Uma semana atrás...
Harry
Eu odeio com todas as minhas forças como o tempo se move completamente o oposto do que eu gostaria de que se movesse, logo eu estaria com Angelina, porém longe de Thomas, se eu pudesse levá-lo comigo eu o faria agora, mas isso com certeza seria uma má ideia, ele nasceu tem pouco tempo e só sabe chorar e ficar com Elizabeth, porque ela tem duas coisas que eu não tenho, leite e um bom colo — já que vive chorando comigo — mas de qualquer forma eu tento ser um bom colo para ele, quem sabe com o tempo?
De qualquer forma, eu estou fazendo a minha parte como pai, enquanto posso e para sempre. Afinal, tudo isso não passa de uma obrigação e apenas isso, nada mais. Contudo, eu não vou dizer friamente que Thomas é apenas minha obrigação e a minha responsabilidade, porque ele também é um pedaço de mim, um pedaço que respira, que come, que sorri, que chora e suja as fraldas, mas é um pedaço de mim, um pedaço que eu amo de verdade e profundamente, meu amor mais puro e sincero.
É por isso que eu estou aqui no supermercado comprando fraldas e lenços umedecidos já que Elizabeth disse que os que estão no apartamento estão para acabar. Além disso, Elizabeth quer uma pizza e eu vou ter que comprar isso também. Dessa vez nada de pizzas de calabresa como Angelina adora, mas daqui uma semana eu vou fazer questão de comer essa pizza de calabresa com ela enquanto conto sobre Thomas.
— Harry? -Uma voz me chama. Uma voz que conheço bem e que quero bem longe de mim, porém April é persistente. Nós não nos vimos desde que ela me beijou no meu restaurante, mas é óbvio que assim que ela me visse ela viria até mim como faz agora, sorridente empurrando seu carrinho de compras. Ela olha para o que tenho na mão e franze a testa.
— April, eu já estou de saída. -Falo sério e ela sorri animada.
— Hey calma, eu não vou te morder. Exceto se você tiver livre. Foi mal ter te beijado no Filippo eu não sabia que você está ou estava "comprometido". -April fala e eu reviro os olhos.
— Ok April, eu ainda estou comprometido e tenho que ir. -Falo e ela suspira.
— Harry... Podemos conversar pelo menos? -Ela pergunta e respiro fundo.
— Não April, porque eu sei o que você quer e não posso te dar.
— Não, não é isso. -April fala e franzo minha testa. O que é então?
— Fala logo April.
— Acho que aconteceu um mal entendido e meu pai, ele ainda acha que estamos ficando. Então ele mandou um presente para você e você sabe como meu pai é, nada discreto. É um disco autografado da Stevie Nicks.
— Não April, eu não quero, eu literalmente não quero porque eu te conheço e conheço seus jogos e sei exatamente para onde você quer me levar e eu não vou para cama com você, nunca mais. Pode ficar com esse álbum. -Falo sério e sem paciência.
— O que você disse com a minha irmã? -Um cara fala atrás de mim. Ótimo, era só o que me faltava.
Angelina
Confiança é algo que deve ser sólido caso contrário nada faria qualquer sentido. Lealdade também, principalmente lealdade, sem lealdade não existe qualquer relacionamento sólido, não existe confiança, não existe amor. Eu me sinto completamente confusa agora, eu entendo completamente os problemas de uma relacionamento a distância e sei exatamente que Harry sempre foi o garoto que raramente passava noites sozinhos, ele sempre tinha alguém, eu fui esse alguém por um tempinho e fiquei longe. Talvez eu devesse imaginar isso, eu não queria. Realmente não queria imaginar, não queria duvidar do amor dele. De um amor que eu pensei que tinha.
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Stockholm Syndrome || H.S || Complete
Fanfiction[ESSA HISTÓRIA NÃO É SOBRE SEQUESTRO E VIOLÊNCIA] Angelina, uma escritora puramente dramática, desajeitada e ansiosa se vê na maior melancolia de sua vida. Aos vinte e três anos a garota nunca namorou ou sequer beijou alguém e vivendo neste dilema...