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                          POV's Felicity
Um raio de luz, bem pequeno, porém bem irritante, passa pela fresta da janela,  chegando aos meus olhos e me obrigando a acordar.
O céu não tinha uma nuvem sequer, e o sol estava mais forte do que nunca.
A semana tinha passado rápido, e logo já era sábado, dia da festa da empresa. E eu não sabia por quê, mas estava ansiosa por essa noite.

Me levanto da cama e preparo um rápido café só pra mim, já que minha mãe já havia voltado pra casa.
Depois tomo um banho, coloco uma roupa simples e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, me preparando para sair e resolver algumas pendências na rua.

                         POV's Oliver
Já era duas horas da tarde quando acordo. Era sábado, então eu sempre aproveitava para dormir até mais tarde, mas não chegava a esse horário normalmente. Pego meu telefone e checo, havia algumas mensagens, mas nada importante, então o coloco de volta na cabeceira e preguiçosamente me levanto da cama.

Tomo um banho e me preparo para o almoço, já que já estava tarde e então desço, encontrando meus pais e Thea já na mesa.

– "Acordou cedo hoje, né?" — Thea fala num tom irônico.

Me sento ao lado dela e vou colocando um pouco da comida em meu prato.

– "Há há, muito engraçadinha você."

– "Que horas você voltou da festa ontem? Pra acordar assim tão tarde, até mesmo pra você."

– "Festa? Que festa? Eu não fui pra nenhuma fest..."

Interrompo a frase quando lembro: Meu Deus! A festa da empresa é hoje, e eu nem vi meu terno!

– "Meu Deus, falando em festa, quase me esqueço do evento."

– "O quê? Que evento?" — Ela pergunta confusa, mas meu pai responde antes que eu pudesse abrir a boca.

– "Um evento da empresa, Thea. E Oliver, eu não acredito que você esqueceu? Isso é importante para a empresa, quando vai aprender a ter responsabilidade? Isso não é brincadeira."

Pelo jeito a coisa era séria mesmo. Quase nunca eu via meu pai assim, mesmo eu sendo do jeito que eu sou e arrumando problemas raramente via ele assim tão bravo.

– "Eu não esqueci, ok? Eu sei que não é brincadeira. Falando nisso, tenho que arranjar um terno para usar." — Falo me levantando da mesa e olhando para eles.

– "Tchau pai, tchau mãe, tchau speedy."

Eu nem estava lembrando dessa festa, mas bastou ela passar pela minha cabeça que meu estômago revirou, uma estranha e inexplicável ansiedade tomou conta de mim. Por quê?

Deixo meus pensamentos de lado e entro no carro, indo para o centro, procurar algo no shopping. Não sabia nem por quê eu estava tão preocupado com meu visual assim, com bem menos que isso eu já atraio muitas garotas.

Mas acho que tem uma garota em específico que eu quero agradar hoje: Felicity.

Chegando no local estaciono meu carro e desço. Caminhando em direção à loja passo na frente de um StarBucks e decido pegar um café, e por coincidência, encontro Felicity lá. Como o destino é irônico.

– "Falando no diabo..." — Falo pra mim mesmo e vou em direção a ela.

– "Felicity, oi!"

Ela se vira para mim com uma expressão surpresa.

– "Oliver? Oi! Por quê está aqui?"

– "Pra comprar um café." — Digo como se fosse óbvio. Sabia que não era exatamente isso que ela estava perguntando, mas não posso perder uma oportunidade de irritá-la.

– "Sim, claro." — Ela diz abanando a cabeça e mexendo a mão que não segurava o café.

– "Mas digo aqui no shopping. O que veio fazer?" — Fala sem paciência.

– "Ah sim. Vim comprar um terno para a festa de hoje."— Dou uma breve pausa, e ficamos em silêncio, mas logo volto a falar.
–"Na próxima seja mais específica com o que você quer." — Digo em um tom provocativo. Ela sabe que eu não estava falando só da sua pergunta e revira os olhos.

– "Não haverá uma próxima vez." — Ela diz levantando a sobrancelha, num ar de deboche, mas sabia que estava brincando.

– "A festa é daqui a algumas horas e você só vai comprar a roupa agora?"

– "É... Sim? O que tem?"

Ela respira fundo.

– "Nada. Enfim. Tenho que ir." — Ela diz começando a andar em direção a saída.

– "Até logo!" — Grito.

Compro um café e depois de pouco tempo encontro uma loja e escolho um terno. Sem demorar muito mais volto pra casa e quando me dou conta faltava apenas uma hora para a festa.

Após tomar outro banho e me arrumar já estava quase na hora do evento, então entro em meu carro e dirijo até o local.

A decoração estava ótima, e os lustres do local seriam de invejar, se eu não tivesse alguns desses em minha própria casa. Vou em direção ao bar e pego uma taça de champanhe. Avisto um rosto e fico incrédulo. Não podia ser. Barry Allen! Amigo de anos, não o via faz tempo. E não esperava encontrar ele aqui. Vou em direção a ele para o cumprimentar.

– "Barry?"

– "Oliver! Que ótimo te ver por aqui, cara." — Ele diz me dando um abraço e um tapa nas costas e eu retribuo.

– "Sim, irmão! Quanto tempo. Como estão as coisas?"

– "Realmente, faz tempo. As coisas vão bem, e com você?"

– "Estão bem."

– "Ótimo."

Ficamos um tempo sem falar nada e eu bebo um pouco do meu champanhe, até que Barry quebra o silêncio.

– "E Laurel? Como vai?"

Respiro fundo e olho em volta, tentando saber por onde começar, fazia um tempo que não via Laurel, desde aquele dia em que Tommy nos viu no quarto. Meu olho para de rondar o local, concentrando minha atenção em uma pessoa: Felicity.

Ela havia acabado de chegar e estava atrasada, mas absurdamente linda.

Seu cabelo estava solto, a deixando mais linda ainda e um pouco encaracolado nas pontas. Ela não usava muita maquiagem e era sem duvidas a mulher mais bonita do local. Seu vestido era dourado e um pouco acima do joelho, com uma pequena abertura no lado direito, deixando um pouco de suas coxas a mostra. Uau, e que coxas.

Ela procurava por um rosto conhecido e eu sentia que a essa altura minha boca já estava aberta, e talvez até babando eu esteja. Ela estava muito linda, e meu cérebro não se cansava de acrescentar isso. Até que ela nos avista e dá um sorriso fraco, vindo em nossa direção. Eu não tirava os olhos dela por um só segundo, mesmo se eu quisesse não conseguia. Sua beleza é estonteante.

My sweet CEO - OlicityOnde histórias criam vida. Descubra agora