O último Guerreiro

capítulo 13 - Uma companheira.

- O que estava fazendo?- Perguntou Loryane assim que eu me aproximei.

Ainda estava confuso por Guilbert ter me chamado por aquele nome. De alguma forma fui confundido pelo inimigo do Conselho, mais o que me intrigava era como o jardineiro conhecia Kaleb?!

Eram amigos? Da primeira vez que nós vimos, Ele comentou que me parecia muito com um amigo dele, era sobre isso que falava naquele dia?.

- Kay?- chamou.

- Conversando... Eu estava conversando na sua estufa - Falei olhando para o chão.

Loryane pós a mão no meu ombro e me guiou até os outros que estavam em pé. Klaus tinha chegado e parecia bem disposto para ensinar alguma coisa.

Parece que não faz isso a muito tempo.

Fui para o lado de Raul que abriu a boca de segundo em segundo.

- Mais senhor como sabemos que estamos prontos?- Perguntou.

Eu provavelmente tinha chegado no meio de um assunto;

- Chegará a hora certa. E depois apresentaremos todos vocês a nossa sociedade e ao Conselho - Explicou Klaus.

- Mais...- Continou o meu amigo.

Ouve alguns resmungos de protestos, Tayla lançava um olhar maligno na direção de Raul. Ele devia estar exagerando outra vez.

- Deixa ele falar. Fique quieto - Reclamou ela chutando a canela dele.

- Ai.

Klaus balançou a cabeça como se estivesse sendo muito difícil lidar. Loryane sorriu e abriu as mãos para segurar Tayla.

- Quero que todos fiquem um do lado do outro. De preferência as três meninas desse lado - Aprontou para a esquerda.

Elas fizeram como foi pedido.

- E os meninos desse lado - Apontou para a direta.

Ficamos esperando encarando o outro lado.

Na minha direção estava Raissa que passava a mão no cabelo que insistia em ficar na sua boca.

- Começaremos ensinando a importância de ter um parceiro. Uma pessoa que esteja do seu lado na hora da batalha, e seja fiel.

Dizia Loryane andando no meio olhando cada um nós olhos.

Fiquei ereto e relaxado, Raissa tinha passado a ficar me encarando e fazendo careta horríveis. Eu não sabia se sorria ou a imitava.

- Vocês precisam aprender a confiar. A olhar de uma maneira diferente para as pessoas que te apoiam.

Antes mesmo de eu mostrar a língua, Vi que Klaus me observava. Senti vergonha e parei imediatamente, percebi também que aquela chorona estava sorrindo da minha cara.

- Pois bem. Eu escolherei o companheiro de vocês, E terão que fazer tudo com seu parceiro. Quero que a partir desse momento levem a sério á importância de ter um - Argumentou Klaus.

Raul assentiu para mim como se estivéssemos pensando a mesma coisa. Era fácil a gente ser parceiros, fazíamos isso a muito tempo.

Aquele treinamento estava mais fácil do que eu pensava.

Loryane deu a nós a nosso broche. Não queria saber como ela tinha pegado o meu das minhas coisas então apenas coloquei ele pregado na minha camiseta.

Klaus começou a colocar um do lado do outro em direções oposta.

Primeiro Flávio com Tayla e depois Raul com Rosângela. E por fim Raissa ao meu lado.

Sem perceber acabei encarando a estufa que estava um pouco afastada. Veio a voz de Guilbert na minha mente, " Venha me ver mais vezes Kelab..."

- As pessoas que estão ao seu lado nesse momento serão seus novos parceiros.

Avisou Loryane.

Pisquei os olhos.

Do meu lado Raissa vez um som de desaprovação. Decidi não fazer o mesmo.

- Mais por que eu tenho que ficar com uma menina?- Perguntou Flávio com uma cara feia.

- Qual é o problema? Você não gosta da sua irmã?- quis saber Loryane.

- Gosto mais é diferente.

- Ela também é uma garota Flávio - Disse  Klaus.

- Mais ela é minha irmã. Eu não quero ficar com Tayla - Retrucou o garoto.

- Escutem bem. Escolhi dessa maneira pelo simples fato, de não se conhecerem bem. Se eu colocasse Flávio com sua irmã não seria a mesma coisa, pois eles já são parceiros. E o mesmo com Kay e Raul.

Pensando daquele jeito até que ele tinha razão, de qualquer forma nós já se conhecia melhor do que ninguém.

- Então decidimos mudar isso. Queremos que conheça um ao outro, o objetivo e aprender a conhecer.

- Ah então troca a Tayla pela Raissa - Pediu Flávio.

Eu quase mandei ele calar a boca, mais seria muito estranho fazer isso. Podiam pensar que eu queria ficar ao lado de Raissa... E não era isso... de jeito nenhum.

- Eu não vou mudar de parceiro.

Para minha surpresa ela tinha cruzados os braços e batido o pé. Não acredito que a chorona quer ficar do meu lado.

Aquele pensamento me fez sorrir.

- Prometo que vou ser melhor do que o Kay.

Dali em diante eu queria mesmo mandar ele calar a boca ou ir pessoalmente fazer aquilo.

Tayla fechou a cara e pisou em seu pé como reprovação.

- Seu idiota. Agora quem quer trocar de parceiro sou eu - Gritou.

- Justamente por quererem trocar irão permanecer juntos. Até que aprenda a entender um ao outro, quero que vejam a importância que isso tem - Irrompeu Klaus fazendo todos olharem.

Sua expressão era severa, Não devia estar gostando daquela pequena briga.

Ficaram todos calados até mesmo a senhora Loryane.

- Eu tenho certeza que assim que se conhecerem. Vão saber a diferença, nunca se dá para lutar ao lado de uma pessoa que você não sabe compreende-la.

Klaus realmente tinha razão.

Ficamos ouvindo ele falar por horas e horas.

Até que fomos dispensados.

Todos foram direto para estufa com a senhora Loryane. Ela queria mostrar a sua nova coleção de plantas.

Eu não fui.

Não queria encontrar Guilbert e me lembrar do que me chamou. Ou pior ele fazer a mesma coisa mas dessa vez na  frente de todos.

Entrei para dentro e fui para o meu quarto. Talvez  fosse a hora de deitar e pensar na vida.

Ah quem eu queria enganar.

Fui direto na minha gaveta pegar as cartas  e o diário da menina.

Eu simplesmente era intrometido e curioso. Mais fazer o que? Aquilo fazia parte de mim.

A capa preta e dura estava escrito alguma coisa em cima. Mais era outra língua.

Eu não fazia idéia de que língua estava escrito. Parecia latim ou grego? Alguma coisa do tipo.

As páginas eram um amarelo velho, E tinha algumas manchas de caneta.

Fiquei surpreso ao perceber que o diário não era de uma menina como eu pensava.

Mais sim de um menino. Aproximadamente de quinze anos.