Ezra
Eu não consegui pregar os olhos. Emilly era a criatura mais linda do mundo, deitada ao meu lado com os cabelos ainda úmidos e um expressão cansada.
Roubei tudo dela. Cada gota de suor, cada gemido, cada espamo. Guardei tudo na minha mente e não consegui dormir.
Esperei anos para que isso acontecesse e agora ela estava nos meus braços. Lembro de, no início, desejar rejeitá-la, mas as coisas mudaram e não consigo mais viver sem Em.
Por isso me mantive afastado, por isso tentei evitar a todo custo, mas o vinculo parecia se intensificar a cada ano em que estávamos mais próximos do dia em que ela descobriria tudo.
"Vai ficar me encarando enquanto durmo sempre?" Emy pergunta, de repente.
"Desculpe, não consegui pregar os olhos." Disse, minha voz soando rouca agora.
Um arrepio percorreu seu corpo e ela abriu os olhos, erguendo os dedos para tocar a minha bochecha. "Porquê não consegue dormir?"
"Tenho medo de acordar e estar sozinho. De tudo isso ter sido um sonho." Sussurro.
"Não é." Ela sorri para mim, se aproximando de mim e colando nossos corpos.
Puxo um pouco o cobertor para permitir que nossos corpos nus se toquem e o choque faz todos os meus pêlos se eriçarem. Gemo.
Seus dedos invadem meus cabelos e eu rolo, subindo por cima dela. Emy já está pronta para mim quando abre as pernas e eu a penetro, arrancando um gemido dela.
Nossas bocas se separam e eu enfio meu rosto em seu pescoço, mordiscando, beijando, lambendo... aumento meus movimentos a medida que seus gemidos aumentam. Suas pernas se enrolam na minha cintura e ela joga a sua cabeça para trás.
Estar dentro dela é como estar no paraíso e enquanto saio e entro, encosto minha testa na dela. Posso senti-la me apertando, seu corpo tremendo embaixo de mim e ela ainda não tem autocontrole do próprio corpo, já que os gemidos ficam cada vez mais altos.
"Ezra, eu vou... ah! Eu vou gozar." Ela grita, enfiando os dedos em meus ombros.
Aumento meus movimentos, entrando mais e mais rápido, sentindo sua entrada cada vez mais molhada até que ela me aperta completamente dentro dela, me ordenhando enquanto gozamos juntos.
Entro e saio mais algumas vezes, dando tudo de mim para ela. Mal posso esperar para vê-la carregando meus filhos. Penso comigo mesmo.
"Deveria dormir, Ez" Ela sussurra, enfiando os dedos em meus cabelos, erguendo meu rosto e me beijando apaixonadamente.
"Eu não quero dormir agora." Mordisco seus lábios e a vejo bocejar. "Mas você está mais cansada do que eu."
"Eu não deveria. Você é quem faz todo o trabalho duro." Ela murmura, suas bochechas corando instantemente.
"Eu faria todo o trabalho duro mais um milhão de vezes, se pudesse."
"E quem disse que não pode?" Ela pergunta, descendo os dedos por entre os nossos corpos e segurando meu membro.
Fecho os meus olhos e gemo quando a sinto me masturbando, subindo e descendo, me apertando e me levando ao meu limite.
"Me faça sua mais uma vez, Ez.." Ela geme, enquanto me posiciona na sua entrada.
E para ser sincero, eu jamais negaria sexo para Emily. Principalmente, quando passei tantos anos sem sentir isso. Ela é tudo que preciso.
Mas tenho consciência que, em algum momento, vamos precisar dormir, comer, viver uma vida comum. Infelizmente, não podemos passar toda a nossa vida enroscados um no outro fazendo amor.
Quando terminamos a próxima rodada, Emily dorme quase que automaticamente. Eu rio baixinho e a limpo com uma toalha molhada, me deitando ao seu lado e enroscando o seu corpo no meu.
Em alguns minutos, adormeço.
★
Quando acordo, estou sozinho na cama. A tateio para procurar por Emy e quando não encontro, finalmente abro os olhos.
Ela não está aqui. Não está em lugar nenhum. Passo meus olhos por todo o quarto antes de me levantar e andar até o banheiro.
Um suspiro de alívio me deixa quando a encontro escovando os cabelos na frente do espelho. "Bom dia. Acordei você?"
"Não... digo, sim!" Ergo as sobrancelhas, enquanto me aproximo dela e a abraço pela cintura. Ela é alguns centímetros mais baixa do que eu, então preciso me encolher um pouco. "Porque saiu da cama?"
"Desculpe, você precisava dormir mais um pouco. Não dormiu nada a noite toda." Ela me encara pelo espelho, deixando a escova sobre a bancada da pia.
A viro para mim e ela sorri, me puxando para seus braços. Um sorriso se espalha em seu rosto e ela apoia o rosto em meu peito.
"Para onde pensa que vai, em?" Minha pergunta a faz rir.
"Eu preciso procurar algo para comer." Ela torce o nariz, levantando o rosto para me encarar. "Não pretende me deixar morrendo de fome, pretende?"
"Me espere tomar um banho, depois vamos comer." Beijo o topo da sua cabeça e vou para o box.
Ela sai pouco depois, acho que procurar sapatos - não a ouço muito bem e depois de tomar um banho, saio do quarto e encontro Emy parada no meio do quarto.
"Ei, linda..." A chamo, mas ela não se vira para mim imediatamente.
Franzo a testa e a encaro de costas enquanto seco meus cabelos.
"Emy?" Chamo novamente. "Emily?"
Ela limpa a garganta e se vira, me dando um sorriso fraco. "Acho que... acho que alguém esqueceu isso no seu quarto." Ela anda até mim e coloca um único brinco em meus dedos.
"Emy, não é isso que você está..." Ela me corta.
"Não importa o que eu esteja pensando, Ez, você é solteiro e..."
"Era... eu era solteiro," Aponto para a minha marca. "E não é isso que você está pensando. Eu não menti quando disse que não fiquei com ninguém."
"Bem," Ela limpa a garganta e tenho certeza que não está convencida. "Eu vou te esperar no jardim. Ontem a noite eu vi umas flores lindas..." Ela fala tudo isso enquanto se afasta de mim.
"Não, Emy. Volta aqui..." Mas ela não me escuta, já está longe do quarto.
Encaro o brinco em meus dedos e volto para o banheiro, o colocando na bancada.
"Eu avisei que não ia dar certo." Hades rosna na minha cabeça.
"Cala a boca, Hades!" Grunhi, voltando para o meu closet.
★
Oioi, leiam o aviso no mural. Beijos! ✨💕
VOCÊ ESTÁ LENDO
A companheira secreta dos Alfas {Em revisão}
WerewolfQuando completei dezoito anos, uma revelação perturbadora mudou minha vida: minha mate, destinada pela deusa, era uma garota de apenas dez anos. O choque e o nojo me dominaram. Eu não conseguia acreditar que aquilo era real, mas, ao mesmo tempo, não...