Two

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Faz poucos dias que percebi que já essa fic já completou um ano e que eu só consegui postar doze capítulos. Tive tantos motivos para produzir pouco nas fics em 2017 que nem vou tentar explicar, só espero que vocês entendam que com o estudo e as situações da vida eu acabo tendo muitas travas, falta de tempo e até de inspiração.

Eu amo escrever, amo meus leitores e amo o que a escrita e as fics me proporcionam, então apesar de tudo não quero nunca desistir e espero que vocês não desistam de mim.

Torçam para que agora durante as férias eu consiga escrever bastante! Prometo que vou me esforçar.

Boa leitura e obrigada Erika por toda ajuda.

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Lydia tomou um banho demorado e relaxante, cobriu o corpo com uma blusa larga e confortável e se preparou para dormir. Seus lábios formigavam com a lembrança do beijo gostoso compartilhado quase duas horas atrás. Tinha tudo para uma noite tranquila e repleta de bons sonhos, mas ela não teve essa oportunidade.

Antes mesmo de conseguir dormir, enquanto se ajeitava na cama macia em busca da melhor posição dos travesseiros, seu celular tocou. Com um gemido prolongado de frustração, a mulher pegou o aparelho ainda no escuro e atendeu de forma automática.

— Lydia, é uma emergência. Você precisa vir agora para a agencia! — A voz de Irene despertou a Martin de forma imediata.

— Chego em dez minutos.

Sem ter tempo de se lamentar pelo sono perdido ou de tentar raciocinar, Lydia se arrastou pela cama e cambaleou no quarto, pegando a primeira roupa que encontrou no cômodo ainda escuro.

Com um elástico de cabelo no pulso e uma garrafa d'agua, ela foi a passos rápidos até o estacionamento. Só quando entrou no carro e olhou de relance para o celular, uma ideia lhe ocorreu.

Ligou para o número de Mitch, colocou o celular no viva voz e saiu do estacionamento já em alta velocidade, guiando o volante com segurança na direção oposta da agência em que trabalhava. O homem atendeu no segundo toque, a voz desperta confirmando a suspeita de Lydia que ele tinha recebido a mesma ligação da CIA.

— Irene também chamou você. — Afirmou com os olhos fixos na estrada escura, sem esperar por uma resposta. — Lembrei que o seu carro ficou na agencia porque eu te dei carona. Chego na sua casa daqui a três minutos!

Rapp soltou um som estranho de afirmação e encerrou a ligação. Martin aumentou a velocidade, aproveitando as ruas vazias para ultrapassar os sinais fechados e chegar o mais rápido possível.

Quando parou o carro, Mitch já estava do lado de fora do prédio, a postura corporal denunciando a ansiedade e desconforto. Ela abriu a porta da frente para que ele sentasse ao seu lado, porém, para a sua surpresa, o homem ignorou e foi até o banco de trás, se acomodando ali.

— Por que ...

Lydia se interrompeu no meio da frase, lembrando a si mesma que não tinha tempo para questionar o comportamento estranho de Mitch. Fechou a porta, arrancou com o carro e aceitou de má vontade o silêncio absoluto enquanto dirigia de forma imprudente.

Quando chegaram no estacionamento conhecido, os dois saíram apressados do carro. Lydia reconheceu com facilidade a expressão atormentada de Mitch e por isso, apesar da urgência da situação, parou na frente dele e segurou seus braços, obrigando que ele parasse.

Drop of waterOnde histórias criam vida. Descubra agora