Eu não sabia onde estava e quando tempo eu fiquei, o lugar era grande e tinha alguns aparelhos fazendo barulhos do meu lado.
Eu estava sem roupa, apenas com uma camisola grande de... hospital.Hospital.
As lembranças começaram a voltar a minha mente e comecei a entrar em pânico. Quando mexi a mão, gemi de dor, o meu pulso estava enfaixado e qualquer movimento doía todo o local.
A porta se abriu revelando dois médicos e uma enfermaria. Do lado deles, eu reconheci o diretor e a sua esposa. O senhor Paul Blank e a senhora Florinda Pankes. Os dois eram as pessoas responsáveis pela nossa segurança.
- Como se sente Sr. Miller?- Perguntou o doutor Charles, o crachá dele me dava essa informação.
- Cansado e esmagado. O que houve?
Eu sabia exatamente o que tinha acontecido, Mais queria saber o que havia de errado. Afinal eu estava no hospital e me lembro bem dos detalhes que me fizeram vim para cá.
- O zelador da sua escola, encontrou você e um parceiro jogados no chão é roxos. Havia também sangue, já que seu pulso estava aperto - Explicou Charles.
Ao relembrar da tentativa idiota que tive comecei a me xingar mentalmente, Eu devia ter saído correndo assim que vi Raul...
- Onde está o meu amigo? O que aconteceu com ele?- Perguntei desesperado.
- Como eu disse, vocês foram encontrados nesse estado. Trouxeram vocês para o hospital o mais rápido possível.
O senhor Paul segurava alguns papéis nas mãos e tinha uma expressão séria, da última vez que o vi, ele estava me falando de como eu tinha dado trabalho durante a minha chegada a Rincles. Para ser real eu era bem famoso, por ser "O maluco dos sonhos" simplesmente uma piada para todos.
- O que deixaram todos confusos Sr. Miller e que... não achamos nada em vocês, além do seu pulso aberto - Avisou Charles.
- Como assim nada demais? Meu pulso abriu, e desamaiamos....
- Sabe quanto tempo ficou desacordado Sr....- imterrompi ele.
- Me chama de Kay. E por que estão confusos, quantas horas fiquei apagado?- Perguntei.
- Horas? Kay você ficou desacordado por três dias - A sua voz saiu rouca.
Três dias. Era impossível. E muito tempo para alguém ficar fora do ar. Senti que todos estavam me encarnado procurando por respostas.
- Isso é confuso. Um pulso rasgado não teria deixado uma pessoa praticamente três dias desacordado. E também tem o seu companheiro no quarto ao lado, e ele não teve o mesmo ferimento que o seu.
Senti meus olhos passarem. Eu ainda não acreditava que tinha durado tudo isso.
- Ele também ficou três dias sem acordar?- quis saber.
- Não. O paciente ficou apenas dois dias e uma hora, quando acordou estava em estado de pânico e acabamos dando um sedativo para acalma-lo - Contou.
A enfermeira com o crachá " Evelym" se aproximou e mexeu no aparelho ao lado, tinha um aparelho no meu dedo fazendo apitar.
- Os exames que fizemos em vocês dois, não deram absolutamente nada - Falou ela.
- Isso é estranho, não é possível que esses meninos ficaram nesse estado sem nada ter acontecido, seria um absurdo - Declarou o Sr. Paul.
Aqueles olhos amarelos apareceram na minha mente de novo, eu sabia o que tinha acontecido. Os meus sonhos, e aquela voz na minha cabeça.
Me sentei na cama e tirei o aparelho do meu dedo, o meu pulso latejou assim que eu o levantei, então fiz o possível para nem mover a mão esquerda.
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O último Guerreiro
FantasyUm mundo cheio de segredos e mentiras, onde não se pode confiar. Os guerreiros escolhidos pelo poder, sua vida sendo mudada da noite para o dia e jamais voltando ser a mesma. Kay Miller constantemente era perturbado pelo seus sonhos esquisitos e sem...