Peter
Eu não precisava de café. Eu precisava de álcool dos mais fortes. Porra. Eu havia transado com ela. Ela era a garota com quem eu tinha perdido todo o meu controle naquele hotel a meses atrás. E agora ela estava ali na sala de frente a minha para ser a minha assistente, a porcaria do meu braço direito na empresa como tinha dito Louis uma vez.
Aquilo só podia ser um maldito pesadelo.
Fui até a cozinha do restaurante da empresa e peguei um dos vinhos que havia ali geralmente usado em reuniões com sócios da empresa em final de expediente. Despejei quase metade da garrafa em um copo e bebi tudo de uma só vez. Quando entrei naquela sala e a vi na minha frente todas as memorias vieram à minha cabeça.
Um funcionário da cozinha olhou para mim enquanto eu largava o copo e a garrafa em cima de uma das pias e sai a passos largos, eu estava pouco me importando com o que ele estava pensando de mim naquela hora.
Peguei o elevador e retornei para o andar onde ficava a minha sala. Passei por Chloe e Greta sem dizer nenhuma palavra, geralmente eu as cumprimentava, mas naquela hora eu não estava afim de falar nada. Srt. Foster. Era tudo que rondava a minha cabeça. Eu estava frustrado.
Abri a porta da minha sala e me deparei com ela de costas colocando uma pasta sobre a minha mesa. Eu não pude evitar olhar para sua saia seguindo as meias finas sobre as suas pernas, com toda a certeza estavam sendo mantidas ali por uma cinta liga. Maldição. Respirei fundo para me concentrar. Ela se virou para mim.
Seus olhos eram tão claros quanto eu me lembrava. O pôr do sol irradiava deles. A memória dela olhando para mim enquanto eu a chupava naquela noite revirou a minha cabeça. Caralho, em que merda eu tinha me envolvido.
Ela tinha um gosto tão bom eu ainda conseguia me lembra. Pare Peter. Pare!
- Eu só vim deixar os documentos do Sr. Scott – disse ela sem nenhuma emoção em sua voz diferente da voz que realmente tinha quando havíamos nos encontrado naquele bar de hotel.
Ela estava com raiva de mim e um tanto irritada, eu podia entender o porquê, eu não havia sido a pessoa mais gentil do mundo dentro daquela sala de reuniões e muito menos quando pedi para que ela fizesse as coisas para mim, mas caramba aquilo a deixava ainda mais atraente. Dei um passo para frente e passei por ela me esforçando ao máximo para não me descontrolar. Foco. Eu precisava dele naquele momento.
- Esses aqui você pode revisar e enviar as copias para os investidores – falei pegando os papeis que Matt havia assinado.
Ela os pegou se esforçando ao máximo para que nossos dedos nãos se encostassem um no outro. Ela se lembrava daquela noite meses atrás embora eu achasse que estivesse alterada demais pelo álcool para que pudesse se recordar, sua frustração também aparentava ser causada por isso.
- Mais alguma coisa Sr.Morris?
Indiferença. Ela estava agindo da mesma forma que eu.
- Não – falei firmemente me sentando na cadeira.
Ela simplesmente se virou e saiu em direção a porta, seus saltos batendo sobre o piso e meus olhos observando cada movimento seu, aquele corpo, aquela maldita cinta liga. Porra. Eu teria que conviver com aquilo todos os dias estando de frente da minha sala. Soltei toda o ar dos meus pulmões tentando relaxar toda a tensão dos meus músculos na cadeira, eu ia precisar de um banho frio todos os dias antes de vir trabalhar.
Inferno.
Puxei a pasta em cima da minha mesa que continha os documentos e o contrato dela que Louis havia me dito que eu precisava assinar. Emily Tate Foster, de alguma forma estranha aquele nome soava familiar, mas eu não sabia o porquê. Talvez eu apenas estivesse impressionado com o fato de que meses atrás eu quase voltei ao seu quarto a fim de descobrir aquilo e agora ela estava ali trabalhando comigo.
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INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)
Romance|LIVRO 3| Quando Emily Tate era mais jovem costumava ser guiada pelos os instintos de seu coração sem pensar muito bem nas consequências, o que a levou a colecionar uma lista de memórias e experiências sobre amar, se apaixonar, ter seu coração part...