A luz que entra pela fresta da janela incomoda meus olhos mais do que qualquer coisa. Só queria me virar e voltar a dormir, mas a cama vazia, exceto por mim, faz todo meu sono ir embora.
Oliver não estava mais lá.
Por um momento pensei que a noite passada havia sido um delírio porque eu tinha exagerado na bebida, mas não foi. Com certeza não foi.
Procuro por toda a casa, mas nenhum sinal dele. Aonde eu estava com a cabeça ao quase dormir com ele? Em acreditar em todas suas palavras? Eu sou mesmo muito idiota. E agora, que ele conseguiu o que queria, foi embora e me deixou com minha consciência pronta para me castigar pelo meu erro.
É óbvio que ele iria embora, é óbvio que tudo aquilo era mentira e ele estava só jogando comigo como fazia com as outras. E eu caí. Eu nunca caio em seus jogos, e agora o fiz. Não sei se estou mais com raiva dele, ou de mim mesma.
Confiro o telefone e vejo várias mensagens vindo de Oliver, de alguns minutos atrás. Não vou sequer abrir, não depois de tudo isso, certo?
Mas é claro que eu fiz totalmente o contrário, e abri imediatamente suas mensagens, as quais continham pedidos de desculpas por ter ido embora sem avisar. Aparentemente algo aconteceu com sua irmã. Mas ele disse que ia me recompensar. Espero que esteja falando a verdade, seria péssimo dar a ele mais uma chance e ser um imbecil de novo, porém não quero pensar muito nisso para não piorar este dia.
O resto do dia passa rápido e logo já é segunda. Sigo minha rotina matinal e me dirijo ao trabalho.
Inexplicavelmente, a sensação ao chegar a empresa foi completamente diferente de todos os outros os dias nos quais venho trabalhar. Minhas mãos suavam e meu coração estava acelerado.
Logo percebo o motivo da minha agitação. Ele estava sentado em sua mesa, com seus músculos reforçados por debaixo da camisa.
Quando percebo que estava o encarando a um tempo mais prolongado do que deveria já era tarde demais, ele levanta sua cabeça e me vê na frente do seu escritório. Sorri.
Retribuo seu sorriso e ando até o meu escritório, tentando me concentrar nos afazeres daquela semana. Mas a cena dele em minha casa insistia em permanecer na minha mente.
Tento me distrair até a hora do almoço, e então escuto algumas batidas em minha porta.
Giro a maçaneta e a pessoa por trás da porta não era bem quem eu esperava.
Era Ray Palmer.
Não sei se agradecia ou lamentava por não ser Oliver, mas tinha consciência de que a minha irracionalidade queria que fosse ele atrás da porta, não Ray. Apesar que não tinha decidido ainda se iria perdoa-lo por ontem ou não. E muito menos havia decidido o que iria fazer depois. Oliver havia me pedido uma chance? Eu irei dar? O que pode acontecer? Todas essas perguntas aterrorizavam minha mente, já estava ficando tonta.
— Olá.
Digo o chamando para entrar. Ignorando toda minha tempestade pronunciando uma minúscula palavrinha.
— É... Oi. Você vai almoçar agora?
— Na verdade, vou sim. Se for algo do trabalho podemos resolver quando eu voltar. A não ser que seja muito urgente, é claro.
— Não. Na verdade, vim perguntar se gostaria de irmos almoçar juntos, se já não tiver companhia.
— Ah
Oi?
Ele me encara, esperando por uma resposta e eu faço o mesmo, não fazia ideia do que dizer a ele. Ray é uma pessoa simpática, eu gostava da sua companhia, não seria de nenhum mal ir almoçar com ele. Só talvez não seja exatamente a pessoa que eu gostaria.
— Você quer?
Ele pergunta e eu consigo perceber um certo nervosismo em sua voz, o que ainda não fazia sentido algum para mim.
Olho para o escritório de Oliver e estava vazio. Ele provavelmente já arranjou alguém para almoçar com ele.
— Claro.
Digo com um sorriso, que ele logo retribui.
Por quê não?
Pego minha bolsa e o acompanho até o elevador.
— Aonde vamos? – Pergunto.
— Onde você preferir. – Responde com um sorriso.
Tento pensar em algum lugar interessante, mas nada me vem à cabeça.
— Bem, não estou pensando em nada. Alguma sugestão?
Falo enquanto andamos até seu carro. Não gostava de carona, mas seria mais pratico.
— Tem um restaurante de comida italiana aqui perto. Não é muito grande, mas tem uma comida deliciosa, se você gostar de comida italiana, é claro.
— Eu adoro. Vamos lá.
Ray abre a porta do seu carro para que eu entre e o faço. Seu carro cheirava a couro e eu tinha certeza que custava mais do que meus rins todo aquele luxo.
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My sweet CEO - Olicity
General FictionAdaptação da série arrow, onde Oliver não se torna o green arrow. Oliver é um bad boy, rico e mimado que sempre teve tudo em suas mãos. Seu pai, cansado disso, decidiu que ele teria de trabalhar em sua empresa, lá sua auxiliar iria ser Felicity Smo...