Capítulo 12 - Heróis? ou fracassados?

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O final de semana começou quente nada comparado com os dias anteriores.

Então decidimos que naquele dia ficaremos ao ar livre assim não ficaremos abafados dentro da casa.

Como sempre ficamos esperando até que viessem falar com a gente. Mais dessa vez sentamos em uma roda, perto do canteiro de rosas da Loryane.

Percebi que O jardineiro Guilbert estava plantando novas flores amarelas. Ele fazia um ótimo trabalho com as plantas.

- Estamos perdidos. Eu sabia que iríamos nós meter em problema se fossemos escolhidos - Disse Rosangela para o irmão chamando a nossa atenção.

Flávio olhou para ela é depois bateu no peito como se estivesse querendo provar alguma coisa.

- Você é uma medrosa. O Conselho declarou que somos heróis agora, nossos pais ficaram muito orgulhosos - Alegou ele.

- Ou vão chorar muito no nosso enterro - Retrucou ela.

- Não deve ser tão ruim assim - Comentou Tayla pegando um graveto no chão.

A menina estava usando mechas coloridas no cabelo, como sempre um visual bem único. Se ela tinha bom gosto eu não sabia, só sei que tem personalidade.

- Sabe o que aconteceu com os outros Guerreiros? Eles também foram heróis e agora estão todos mortos. E a gente somos os próximos - Resmungou Rosangela.

- Quem é que temos que enfrentar mesmo?- Perguntou Raul.

Eu tentei explicar em poucas palavras, afinal eu também não sabia quase tudo.

Os gêmeos parecia saber bem mais sobre o assunto, já que afirmaram que seus pais sempre participa do Conselho e estavam lá quando Kaleb foi banido.

- Meu pai morreu a três anos tentando derrota-lo - Disse Raissa.

Olhei para ela sem entender, talvez seja por isso que ela não queria ficar aqui. Por ser que tenha lembranças dolorosas e invasivas.

- Seu pai estava na luta com os últimos guerreiros? Nossa isso é muito legal .... quer dizer muito trágico - Falou Flávio.

- Esse é o destino de quem se atreve a mexer com Kaleb. Não foi por a caso que ele foi considerado uns dos melhores depois de Willyan.

Rosangela falava com ressentimento, Me lembrei que Klaus disse que foi ele que treinou o garoto. Deve ser um bom professor para Kaleb ser tão perigoso como falam.

- Dizem que ele se envolveu com magia negra, E com o pode que já tem da sua serpente ficou ainda mais invencível - Contou Tayla.

- Esse cara deve ser sinistro. Mais talvez com sorte ele morra de velhice e nós polpe - Sorriu Raul.

Eu sei que Raul tem uma grande imaginação, Mais as vezes penso como seria se ele não fosse tão brincalhão.

- Kaleb só tem vinte anos. Ele ainda é muito novo, não irá morrer tão cedo, a não ser quem alguém o mate e esse alguém seremos nós de acordo com o Conselho - Disse Tayla.

A história Continou, eles dicustiam sobre a possível maneira de não morrer. Estavam preocupados com o que poderia acontecer.

Esse tal de conselho deve estar desesperado para deixar adolescente lidar com algo assim.

Se nem os guerreiros mais velhos e fortes, conseguiram por que iríamos conseguir? Loryane disse que o único que podia resolver tudo isso era Willyan.

Ou a serpente rainha, mais já faz muito tempo que ela não escolhe ninguém, Pelo que disseram.

Talvez seja a hora dela aparecer, E que salve essas pessoas.

De alguma forma depois de ler as cartas eu percebi que esse Kaleb dava um de bonzinho mais mesmo tendo pessoas que se importa com ele ficou do mau.

A placa embaixo do chão escrito o nome do seu amigo; Carlos. Deixou bem claro como ele era.

Uma pessoa cruel de fato.

Fui até o canteiro onde novas plantas estava sendo plantadas. Guilbert tinha talento em fazer as coisas crescerem.

As rosas que plantou da última vez estava bem grandinha e bonitas.

Suas mãos estavam enluvadas e cheias de terras. Ele devia estar sentido calor com a roupa que estava usando, uma jardineira jeans, botas e avental.

- Quem diria meu rapaz que daria tanto trabalho para fazer algo tão simples - Sorriu o homem.

- Estão ficando bonitas - Elogiei.

- Quando fazemos por paixão nada saí feio - Disse mostrando uma das rosas brancas.

Tinha alguns espinhos no talo e ao redor era pétalas brancas e tinha um cheiro bom.

Olhei para as flores amarelas que não era assim, tinha uma certa humidade ao seu redor.

Guilbert colocou a mão nas costas e deixou o regador cair no chão. Me abaixei e peguei para ele.

- Parece que não estou tão novo quanto  antes não é mesmo - Observou sorrindo.

Eu diria que ele tinha em torno de uns oitenta. Mais estava bem firme, E não parecia nem um pouco adoentado.

- O senhor não devia estar trabalhando nesse sol quente.- Falei.

- Ah não se preocupe jovem. E por isso que eu uso um chapéu - Disse apontando para um que estava em cima de uma cadeira de madeira muito velha.

- Você gosta mesmo do trabalho que faz?- Perguntei.

- Adoro. A minha vida inteira eu plantava, gostava das plantas. Quando era um garoto meu pai me deu minha primeira estufa, eu fiquei tão animado que enchi ela de flores no mesmo dia - Contou ele.

Guilbert falava sem parar de como era bom a terra, mais as vezes ele esquecia aonde tinha parado e eu tinha que lembra-lo.

Concerteza tinha muitas histórias para contar de quanto era garoto. Isso me fez pensar se o ele tinha família, esposa, filhos.

- Eu testava garfalhotos. Eles devoravam tudo o que plantava, Então coloquei algumas ervas que matam e os infelizes  morreram tudinho - Disse feliz da vida.

Fiquei com eles conversando por muito tempo, E acabei me esquecendo que Klaus iria chegar a qualquer momento.

Olhando para fora do canteiro eu pude ver a senhora Loryane do lado de fora conversando com os outros.

Talvez estivesse perguntando onde eu estava.

- Um dia eu fui picado por uma abelha enorme e meu pé ficou emchado por uma semana, só foi eu colocar as sementes de Marisol em cima que aliviou bastante...- Contava.

- Eu tenho que ir. Acho que estão me procurando, conversando mais tarde, está bem?- Perguntei andando.

- Venha mais vezes me ver Kaleb, você quase nunca aparece - Disse Guilbert.

Eu parei por um momento, do que ele tinha me chamado? Olhei para trás para pergunta mais ele já tinha partido em direção ao outro lado.

Fiquei parado por um tempo tentando entender, deve ser coisa da minha cabeça de novo. Estou tão obcecado que estou ouvindo coisas aonde não tem.

O último GuerreiroOnde histórias criam vida. Descubra agora