritora puramente dramática, desajeitada e ansiosa se vê na maior melancolia de sua vida. Aos vinte e três anos a garota nunca namorou ou sequer beijou alguém e vivendo neste dilema...