Não consegui dormir naquela noite. Tudo doía, braços, pernas, as costelas, tudo.
Acordei no meio da noite toda suada, sentei na beira da cama e fiquei pensando em como eu ia ao banheiro.
Estranhamente olhei para a porta e a Chloe estava lá, parada, me olhando com aquele rosto preocupado.
- Espera, eu te ajudo.
- Ah, por que você esta acordada?
Escutei você gemendo achei que estivesse sentindo dor, vim trazer o remédio.
Era verdade, ja que ela segurava um copo com água e a embalagem dos comprimidos.
Bom, ela tinha razão. Mas além da dor, um pesadelo me perturbou naquela noite. E se repetiu até amanhecer. Estava em uma casa em chamas, o teto desabando e eu estava parada, não conseguia me mover. Como se estivesse petrificada.
Os medicamentos me ajudaram a passar a noite. Acordo com a jovem abrindo as cortinas do meu quarto.
- Bom dia! - disse ela, sorrindo.
O sol fazia meus olhos doerem.
- Bom dia... Como consegue estar de bom humor a essa hora?
Ela me olhou com uma expressão surpresa.
- O dia está bonito, um pouco frio e ja preparei seu café. Vou te ajudar.
Ainda sentia dores pelo corpo, principalmente na região da costela.
- Comer vai te fazer bem.
- E você, não vai comer?
Ela sorriu.
- Bom, eu...
A campainha toca.
Chloe caminha até a porta. Conversa com alguém e um homem atravessa a porta com um carrinho e uma caixa enorme. Notei o grande logo da Cyberlife estampado na caixa.
A jovem parecia bastante animada.
- Hey venha ver o que chegou, Lindy!
Rolei a cadeira até a sala e a vi assinando os papeis na prancheta do homem uniformizado.
O homem sai e ela fecha a porta. Sorrindo ela se vira para mim.
- Posso abrir? É o assistente pessoal que o Elijah disse que enviaria.
Nesse momento me ocorreu uma coisa: a Chloe, seria ela uma "assistente pessoal".
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Atrás da tela azul
RomanceUma jovem programadora não fazia ideia de que uma simples charada seria responsável pela maior aventura de sua vida. Essa historia se passa dez anos antes do conto " Posso sentir o frio?"