A companheira secreta dos Alfas {Em revisão}

14. Quero ficar com você

Corremos por horas. Nossos lobos brincavam entre si, pulando um sobre o outro, como reconhecimento. Eu observava tudo de longe, enquanto Hades esfregava seu pelo contra o meu — que estava deitada sobre a grama á frente do lago que ficava mais a fundo na floresta. 

"Quer ir para casa?" Ele perguntou pelo linkmental. 

"Já?" Respirei fundo, olhando para a lua que já estava alta a essa hora. Eu não queira ir embora. Não queria deixar Ezra agora, ainda mais quando acabamos de nos descobrir — ou melhor, eu acabei de descobrir que ele é meu mate.

"Ainda não," Peço, e se eu estivesse em minha forma humana, tenho certeza que teria feito biquinho para ele. "Quero ficar com você."

Ezra ri dentro da minha cabeça, "A noite não vai acabar tão cedo, mas acredito que precisemos ficar com as pessoas que conhecemos um pouco. Todos devem estar nos esperando."

"Tudo bem," Sussurro, enquanto me levanto. "Vamos logos."

Ele ri, enquanto corremos de volta para casa. O trajeto é um pouco longo, mas quando temos os primeiros vislumbres da casa acesa, meu coração bate rapidamente em meu peito. Eu era uma loba e futura Luna de todas as pessoas presentes naquela sala, caramba!

A transformação de volta ainda é difícil e dolorosa, mas Ezra fica ao meu lado o tempo todo e quando estou novamente em minha forma humana, ele se põe na minha frente, entre eu e a casa, vestindo apenas um shorts folgado — que deve ter sido deixado ali pela minha mãe.

Ezra é delicado e seus olhos me analisam, me varrem e me fazem enrubescer. Quando ele passa o roupão novamente pelos meus braços, antes de fechá-los, ele me puxa para si, distribuindo alguns beijos por toda a extensão do meu pescoço e se demorando no lugar onde devo carregar sua marca. Ele deixa um chupão ali, apertando a minha cintura com força.

"Ez-ra." Engasgo, apertando seu ombro. Sua pele quente contra a minha me faz gemer. "Estamos do lado de fora."

"Eu sei." Ele sussurra. "Me deixe aproveitar você, querida."

Sua boca bate contra a minha em um beijo desesperado. Seus dedos entram em meus cabelos e ele os puxa levemente, inclinando o meu pescoço para que ele tenha melhor acesso a minha boca. Sua língua briga com a minha, enquanto suas mãos exploram as minhas curvas e descem até as minhas nádegas, as apertando e me arrancando um gemido. Estou úmida e excitada. 

"Vamos para casa," Ele murmura, enquanto se afasta de mim bruscamente. "Ou eu vou prender você no nosso quarto e fazer amor com você por horas."

Sua frase me trás um arrepio e eu solto um gemido manhoso. A ideia parece tentadora agora. E Nosso quarto? Céus, eu preciso desse homem. 

"Oh, céus!" Levo a mão a minha boca. "Será que eles escutaram quando você..."

Não consigo terminar a frase, estou assustada e envergonhada. Eu me lembro de não ter tido nenhum pudor quando Ezra enfiava os seus dedos em mim. 

"Acho que não," Ele murmurou, sorrindo de canto. "De qualquer maneira, se esse for o caso, você é minha mulher e não há problema nenhum em gemer para mim, linda."

"Ezra!" Dou um tapa fraco em seu peito. "Acho que meu pai não ficaria feliz em ouvir isso."

"Não se preocupe." Ele sussurra, beijando-me uma última vez, antes de enfim puxar as cordas do meu roupão e fechá-lo gentilmente. 

Ele parece tão concentrado e me pego o admirando. Ezra é forte, grande e muito bonito. Seus cabelos cor de mel brilham a luz da lua e a devoção em seus olhos me fazem derreter imediatamente. Isso sempre esteve ali?

"Vamos, linda, você deve estar com fome." Ele ajeita meus cabelos, retirando algumas folhas que ficaram presas em meu cabelo. 

Eu aceno com a cabeça e deixo-o me guiar para dentro, abrindo a porta de correr da cozinha.

"Ei, voltamos!" Ezra murmura.

"Finalmente, pensamos que tinha roubado a nossa filha," Papai diz, enquanto anda até mim e me puxa para um abraço apertado. "Estou tão orgulhoso, querida."

"Obrigada, pai!" Eu o abraço com mais força. 

"Oh, minha menina." Mamãe choraminga, me puxando para um abraço apertado.

E então, tudo se desenrola e eu recebi tantos abraços que perdi as contas. Agora, eu preciso de um banho e todas as mulheres parecem ter me seguido para o meu quarto — deixando Ezra, meu pai e Kyle para trás.

Enquanto abro o meu guarda-roupas para procurar algo confortável, Lindy me empurra e me senta na minha penteadeira. Mamãe começa a remover as folhas dos meus cabelos e minha, agora, sogra, senta-se na beirada da cama me observando com um sorriso enorme no rosto. 

Lindy limpa a garganta, me olhando de onde está, "E então, como foi?" Pergunta, com os olhos cheia de expectativa.

"O que?" Franzi a testa.

"Sua mãe já contou que você e Ezra são mates. Como foi? O que vocês fizeram essa noite toda?" Ela pergunta, senta-se ao meu lado. "Pelo amor de Deus, vocês ficaram horas lá fora e...?"

"E nós nos beijamos." Eu a encaro. "Era pra acontecer algo além disso?"

Todas ficam em silêncio por um segundo, enquanto eu a encaro como se eu fosse a alienigena. "Céus," A mãe de Ezra sussurra. "O que vocês fizeram a noite toda?"

"Bem, ele também..." Sinto minhas bochechas esquentando gradativamente, enquanto gaguejo tentando contar algo. Qualquer coisa. "Ele também..."

"Ele também...?" Minha mãe pergunta, me encarando. "Somos todas mulheres aqui, fizemos mais coisas do que você pode imaginar. Conte!"

"Ele usou os dedos... em mim..." Digo, por fim, encolhendo-me. Nunca imaginei que conversaria sobre isso com a minha mãe.

"E foi bom?" Lindy pergunta.

"Uhum, acho que vamos embora juntos." Eu digo, por fim. "Preciso tomar banho."

Elas estão falando entre si sobre hoje a noite, enquanto as deixo para trás e me enfio dentro do meu banheiro, sentindo meu coração bater fortemente. 

Fecho meus olhos por alguns segundos para ver a minha loba e a encaro com meus olhos fechados. "Hey!" Chamo,  na esperança de ver minha loba. 

"Vá ficar com o nosso companheiro hoje." Ela pede, sentada no fundo da minha cabeça. "Amanhã nos conhecemos, querida."