Capítulo 3

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ABIGAIL

Visto a minha calça jeans mais confortável, uma regata preta,  coloco o meu celular no bolso de trás da calça, prendo o meu cabelo em um rabo de cavalo e olho as horas no meu relógio de pulso.

- 09:30. Hora da minha caminhada.
Desço as escadas, pego as chaves no balcão da cozinha e saio, fechando a porta em seguida.

Podem achar que eu sou uma completa louca por querer morar no meio do “mato”, mas a natureza me faz sentir em paz e tranquila, por isso eu resolvi me isolar da cidade caótica onde trabalhava.

Marco cada árvore e cada pedra pela qual passo.

Sou boa em lembrar de cada coisa que vejo.

Escuto o som alto de uma "explosão" vindo do lado leste da floresta e ando até lá com cuidado e fazendo o mínimo de barulho possível caso seja um animal selvagem.

O que eu acho quase impossível.
Nessa região não existe a presença de animais selvagens, no máximo algum esquilo ou pássaros.

Vejo um homem de cabelo curto com a pele bronzeada e músculos enormes por onde quer que eu olhe parado perto de um tronco de árvore segurando algo parecido com um mini-telefone que tem mais ou menos cinco centímetros na sua mão direita.

- Saia daí, humana. – Sua voz grossa me surpreende.

Ele nem sequer se virou e sabe que estou aqui.

Enquanto olho para ele quase tropeço em um tronco de árvore caído no meio do caminho.

- Não deveria ficar espionando um estranho em um lugar tão longe dos outros humanos.

- Eu...

- Vá embora. – Ordena novamente.

Quando ele se vira fico chocada ao ver que seus olhos são amarelos estilo marca texto.

- Você é um... - Deixo a frase no ar.

Sou incapaz de pronunciar a palavra.

- Alienígena. Alien. É assim que nos chama, não é?

Me afasto o mais rápido que posso e quando vejo ele está exatamente na minha frente.
Ele me tem contra uma das árvores atrás de mim e me pega ainda mais chocada com sua rapidez nada humana.

- Ouvi dizer que seus pais humanos dizem as crianças humanas para nunca conversar com estranhos. Você ao menos prestou atenção quando escutou isso?

Será que toda vez que ele se referir a nós ele vai dizer “humanos”?

- Está me chamando de criança? - Pergunto de forma desafiadora.

- Parece uma.

Isso foi algum tipo de insulto a minha pessoa?

- Em nada eu pareço com uma criança.

- Uma criança humana curiosa, é isso o que você parece.

Seu rosto está cada vez mais perto do meu.
De repente ele cheira o meu cabelo.

- Você é diferente dos outros humanos que eu já vi.

Alien de Zuki - Trilogia Espaço [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora