A companheira secreta dos Alfas {Em revisão}

03. Pequena médica

Por algum motivo estúpido, a deusa tinha me emparelhado com a pequena Emily e, quando me joguei na cama exausto, o peso de tudo caiu sobre mim.

Depois que tudo terminou, meus pais me cobriram e me levaram para o quarto, enquanto me encaravam penosos. Sei que ninguém jamais esperaria por isso - nem eu. Eu sempre pensei que Lindsay seria a minha mate e agora, vejo o meu pequeno mundo perfeito desmoronar bem na frente dos meus olhos.

Lágrimas enchem meus olhos, enquanto sinto nojo de mim mesmo e de tudo que está acontecendo. Não consigo pensar em como isso é errado e gritar, dentro da minha cabeça, qual é o problema da deusa?

Tenho medo de mim e de Hades. Medo de que atitudes absurdas ele pode tomar ao vê-la sendo repreendida pelos pais ou machucada por outras crianças de sua idade. Porque o fato é que Emy continuará correndo e brigando com Toby.

Eu preciso acabar com isso, mas para que tudo isso termine, eu preciso esperar para que ela conclua seus dezoito anos. Preciso que ela descubra e então, eu irei rejeitá-la. Sim, isso!

Com essa ideia em mente, finalmente, adormeço.

Quando acordo no dia seguinte, minha cabeça dói. Eu me levanto e tomo um banho quente e demorado, tomando coragem para me arrastar para fora do meu quarto. Eu estava tão cansado.

“Ezra, estamos esperando você no meu escritório,” A voz do meu pai soou na minha cabeça.

Ele não estava sendo meu pai, eu podia sentir. Ele estava me dando uma ordem, como o meu Alfa e eu, como seu membro de matilha, tinha que obedecer a ele.

Quando abri a porta do corredor, o cheiro doce de Emy invadiu meu nariz. Ela estava balançando as pernas e devorando um pacote de biscoitos enquanto ria de alguma piada que papai tinha feito. Ela era uma criança adorável.

“Bom dia,” Disse, mau-humorado.

Todos viraram seus rostos para mim, enquanto me sentava calmamente em uma das poltronas, deslizando para ficar relaxado depois.

“Precisamos conversar,” Meu pai disse, enquanto olhava para Lucia.

“Emy, porque você não vai brincar lá fora?” Tia Lúcia pergunta, gentilmente.

“Você me prometeu que me deixaria cuidar dos machucados do Tio Ezra,” Sua voz era estridente, enquanto ela fazia bico.

“Eu sei e você poderá fazer isso… mas depois!” Ela disse, enquanto colocava a menina de pé, gentilmente.

“Não,” Ela bateu o pé. “Eu não gosto de machucados mal cuidados. Eles doem,” Ela disse, enquanto se virava para mim. “Diga para eles, por favor. Eu preciso treinar para ser enfermeira.”

E, caramba. Como eu poderia dizer não para ela? Era Emy, ela podia me matar se quisesse e ainda assim, eu sorriria para ela.

“Certo,” Eu soprei, enquanto batia na cadeira ao meu lado e estendia a minha mão. “Seja rápida, sim?”

Ela deu um gritinho, enquanto corria para o lado de seu pai e pegava a maleta rosa pink cheia de adesivos.

“Nossa,” Ela resmungou. “Tio Ezra, você limpou isso?”

“Não,” Foi tudo o que consegui responder, antes de encarar o meu pai e engolir seco.

Ele suspirou e encarou os outros, parecendo entrar em uma conversa por Link Mental. Meu coração batia rápido e as faíscas pareciam viajar por todo o meu corpo, fazendo meus dedos dos pés formigarem.

Ela não disse nada, parecendo muito concentrada e eu decidi estudá-la um pouco. Suas bochechas eram fofas, seus olhos eram como amêndoas e tinha as sobrancelhas de Lucia. Ela tinha cabelos escuros, assim como seus olhos, que era lindos, por sinal.

Emy era arisca como um gato com raiva, mesmo que sua aparência angelical pudesse enganar a qualquer um. Ela era fofa e bonitinha, como uma criança deveria ser.

Quando ela terminou, enfeitando meu machucado com um band-id rosa cheio de corações, eu dei uma risada o observando. “Obrigado, Emy”

“De nada,” Ela sorriu, juntando tudo. Agora, todas as atenções estavam em nós mais uma vez. “Quando eu crescer e encontrar meu mate, você promete deixar nós dois sermos médicos da matilha?”

“Eu não tenho certeza,” Eu digo, enquanto franzia a testa.

“Ah, tio Ezra… papai e mamãe disseram que mates se amam tanto que não podem ficar longe, eu não quero deixá-lo sozinho,” Ela bate o pé.

“Bem, mas e se ele não curtir hospitais?” Eu pergunto.

“Então, ele não poderá seu meu mate. Eu vou ser uma médica,” Ela ergueu o queixo e eu dei uma risada.

“Ok, ok,” Lucia interferiu. “Está na hora de ir, vamos, vamos”

Ela segurou sua maleta e saiu resmungando. “Vou procurar novos pacientes e provar que posso ser uma ótima médica.”

Quando ela saiu, eu senti como se pudesse respirar novamente, como se os sentidos tivessem voltado para o meu corpo e me ajeitei na cadeira, encarando meu pai agora.

“Ainda não tomei café da manhã,” Pontuo.

“Seremos rápidos,” Ele murmura. “Temos que escolher ainda um representante líder para entrar no lugar de Derek na guerra. A esposa dele deu à luz e ele pediu para voltar.”

Eu dei de ombros. Estávamos metidos em uma guerra por território. Outro Alfa queria nossas terras e por isso, tínhamos um grande número de guerreiros sendo enviados para lá. Derek era um líder nato e quando ele se ofereceu para liderar, meu pai ficou cada vez mais confiante e bem, as coisas parecem estar dando certo até agora.

Eu estava muito animado com todos os detalhes até o acontecimento de ontem, no entanto, agora, eu só queria poder me enfiar na minha cama e nunca mais sair.

“Bem, acho que podemos ficar tranquilos, Emy provavelmente me rejeitará,” Eu digo, dando uma risada nervosa.