Presente De Felicitações

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Após três batidas na porta, me encubro rapidamente com a toalha em minha volta segurando firmemente para que não caia.

— Pequena? — Adentrando o quarto Cole já estava de banho tomado. O cabelo escorria pingos de agua pelo seu peito e a bermuda encobria a parte de baixo de seu corpo. — Deite na cama e tire a toalha.

— Como? — Arregalo meus olhos o fazendo rir se aproximando com algo em suas mãos.

— Não é o que está pensando. Deite.

— Não, estou bem. — Dou dois passos para trás desconcertada segurando a toalha entre meus dedos. Sua sobrancelha se arqueia parando automaticamente no lugar.

— Está com vergonha? — Segurando o riso bufo encarando o chão. — Sabe que eu já a vi...

— Eu sei, não... Não precisa dizer está bem?

— Qual é o problema? — Se sentando na cama seu belo par de olhos verdes me encaram.

— Quando vocês me veem nua eu estou vendada, ou com o calor do momento eu não ligo, mas...

— Aqui é seu porto seguro.

— Exatamente. — Afirmo. — Confesso que no começo não tinha entendido do porque de Daniel criar um quarto para suas submissas, mas hoje eu entendo.

— Quer ficar sozinha? — Assenti em concordância. — Tudo bem. — Deixando uma espécie de pote em cima do cômodo Cole volta para sua posição anterior. — É um creme para aliviar a dor. — Ele se refere ao castigo abrindo a porta.

— Cole? — Pego o pequeno pote olhando as marcas sobre meus pulsos. — Porque isso?

— Está falando do castigo ou sobre você estar receosa?

— Acho que as duas coisas. — fechando a porta Cole se senta na cama batendo de leve no lugar ao seu lado. Sento-me tomando cuidado com a toalha pousando a cabeça em seu ombro. — Estou confusa.

— É tentador não é? — Colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha sinto sua respiração calma. — O desconhecido, sempre é grandioso para as pessoas curiosas. — Ri concordando. — Não foque tanto nos castigos.

— Estou tentando, mas é meio difícil quando se tem uma tabela e dois dominadores para me lembrar do que posso ou não fazer.

— Assim como existe você para lembrar o que podemos ou não fazer com você, Lyra. — Levantando meu rosto encaro seus olhos. — É você que decide. Não nós. Tudo o que fazemos é você que concedeu sua permissão.

— E como fica entre você, Daniel e eu? — Me ajeito na cama respirando fundo.

— Como assim?

— Quer dizer, nos finais de semana vocês me comem ou quando preferirem e dão os castigos e durante a semana finge que nada aconteceu? Nós estamos nos envolvendo. Será só isso? Este será nosso relacionamento? Só sexo?

— E o que você queria? Passeios e cinema? Acho que não daria certo nós três no parque de mãos dadas.

— Está bravo.

— É claro que estou Lyra. —  Cole confessa sentando na borda da cama. — Estou dividindo uma submissa com meu tio! Por mais que a ideia seja erótica não sou o tipo que divide algo.

— Submissa? Algo? É isso que sou agora? — Me levanto da cama enraivecida. — Sabe por que eu escolhi você e Daniel? Não foi por mero prazer de adolescência, é porque você me passa segurança, e Daniel a ousadia. Vocês dois é a junção perfeita entre Desejo e perigo. E qual garota não deseja esses dois? — Absorvendo minhas palavras Cole me encara em silencio.

Desejos IndomáveisOnde histórias criam vida. Descubra agora