Estava teclando para a loira quando escuto alguém bater na porta e a abro.
– Laurel?
– Ollie, você viu o Tommy?
– Não... — Dou uma breve pausa e abro mais a porta fazendo sinal para que entre e ela o faz.
– Mas podemos conversar? — Digo colocando o celular em cima da cabeceira e me sentando na cama e ela senta ao meu lado. Não era o melhor momento mas havia muitas coisas que precisava dizer a ela. Mesmo que nosso relacionamento tenha acabado, há assuntos inacabados.
– Você não me deixou terminar aquele dia, mas eu queria te dizer que sinto muito por ter sido um idiota. Por ter feito você passar por aquilo...—
Dou uma pausa e suspiro, fico a encarando, esperando que fale algo. O silêncio permanece por alguns segundos e vejo seu olhar fixo em minha boca. Em um ato Laurel sela nossos lábios, que já estavam a poucos centímetros de distância. Fico surpreso mas logo retribuo o beijo de forma intensa e levo uma das minhas mãos a sua nuca, a puxando mais pra perto e ela arfa contra minha boca. Ela sobe em meu colo e eu levo minhas mãos a sua cintura, me levanto e a jogo na cama, começando a espalhar beijos por seu pescoço, e logo subo para sua boca novamente. Ela quebra o beijo tirando minha camisa e a joga no chão, e então volto a beija-la.
– Laurel? Oliver?
Escuto alguém na porta e me viro, saindo daquela posição. Era Tommy. Droga. Fiquei em silêncio, não tinha o que falar. Observo Tommy sair dali, quase que bufando, e Laurel ir atrás dele, dizendo que pode explicar. Não tinha o que explicar. Nem porquê, ela não havia dito que eles não tinham nada? Não é o que parece. Deito em minha cama e fico fitando o teto. É, parece que Laurel não me odeia, pelo menos não tanto quanto pensei. Fico alguns minutos pensando e logo adormeço.
Fim de semana passa rápido e já é segunda novamente. Acordo cedo, já havia me acostumado a isso depois de um tempo, e sigo minha rotina.
POV's Felicity
Acordo com um cheiro péssimo de panquecas queimadas, me levanto e vou até a cozinha e vejo minha mãe.
– O que diabos está acontecendo aqui?
Minha mãe havia chegado na sexta-feira, e já está me deixando louca. Não importa quantos anos ela tenha sempre age como uma adolescente. E sempre que pisa na bola tenta recompensar, e normalmente acaba piorando a situação, como agora. Ela simplesmente chega sem avisar e bagunça minha rotina inteira, já estava me deixando nos nervos.
– Panquecas! — Ela responde dando um sorriso murcho. Pego a panela das mãos dela balançando a cabeça e jogo as panquecas absurdamente queimadas no lixo.
– Ei!
– Você por acaso ia comer alguma dessas panquecas? — Pergunto irritada e ela nega com a cabeça.
Faço algumas torradas, já que era a única coisa a meu alcance no momento, não era muito boa de cozinha também. E arrumo o café na mesa e me sento, e logo minha mãe faz o mesmo.
– Desculpe. Só estava querendo ajudar.
Suspiro me acalmando e volto minha atenção para minha mãe.
– Tudo bem. Só não faça isso de novo, panquecas nunca foram o seu forte. — Digo brincando e ela ri.
Depois de tomar meu café, vou até o banheiro me banhar e fazer minhas higienes. Pego minha bolsa e a chave do carro me preparando para sair, até que encontro um sutiã rosa fluorescente na frente da porta.
– Mãe, por quê porra seu sutiã está no chão e na frente da porta?!
Ela me escuta e vem correndo tirando o mesmo dali.
– Bem, é que a noite ontem foi meio selvagem...
– Não não não, não precisa continuar. — Reviro os olhos com uma expressão de nojo, imaginando a cena e afasto esse pesadelo da minha mente e abro a porta. Dirijo até a empresa e caminho até meu escritório, passando pelo do Oliver e o vejo com os pés em cima da mesa e dormindo. Eu já estava possessa e parece que hoje é um dos dias que ele vai estar bem irritante. Vou até sua sala e bato na mesa para que acorde e ele tira os pés da mesa desnorteado.
– O que é que foi? — Ele pergunta confuso.
O dia mal havia começado e eu já estava absurdamente irritada, aquilo era o limite. Não é a primeira vez que vejo Oliver fazendo algo desse tipo.
– O que é que foi? Como assim o que foi? Você apenas estava dormindo no trabalho , e não é a primeira vez. Você deixa seu trabalho acumular e fica aí que nem um preguiçoso. — Respiro fundo e volto a falar, com um tom mais alto do que deveria, mas não conseguia evitar.
– Olha, eu sei que você nunca teve que lutar por nada, sempre teve tudo em suas mãos, mas aqui não funciona assim, VOCÊ tem que fazer seus deveres e cumprir no PRAZO.
Ele se levanta e olha sério pra mim.
– O que te faz pensar que eu tenho tudo nas mãos? Você...
– PORQUE VOCÊ É UM FILHINHO DE PAPAI. — o interrompo. E ele ri, me deixando ainda mais irritada.
– Você só está trabalhando aqui porque o seu pai te obrigou! Você nem sequer se preocupa em arranjar um trabalho ou se interessa pelo legado da empresa. Eu sei que você não queria estar aqui, mas agora que está tem que fazer o seu trabalho direito, as coisas não funcionam como você quer e quando quer.
– Você não é minha chefe. — Ele responde sério, mas em tom irônico. Reviro os olhos e dou um suspiro pesado. Já havia chegado ao meu limite com esse homem, estava prestes a explodir e socar a cara dele ali mesmo.
– Na verdade, eu sou sim. Eu sou CEO daqui, o único cargo acima do meu é o do Sr. Queen. E eu não estou nem aí que ele é seu pai, eu continuo em um cargo acima do seu, no qual posso exigir coisas de você, por exemplo: Que você faça a porra do seu trabalho direito e entregue quando foi pedido. — Ele fica calado me olhando, e eu saio de sua sala e vou ao meu escritório.
Talvez não precisasse disso tudo. Talvez sim. Mas uma coisa é certa, eu acabei descarregando tudo nele, coisas que ele não tem nem sequer envolvimento. Afundo minha mente em trabalho e passo o resto do dia assim e tento evitar ao máximo Oliver. Mas não consigo evitar e me inclino para observar o que estava fazendo em seu escritório e vejo que ele não estava lá. Mas que diabos? Pra onde ele pensa que foi?
Meus pensamentos são interrompidos quando escuto alguém batendo em minha porta, era ele.
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My sweet CEO - Olicity
General FictionAdaptação da série arrow, onde Oliver não se torna o green arrow. Oliver é um bad boy, rico e mimado que sempre teve tudo em suas mãos. Seu pai, cansado disso, decidiu que ele teria de trabalhar em sua empresa, lá sua auxiliar iria ser Felicity Smo...