Doc is back!

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As provas finais estavam chegando. Eu estava literalmente me matando para tirar ótimas notas, após ter ficado um bom tempo sem frequentar as aulas no semestre anterior.
Meu pai havia avisado que iria me visitar dentro de alguns dias. Eu estava bastante ansiosa. Fazia quase um ano que não o via. O que ele iria pensar quando me visse morando sozinha, ou melhor, com o meu assistente.
Estava estudando concentrada em meu notebook quando abre em minha tela um chat anônimo.
'Olá RA9. Há quanto tempo!'
Levo um tremendo susto. Não esperava ler aquelas palavras nunca mais.
'O que você quer?'
'Esse é o jeito de tratar um velho amigo?'
Amigo? Como assim!? Naquele momento me lembrei do roubo, traição,ódio!
'Não acredito que você tenha coragem de aparecer depois de tudo que você me fez!'
Houve uma boa pausa. Achei até que ele tinha desistido da conversa.
'Como assim?'
Eu estava atônita com a sua reação.
'Não me lembro de você ser tão dissimulado!'
'Não me lembro de você ser tão ingênua'
Ele tinha razão.
'Não quer saber porque te procurei?'
Não queria. Nem queria ter me lembrado.
'Por quê?'
Após outra longa pausa.
'Encontrei o erro. Agora o programa funciona perfeitamente. E é lindo! Quase uma obra de arte.'
Fiquei nervosa com a afirmação. Era o meu programa, minha obra de arte!
'Estranho você não ter notado ainda. - ele continuou- Nem depois de passar tantos meses ao lado dele, totalmente funcional.'

Eu gelei nesse momento. Olhei para a sala e Andrew estava lá, sentado no sofá, com os olhos fechados. No aguardo de algum comando. Nesse momento me dei conta de tantas coisas que tínhamos em comum, as respostas inteligentes e engraçadas, a inocência, a doçura. Droga! Ele era o meu bebê e nunca havia notado.

'Elijah Kamski, eu presumo.'
Longa pausa, dramática.
'Lindsey Bricks, eu presumo.'

Atrás da tela azulOnde histórias criam vida. Descubra agora