Capítulo 5

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Peter

Mais o menos 9 meses atrás...

Acordei em um quarto que eu sabia não ser o meu, com meu braço em volta da garota com quem eu havia transado na noite passada. Uma leve ressaca se instalava sobre meu corpo, mas eu ainda me lembrava de tudo o que havia acontecido.

Olhei para seu rosto aninhado no meu ombro, sua respiração era tranquila, afastei uma mecha de seu cabelo do seu rosto, seu sono era profundo. Eu me lembrava de como ela havia adormecido, depois de tudo que havíamos feito, eu tinha a deixado exausta. Sorri a observando enquanto ela dormia, eu não tive tempo de dizer o quanto havia sido surpreendentemente incrível aquela noite, mas aquilo não fazia diferença alguma ela não iria se lembrar de qualquer maneira, talvez fosse melhor assim. Puxei meu braço da forma mais delicada possível eu não queria acorda-la. Apoiei seu rosto sobre o travesseiro, ela respirou fundo se aninhando a ele. Sai da cama peguei minha cueca no chão assim como a minha bermuda e as coloquei no meu corpo, peguei minha carteira e joguei a camiseta sobre o meu ombro.

Seu cabelo parecia mais claro a luz do dia e eu me perguntei se seus olhos possuíam o mesmo efeito. O fato era que ela era incrível de várias maneiras. Caramba! Seria difícil esquecer o quão bom havia sido estar dentro dela e a expressão de seu rosto enquanto ela gozava na minha boca. O gosto dela. Porra. De onde ela havia saído eu provavelmente nunca saberia, mas eu sabia que ela não era de fazer aquilo, ficou evidente na maneira como ela havia me dito que queria que eu estivesse dentro dela. Caramba. Aquilo havia me deixado ainda mais duro do que eu já estava, e se eu ficasse ali pensando naquilo tinha certeza que ia acabar no banheiro para me aliviar.

As roupas dela estavam espalhadas por o chão, eu as peguei e coloquei sobre a cadeira da escrivaninha do quarto. A calcinha que eu havia rasgado estava junto a cinta liga eu passei os dedos pôr o tecido fino, cogitando a colocar no meu bolso. Puta que pariu, não, isso era loucura. Era melhor que ficasse apenas na minha memória, joguei-os junto das roupas.

Abri a porta e dei uma última olhada para ela deitada nua envolta dos lençóis e fechei a porta. E então percebi que eu não sabia o seu nome. Aquilo era uma pena, porque ela havia sido uma transa e tanto e agora seria uma lembrança na minha memória.

Entrei no elevador e apertei os números que me levavam até o andar onde ficava meu quarto no decimo sexto. Quando sai do elevador foi que me dei conta de que ainda estava com a camiseta sobre os meus ombros. Eu tinha que parar de pensar nela. Eu não iria voltar naquele andar só para perguntar seu nome. Não. Eu deveria ter feito isso antes. Mas que porra! Por que diabos eu não havia perguntado seu nome enquanto conversávamos no bar?

Passei a camiseta em frustração pelo meu corpo quando me aproximava da porta do meu quarto.

- Pelo visto alguém não dormiu no próprio quarto a noite passada – ouvi o comentário vir de alguém a minha frente. Era Louis que acabava de sair do quarto ao lado.

Terminei de vestir minha camiseta e voltei meu olhar para ele aquele andar possuía mais janelas do que o outro de que eu acabava de voltar. A claridade parecia me cegar.

- Deve ter aspirina na gaveta do gabinete do banheiro – disse ele – Você deveria tomar umas duas, nós ainda temos uma última reunião daqui a duas horas.

Disse ele e sorriu me dando dois leves tapas nas costas, as vezes Louis me tratava como se eu fosse seu próprio filho.

Maldita reunião. Aquela garota havia me feito esquecer até mesmo do meu próprio trabalho e eu nunca saberia seu nome e talvez nunca fosse a ver de novo.

Dias atuais...

Eu estava morto e mal via a hora de voltar para San Diego, para minha casa e para a cidade pequena em que vivia perto da praia. Eu não aguentava mais aquele quarto de hotel em New York. Os negócios iam bem de certa maneira, mas eu já havia perdido as contas de quantas vezes eu havia me estressado naquele dia. Tudo começou no trânsito infernal que me fez chegar atrasado em duas reuniões com investidores pela manhã. Depois um dos clientes havia me deixado plantado em um restaurante por uma hora, se ele não fosse ainda tão importante para os negócios da empresa eu teria ido embora sem nem ao menos mandar uma mensagem para avisar, e para completar tinha recebido a notícia de que uma das fabricas havia tido um problema técnico na linha de produção de San Diego justamente quando eu estava fora; Louis não tinha costume de cuidar dessa parte das coisas e eu tive que enviar e-mails as presas para aquela que seria a minha nova assistente, eu não queria ter que passar aquele tipo de coisa por e-mail para ela no que era provavelmente seu primeiro dia de trabalho, eu não a conhecia, mas sabia que provavelmente ela estava achando que eu era do tipo de chefe estupido que só sabia dar ordens, talvez as vezes eu fosse assim, mas nem sempre era minha intenção na maioria das vezes.

Que se dane o que ela estava ou não achando de mim naquele momento. Eu só esperava que ela tivesse resolvido, quando terminei todas as reuniões e visitas as concessionárias e fabricas naquele dia já era tarde para que eu ligasse para o escritório em San Diego para saber como as coisas estavam por lá.

Tudo que eu queria era que o dia seguinte chegasse e eu pudesse estar lá para resolver tudo sozinho como costumava fazer. Louis que agia como meu pai achava que aquilo estava me sobrecarregando, embora eu discordasse e então ele insistiu que eu precisava de alguém para me ajudar com as coisas além dele. Eu estava tão de saco cheio de sempre ouvir aquilo dele que deixei que ele contratasse alguém. Mas eu continuava achando aquilo inútil, eu podia resolver as coisas sozinho, eu só precisava de mais tempo o que parecia ser impossível de acontecer.

Scott havia me enviado uma mensagem assim que eu sai do banho me perguntando quando ele deveria levar os documentos dele para que eu transferisse a picape para o seu nome. Eu tinha me esquecido completamente daquilo. Droga! Pedi que ele deixasse com uma das minhas secretarias por amanhã e eu trataria de ver aquilo assim que chegasse de New York pela tarde.

Desabei na cama. Meu celular emitiu um som de mensagem olhei o visor não era Scott. Era uma das estagiarias que eu havia feito a estupidez de ter transado a dois dias atrás quando antes daquela viagem. Joguei meu celular sobre o criado mudo e virei meu corpo para o outro lado da cama. Eu só precisava de uma noite de sono para encarar o dia seguinte.

INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora