Capítulo 9

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Tate

Minha manhã já não havia começado muito bem quando me olhei no espelho além de ter deixado o meu corpo levemente dolorido ele literalmente tinha deixado suas marcas em mim como se quisesse que eu lembrasse de cada instante do que aconteceu naquela sala de reuniões no último andar. Eu esperava que as costas dele estivessem tão vermelhas dos meus arranhões quanto aquelas pequenas marcas sobre as minhas coxas.

Meu Deus. O que eu estava fazendo da minha vida afinal?

Eu não era de sair transando por aí com estranhos muito menos com estranhos que de repente se tornavam meu chefe. Isso era ridículo e não podia acontecer de novo. Talvez se ele fosse um pouco menos atraente e parasse de me deixar me sentindo intensamente nervosa quando estava perto de mim as coisas poderiam ser diferentes, ou se pelos eu não tivesse feito a estupidez de ir em busca de álcool naquela noite no hotel, mas o problema era que eu não sabia lidar com os meus problemas e quando achava que sabia acabava notando que eu estava completamente errada.

Durante meu almoço eu liguei para a amiga da irmã de Greta na esperança de conseguir pelo menos um quarto para morar que não fosse aquele quarto de hotel, consegui marcar um encontro com ela no apartamento para dar uma olhada depois do meu fim de expediente, pelo menos uma coisa estava dando certo e parecia ser promissora na minha vida naquele momento.

Meu celular corporativo vibrou quando sai do elevador.

Sr.Morris: Venha até a minha sala.

Ordens! Eu estava de saco cheio delas. E também não estava preparada para ficar sozinha em mais uma sala fechada com dele depois da noite passada.

Sai andando sem parar na minha sala respirando fundo para encarar ele com o resto de dignidade que eu tinha que na verdade eu nem sabia realmente se possuía mais

- Você não me enviou os relatórios da reunião de ontem à noite – disse ele com seus olhos sobre os papeis na mesa.

- Eu ia enviar quando voltasse do almoço – respondi tentando permanecer o mais tranquila possível com absolutamente tudo que se passava na minha mente naquele momento – O que seria exatamente agora, mas você solicitou minha presença aqui.

Ele voltou seu olhar para mim. Meu corpo todo estremeceu, aquele olhar de quem ti viu nua e estava te despindo naquele exato momento, mas eu precisava fazer um esforço e me concentrar não deixar me intimidar. Aquele era o meu trabalho eu tinha que ser profissional diferente do que eu havia sido na noite anterior totalmente fora do controle de mim mesma.

- Então, o que você quer Sr.Morris? – perguntei parando de frente a sua mesa.

Seus olhos ainda estavam sobre mim, ele esfregou o maxilar com uma de suas mãos durante uma pausa um tanto demorada como se estivesse pensando em algo que provavelmente eu não queria saber, sua respiração se tornou profunda até ele parecer tentar relaxar na cadeira.

- Os relatórios – falou soltando o ar de seus pulmões e voltou seu olhar imediatamente para os papeis a sua frente – E que você assine o contrato que fechamos ontem como testemunha.

Ele passou os papeis para frente junto com uma caneta sem voltar a olhar para mim. Ótimo além de ser grosso ele agora também não fazia contato visual, e eu simplesmente não conseguia entender como ele conseguia agir daquela maneira quando coisas como sexo haviam acontecido entre nós o que me deixava frustrada embora eu não devesse estar.

Peguei a caneta o mais rápido que pude e comecei a assinar os papeis quando meus olhos pararam sobre a assinatura dele. Peter James Morris. Morris. Seu sobrenome podia pertencer a qualquer um, mas soava na minha mente tão familiar como algo que eu conhecia, alguém, voltei meu olhar rapidamente para a minha frente ele ainda mantinha seus olhos sobre os papeis, desviei os meus para seu nome de novo. Peter. Morris. James. Eu tinha certeza que estava começando a ter um ataque de pânico e se não fosse era algo parecido porque eu não conseguia me mover ou até mesmo respirar normalmente. Aquele sobrenome pertencia a minha ex melhor amiga, aquela que eu trai e jamais iria me perdoar por isso, aquilo ainda doía dentro de mim e nunca iria se cicatrizar, mas o que eu acabara de perceber naquele momento era que meus problemas acabavam de se tornar infinitos, eu não tinha apenas me apaixonado e transado com o namorado dela no passado, agora eu tinha transado com o irmão dela e estava com ele na minha frente. Droga Tate! Você é uma idiota.

INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora