Peter
Daquela vez não havia sido eu quem tinha deixado o quarto pela manhã. Tate havia ido embora e decidido mudar de hotel e suas palavras foram um adeus sussurrado no meu ouvido enquanto eu permanecia deitado em sua cama a observando partir. Porra. Deus sabe o quanto eu me corroía por dentro todas as manhãs por conta daquela merda.
Eu só não sabia o que fazer por mais que pensasse em todas as possibilidades possíveis todos os dias em que acordava.
Voltei para Califórnia com Emma e fiz ela passar um tempo comigo na minha casa, mas não durou muito tempo. Ela disse que precisava voltar para o seu próprio apartamento e prometeu que iria ficar bem, mas eu sabia que aquelas eram promessas falsas. Emma era minha irmã e eu me importava com ela mesmo ela achando que não, mas eu não podia fingir que era cego e concordar com as coisas estupidas que ela fazia o que incluía toda a porcaria da história com Josh. Se eu encontrasse aquele cara na minha frente mais uma vez provavelmente acabaria li dando outra surra. Fiz Emma conversar com Katherine sobre aquilo e me arrependi segundos depois pois as coisas não ficaram muito boas.
As duas acabaram se distanciando um pouco mais e agora eu estava em meio aquele fogo cruzado de que eu não queria estar.
Queria estar com Tate, e aquela era um causa completamente perdida. Naquele momento ela já teria se mudado para seu novo apartamento em Nova Iorque e iniciaria seu trabalho como diretora da filial da empresa na cidade e eu tinha uma nova assistente que era adorável, mas não era a mesma coisa.
Resolvi ir até o bar, já fazia um tempo que não voltava ali. O lugar andava movimentado como sempre e alguns dos meus ex colegas de trabalho me cumprimentaram.
Pedi uma cerveja para uma das garçonetes que eu conhecia e ela não demorou muito a voltar com uma e me entregar, caminhei mais um pouco em meio as pessoas que conversavam e jogavam sinuca em meio ao som alto de rock nos alto falantes e acabei avistando Scott de costas sentado em um dos bancos no balcão onde Ester atendia alguns clientes.
- Eai cara - dei um tapa leve em suas costas.
Scott voltou sua atenção para mim com um sorriso debochado.
- Peter!! - ele falou em voz alta e alterada - Veio afogar suas magoas também? Porque se esse for o caso seja bem-vindo meu amigo.
Ele tinha um tom brincalhão, mas estava com um ar acabado. Mais acabado do que eu já o tinha visto em todo aquele tempo em que o conhecia. Na verdade, observando a quantidade de copos vazios a sua frente tinha certeza de que ele estava bêbado.
Um cara esbarrou nele ao chegar no balcão o fazendo bater seu braço no único copo que ainda continha bebida pela metade a derrubando sobre o balcão.
- Caralho! - ele resmungou irritado para o cara ao seu lado - Você deveria olhar melhor por onde anda porra.
- Foi só uma bebida cara. Você não quer se meter em uma briga comigo por isso - o cara disse com uma risada desdenhosa.
- Eu não teria tanta certeza assim - Scott se levantou do banco em direção a ele - Você acabou de derrubar a porra do meu whisky que não custou nem um pouco barato.
O cara estava prestes a dar um soco em Scott quando eu me coloquei entre os dois e afastei Scott dele. Ele estava embriagado demais para se meter em uma briga e acabaria no chão completamente espancado por nada.
- Vai com calma cara - falei para o cara que nos encarava com raiva - Você não vai querer se meter nessa. Eu posso lidar com ele sozinho.
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INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)
Romance|LIVRO 3| Quando Emily Tate era mais jovem costumava ser guiada pelos os instintos de seu coração sem pensar muito bem nas consequências, o que a levou a colecionar uma lista de memórias e experiências sobre amar, se apaixonar, ter seu coração part...