Harry veio rápido, ele chegou assim que Carolina me ajudou a terminar de arrumar minha mala e eu consegui explicar melhor o que aconteceu a ele. Naquele momento, eu já me sentia mais calma para conversar sem chorar, sem me sentir imensamente preocupada apesar da preocupação ainda está aqui assim como a ansiedade, não aguentava mais esperar por um ligação de meu irmão. E diante de tudo isso, Harry simplesmente me abraçou bem apertado e sussurrou no meu ouvido para eu não me preocupar, porque vai da tudo certo, vai acabar tudo bem mas ainda sim eu me sinto apavorada, ainda estou com medo de nunca mais ver minha mãe e isso é horrível.
Quando cheguei no aeroporto, Jordan começou a me mandar mensagens dizendo que mamãe ainda está em cirurgia, que ela não está bem mas eles estão tentando fazer de tudo, o que me deixou mais preocupada ainda, porque eu não tenho noção de tempo de cirurgias mas sei que elas não são tão longas assim, ao menos não deveriam ser assim tão longas. Meu irmão me disse que foram múltiplas fraturas e que isso realmente complicaria tudo mas ele tentou me acalmar me dizendo para eu não me preocupar, que os médicos são bons e eu tentei. Harry me abraçou durante o voo mas não disse muito, apenas ficava passando a mão no meu braço e prestava bastante atenção sempre me movia, isso já foi o suficiente para me deixar calma e me fez dormir um pouco.
Assim que chegamos em Nova Orleans o único lugar possível que eu poderia pensar em ir foi o hospital, Harry disse que acharia um hotel para ficar mas eu não pude deixar ele ficar longe então ele me acompanhou até o hospital e assim que chegamos lá eu vi meu irmão sentado, balançando as pernas inquieto a espera de alguma notícia sobre nossa mãe, eu imagino.
— Jordan. -O chamo e meu irmão se vira, ela se levanta de imediato e eu vou até ele rapidamente e o abraço. Os seus braços me apertam em um abraço tão caloroso como doloroso, era saudade mas também era dor e medo de perder uma pessoa mutuamente especial para nós dois.
— Você finalmente chegou. -Ele diz abafado e passa sua mão no nas minhas costas em seguida ele apaga meu cabelo. Meu irmão aperta meus cachos com sua mão. — Não queria ter que te ver assim.
— Nem eu. -Murmuro, eu suspiro em seguida eu me afasto um pouco de meu irmão. Ele não mudou desde o ano passado, acho que nem poderia. — Já tem notícias da mamãe?
—Ainda em cirurgia mas acho que logo irão terminar com isso, já faz muito tempo desde que ela está lá. -Jordan explica então olha em direção de Harry depois para mim, novamente. Jordan se aproxima de mim. — Quem é ele? -Sussurra e eu respiro fundo.
— Harry. -Falo simplesmente. Na verdade não sei o que Harry e eu somos talvez amigos, que se beijam casualmente, além de que tivemos encontros nada sexuais em banheiros — exceto o último —, mas eu não posso dizer isso para meu irmão, a ocasião sequer permitiria e eu não estou no meu melhor momento para pensar em que Harry e eu somos de fato.
— Jordan, este é Harry e Harry este é Jordan, meu irmão. -Digo e gesticulo com a mão apresentando os rapazes. Harry simplesmente sorri um pouco, o moreno acena com a mão, já Jordan apenas acena com a cabeça.
— Sinto muito pela sua mãe. -Harry fala nervoso, ele passa a língua nos seus lábios, O inglês parece nervoso e meu irmão respira fundo.
— Obrigada. -Jordan diz simples.
— Senhor Robins? -Uma voz feminina chama meu irmão. Nós dois nos viramos em direção da voz. É uma médica, com certeza, as roupas indicam a profissão dela. — Foi uma cirurgia longa mas nós conseguimos controlar a hemorragia.
— Ela está bem? -Pergunto e a mulher franze a testa confusa. — Ela é minha mãe. -Explico, Jordan apenas balança a cabeça concordando.
— Ela está estável mas vai precisar fazer mais duas cirurgias, porque ela quebrou duas costelas e tem uma fratura pequena no fígado, mas acredito que ela vai ficar bem. -Assim que a médica fala isso eu a abraço forte.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Stockholm Syndrome || H.S || Complete
Fanfiction[ESSA HISTÓRIA NÃO É SOBRE SEQUESTRO E VIOLÊNCIA] Angelina, uma escritora puramente dramática, desajeitada e ansiosa se vê na maior melancolia de sua vida. Aos vinte e três anos a garota nunca namorou ou sequer beijou alguém e vivendo neste dilema...