Capítulo 12

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Tate

Aquela manhã eu tinha que ajudar Peter ou melhor agora que eu sabia quem ele realmente era além do meu chefe Sr.Morris a preparar e organizar algumas coisas antes da reunião que teríamos com Louis.

Entrei em sua sala com meu notebook em mãos e alguns relatórios além de outro papel que praticamente joguei em frente dele na mesa enquanto me sentava a sua frente.

- Você comprou roupas intimas no cartão corporativo? – ele voltou seu olhar para mim com o cenho franzido.

- Alguém aqui tem que pagar por destruir minhas calcinhas você não acha Sr.Morris? – respondi.

Ele me analisou por um breve momento, eu tinha quase certeza que ele iria surtar de raiva, mas um sorriso estranho surgiu no canto de sua boca.

- Sabe ficar brava comigo apenas deixa você ainda mais atraente – o sorriso permanecia em sua fase e seus olhos estavam sobre mim.

- Nós devemos trabalhar – o reprendi abrindo o meu notebook.

- Você não costumava ser assim no passado – comentou ele despertando a minha atenção para ele.

Então ele também se lembrava de quem eu era. Respirei fundo me recostando na cadeira, a quanto tempo ele sabia? Me perguntei.

Ele tirou algo da gaveta e empurrou a minha frente.

- Eu achei isso ontem na minha casa – disse ele como se conseguisse ouvir os meus questionamentos mesmo que eu não os tivesse dito.

Eu olhei para a foto a minha frente. Aquela garota na imagem com os olhos inocentes e cheia de esperança já não existia mais. Eu sentia falta de ser aquela garota, uma parte de mim que havia se modificado com as circunstâncias do tempo, um tempo que não voltava mais. Engoli em seco. Aquele dia tinha sido a última vez que eu o via, me lembrava de que uma parte de mim não conseguia aceitar que a única coisa boa que havia me acontecido nos tempos estava se acabando, indo embora e outra parte de mim apenas esperava que Peter fosse feliz. A parte de mim que me fazia sentir triste por sua partida ainda tinha esperanças que um dia talvez ele voltasse, mas ele nunca voltou.

A primeira ilusão de muitas que criei, foi ele.

- E você? Desde quando sabe quem eu sou? – perguntou me despertando dos meus pensamentos.

Dessa vez seus olhos pareciam analisar cada expressão do meu rosto como se estivesse à procura de algo que eu não fazia a mínima ideia do que era. Ele estava de certa forma sério e queria uma resposta.

Cruzei minhas pernas me voltando para o meu notebook e os documentos tentando agir o mais normalmente que eu podia.

- Desde o dia em que vi sua assinatura nos papeis. O sobrenome. – respondi – O que foi antes de ontem.

Eu sabia que ele estava ponderando se eu estava falando a verdade ou não.

- O que só afirma mais uma vez que o que aconteceu naquela sala de reuniões e naquele hotel não deveriam nunca ter acontecido – bufei.

- Eu discordo completamente – de sério ele havia passado subitamente para bem-humorado e malicioso.

- Bem, e eu não me importo com sua opinião – falei tentando me concentrar nos papeis e nas planilhas – Como eu disse antes nós devemos trabalhar. Foco.

Ele conteve uma risada.

- Certo – ele se recostou em sua cadeira – Então você pode começar me explicando o porquê dos cálculos dessa planilha que você me enviou estarem todos errados.

INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora