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– "E você, por quê está aqui?" Ela pergunta olhando pra ele e olha pra mim em seguida, ainda mais confuso do que no início desta conversa.
– "Vocês dois pretendiam se beijar ou algo assim enquanto eu vinha te buscar?"
A Caitlin me pergunta e eu engasgo.
– "O quê? Não! Ele acabou de chegar, e nós nem nos conhecemos." Tento explicar.
– "Eu acho melhor voltar outra hora." Ele diz finalmente.
– "Também acho, essa loirinha aqui já estava planejada de sair comigo!"
– "Caitlin, meu Deus! E me desculpa, pela inconveniência dela, é meio... louca. E muito insistente, não seria mesmo a melhor hora pra falar sobre isso."
Ele ri e assente com a cabeça, indo embora e eu fecho a porta. Tenho um pressentimento que irei encontrá-lo de novo, então não me preocupo de perguntar seu número, mas logo me preocupo com o que ele deve estar pensando de mim depois desse enorme vexame.
– "Isso o quê?" Ela pergunta curiosa.
– "Não te interessa, sua sem noção."
– "Ah vai, me conta. Por quê ele estava aqui? E quem é ele?"
– "Estava a trabalho. E ele é o..." DROGA! Eu tinha esquecido de perguntar o nome dele!
– "É o..." Diz fazendo gestos com a mão, pedindo que eu continue.
– "Eu não sei. Me esqueci de perguntar o nome dele."
– "Felicity, você é burra! Um cara completamente gato, que com certeza ficou afim de você aparece literalmente na sua porta e você sequer pergunta o nome dele?"
– "Eu esqueci! E se você não tivesse chegado na pior hora possível, talvez eu saberia o nome dele! Mas agora vamos embora que eu estou morrendo de fome." Falo pegando minha bolsa e abrindo a porta, tentando esquecer o assunto.
– "Ótima ideia, estou urrando também."
Ela sai do apartamento e eu tranco a porta.
Acabamos por almoçar em um restaurante chinês e meu estômago agradece por todo aquele yakisoba e rolinho primavera.
Depois de inúmeras voltas pela cidade, sem saber o que fazer, Caitlin decide fazer compras, alegando ser uma emergência e eu estaciono o carro em um shopping center mais próximo.
– "Você já sabe o que vai usar sábado? Porque a festa é minha e eu não tenho a mínima ideia do que vou vestir, e calçar."
– "Ah, então essa era a emergência?" Eu deveria ter imaginado, conheço essa mulher a anos e sempre esqueço da sua incrível capacidade de colocar uma hipérbole em todas as suas frases.
– "Mas é uma! Vem, vamos entrar aqui." ela me puxa para dentro de uma loja chamada Yoko, que apesar de uma escolha de nome peculiar, possuía vestidos bem bonitos, que já estavam sendo todos atacados pela morena. As vezes esqueço que Caitlin é uma médica formada em diversas áreas que trabalha nos laboratórios Star, salvando vidas e descobrindo a ciência. É cômico relacionar essa médica responsável com a doida que a apenas algumas horas atrás estava gritando com um desconhecido.
Dou uma rápida olhada pelos cabides, procurando por algo que me interessava e gosto de um vestido preto.
– "Vai ficar perfeito em você." Ela diz o arrancando da minha mão e posicionando na frente do meu corpo.
– "Vai experimentar." Me empurra, e eu vou até o provador.
O vestido cai bem, ele é curto, mas não tanto, ficando acima dos meus joelhos deixando parte de minhas coxas a mostra. Ele tinha uma abertura em cada lado, acima da cintura e um amplo decote. Minhas curvas se acentuavam nele, e eu gostei do resultado, fazia até mesmo me sentir um tanto sedutora, algo que definitivamente não sou.
– "Você vai levar né?" Quase pulo com o susto que levei, não tinha visto ela chegar.
– "Vou. O que acha?"
– "Está perfeito! Oliver vai mor - rer!"
– "Caitlin! Você está louca. Primeiramente, o que ele tem a ver com isso? E segundo, ele não vai morrer coisa nenhuma, vão ter muitas outras mulheres na festa. "
A repreendo, mas não consigo evitar em pensar nisso. O que será que ele vai achar desse vestido?
Imediatamente cenas de ontem vem a minha cabeça, ele cochichando em meu ouvido o quão linda eu estava. Em poucos minutos, sinto minha espinha arrepiar.
Gostava da forma que ele fazia eu me sentir: desejada, poderosa, atrevida.
Mas eu não seria a única mulher na festa. Diversas outras mulheres estariam usando vestidos colados, bonitos e sedutores também, eu com certeza não seria o motivo da sua atenção.
– "Felicityyy! Vamos." Caitlin afasta meus pensamentos antes mesmo que eu pudesse fazê-lo.
Nós duas nos dirigimos ao caixa e eu pago pelo vestido, que foi nada barato por sinal, porém sinto que valeu a pena. E eu procuro pela chave do carro em minha bolsa, enquanto ela paga por seu vestido e seu salto.
– "No quê estava pensando naquela hora que eu estava falando com você? Ou melhor, em quem?" Pergunta quando entramos no carro.
– "Hã? Ninguém." Minto.
– "Felicity Megan Smoak. Eu sou sua melhor amiga a mais de um ano, te conheço dos pés à cabeça, sei quando está mentindo, ainda mais porque você é uma péssima mentirosa." Por que todos vivem dizendo isso? Eu sou tão péssima mentirosa assim? Suas palavras só me lembram Oliver, ele me diz isso quase todas as vezes que aparece de surpresa em meu escritório. Caralho! Preciso parar de pensar nesse homem. "Eu sempre te contei e sempre te contarei tudo da minha vida, e quero que você faça o mesmo, não tem porquê você me esconder nada."
– "Calma, calma, tudo bem. Eu confio em você, você sempre saberá tudo da minha vida. É só que... sei lá. Mas estava pensando no que você falou... sobre Oliver."
– "Sabia! E por quê não me contou antes? Que gostava dele, no caso."
– "Porque eu não sei ainda se gosto dele. Não sei o que sinto, nem se sinto. Ainda estou descobrindo, mas independente do que seja, não quero nenhum tipo de relação com ele além de amizade."
– "Você deve estar brincando, né? Porra, você é realmente pirada. Por que não quer ter nada com ele?"
– "Pois ele não presta, oras. É de Oliver Queen que estamos falando aqui. Ele não sente o mesmo, nunca sentirá, seja lá o que isso for. Ele não serve para namorar, e é péssimo com sentimentos. E essas são palavras que saíram da boca do próprio."
– "Ok, ok. Ele não vale nada, ele pode ter sido um péssimo namorado para todas que ele ficou, péssimo com sentimentos, um mentiroso... até você. E antes mesmo que você me interrompa, deixe-me terminar de falar. Eu vi a forma que ele te olha, e não é só como amigo, amiga. Os olhos dele brilham enquanto te observa, e eles te desejam, suplicam por você, tanto quanto você por ele. Vocês só precisam ser adultos e admitir isso um pro outro porque já está na hora. Vocês não são mais dois adolescentes para ficarem fazendo joguinhos, se vocês se gostam, se querem ou sei lá , sejam sinceros um com o outro. Porque aí depois vocês podem..." Ela diz essa ultima parte com animação e mistério.
Estava incrivelmente admirada em como havia uma grande possibilidade de Caitlin estar certa, e seus conselhos tinham uma razão. Somos adultos, por que é tão difícil lidar com esses sentimentos se já temos maturidade o suficiente?
Bem, talvez seja porque eu tenha medo de me machucar. Medo do que pode acontecer, se ele sentir o mesmo e se ele não sentir. Medo de nossa amizade inabalável ser facilmente abalável por isso. São muitos medos para uma pessoa só. Não é só medo de ser rejeitada, mas também de perdê-lo e ter que aprender a viver sem ele novamente.
– "Pra depois o quê?" Pergunto curiosa.
– "E você não sabe? Sexo!"
– "Mas você não cria vergonha nessa sua cara de pau mesmo, né?"
– "Ah, vai me dizer que nunca teve um pensamento lascivo com ele? Nunca o imaginou deslizando pelas suas pernas?" Ela pergunta dando cotoveladas em meu braço enquanto se afundava nas próprias gargalhadas.
Incrível como nosso assunto pode ir de um extremo ao outro, e meus pensamentos também.
– "CAITLIN!" Grito, e sem conseguir segurar o riso, solto uma gargalhada, mas repreendo-a com um olhar, e ela gargalha ainda mais.
Meu cérebro viaja em todas as vezes que já me imaginei fazendo diversas coisas com Oliver quando estávamos sozinhos em meu escritório, ou perto demais, ou tensos demais. Engulo a seco, tentando empurrar todos esses pensamentos pra longe de mim, mas falho, e isso me perturba até o caminho para casa.
Chegando lá me despeço da Caitlin e ela volta pra Central City, ambas estávamos muito cansadas para fazer mais alguma coisa. Tomo um rápido banho e coloco o pijama mais confortável que tinha: uma calça moletom preta e uma regata azul, sem sutiã para ficar ainda mais confortável.
Ligo a televisão e decido pedir uma pizza, pegando meu telefone para ligar vejo que havia uma mensagem de texto. Abro esperando que seja da Caitlin, ainda sobre aquela conversa, mas surpreendentemente era do Oliver. Não era nada muito interessante, apenas um "oi", mas ainda sim era surpreendente e fazia meu coração acelerar, mesmo que eu não queira admitir. Respondo com outro "oi" e ele, me surpreendendo mais ainda, responde rapidamente.
"O que fez hoje?"
"Sai com Caitlin... nada importante. Por quê?"
"Nada... Estava entediado. Não fiz nada o dia inteiro."
Ah. Então ele só veio conversar comigo porque não tinha nada melhor para fazer?
"Mas não vim falar com você por isso... Eu só... Sei lá, queria conversar com você." Ele diz, quase que lendo meus pensamentos pelo telefone, e de certa forma, isso me alivia. E eu sorrio para o visor.
"Nenhuma festa interessante pra hoje? Ainda dá tempo, são só dez horas." Não demoro muito para respondê-lo com outra mensagem.
"Bem... até tem uma festa daqui a pouco, mas não estou muito a fim de ir."
"Hum... Por que?"
"Não está fazendo nada? Tipo, agora?" Ele me pergunta ignorando a mensagem anterior, e meu coração palpita, me fazendo pensar por um segundo que talvez ele queira se encontrar comigo. E mesmo que eu deva, não iria recusar. Por que faço essas coisas comigo mesma?
"Não, não estou. Por quê?"
"Você pergunta demais." O que ele queria dizer com isso? Ele que implanta dúvidas demais. Se eu ao menos tivesse uma chance de entendê-lo não faria tantas perguntas, mas ele não permite.
"Hã? Como assim?"
Minutos se passam e ele não diz mais nada. Cinco minutos tornam-se dez, até que eu desisto de esperar que ele responda e volto a teclar o número da pizzaria, ele provavelmente deve ter resolvido sair, visto que não quis mais me responder e não ficou mais online desde então.
Peço uma pizza de calabresa e caço algum filme para assistir, e acabo escolhendo um que já assisti milhões de vezes.
Depois de aproximadamente uma hora a campainha toca, era a pizza. Me levanto com o dinheiro na mão e quando abro a porta vejo que estava enganada, esse homem de olhos azuis esverdeados, alto, cabelo castanho claro, braços fortes e beleza extraordinária definitivamente não era o entregador de pizza. Era Oliver.
– "Oi. Posso entrar?"
Ele pergunta com um sorriso de lado e eu escancaro a porta para que ele entre, e ele se posiciona a minha frente. Com um saco na mão.
– "O que está fazendo aqui?"
– "Então... você disse que não estava fazendo nada, resolvi passar aqui. Podíamos assistir um filme... Sei lá, tanto faz. Eu trouxe sorvete!" Ele diz apressadamente e eu consigo sentir um nervosismo em sua voz, mas será que isso era possível?
– "Ah... Tudo bem, mas é que eu..." Sou interrompida pelo barulho da campainha, que toca novamente.
– "Tem visita? Se não eu posso ir embora, achei que..."
– "Não não, é só a pizza que pedi, não sabia que vinha." O interrompo, e abro a porta pagando a pizza e trazendo-a para dentro de casa o mais rápido que pude.
– "Pizza antes do sorvete é a combinação perfeita." Ele diz e eu rio, tirando os sorvetes do saco que ele havia deixado em cima da mesa para guardar no freezer.
– "Eu não acredito." Grito.
– "O que foi?" Ele se vira rapidamente para mim, assustado com o meu tom de voz.
– "Você comprou sorvete do sabor de menta com chocolate!"
– "Você não gosta? Pensei ter dito que esse era o seu favorito um dia, desculpe. Posso comprar outro se quiser."
– "Não gosto? Esse é o meu favorito, eu amo." Falo com tanta empolgação que arranco algumas risadas dele, desmanchando sua expressão de preocupação. Nem me lembro quando foi que disse a ele que este era o meu sorvete preferido, e ele lembrou. Talvez ele não seja tudo isso que aparenta ser.
– "Que bom. Porque eu não ia comprar outro, não me levanto daqui por nada." Ele diz se jogando no sofá.
Guardo o sorvete e levo a caixa da pizza para a mesa em frente à televisão, me juntando a ele no sofá.
– "Aliás, belo pijama." Ele diz rindo e apontando para mim.
– "Eu provavelmente deveria trocar isso." Falo me levantando, e eu realmente deveria trocar de roupa, digo por estar sem sutiã por baixo e por estar parecendo uma louca. "Quero dizer, estou parecendo uma mendiga."
– "Você fica linda de qualquer jeito." Ele diz e eu coro, meu coração acelera e minha pele esquenta, me deixando sem reação. Esse é o poder que ele tem sobre mim apenas com uma frase.
– "Vamos, sente." Ele diz e eu, depois de alguns segundos tentando decidir se trocava de roupa ou não, me sento novamente.
– "Vamos abrir isso porque estou morrendo de fome." Digo abrindo a caixa da pizza e pegando um pedaço, e ele concorda com a cabeça fazendo o mesmo.
– "Então, o que vamos assistir?" Ele pergunta.
– "Hummm... tem um filme que eu gosto muito, você devia assistir."
– "Não é nenhuma comédia romântica, ou é?"
– "Na verdade... é." Digo e Oliver faz uma cara de tédio, me fazendo gargalhar.
– "Não gosta de filmes de ação?"
– "Gosto. Amo, na verdade. Mas eu apenas gosto muito desse filme, você poderia dar uma chance."
– "Ok ok, sei que não vou conseguir convencer você de colocar outro mesmo, bota ele aí." Ele diz e antes mesmo de terminar sua frase eu já dou play no filme.
Comemos toda a pizza nos primeiros trinta minutos de filme, e por mais que ele não quisesse assistir o vi bem concentrado em alguns momentos, até rindo. Em outros percebia que ele ficava me encarando enquanto assistia o filme, e eu respirava fundo, tentando não ficar nervosa com aquela situação.
– "Estou com sede." Ele solta, depois de quase uma hora de filme.
– "Também estou, vou buscar uma água." Falo me levantando, mas ele agarra meu braço antes que eu o faça.
– "Não, eu pego. Não precisa levantar, é sério." Oliver diz e quando abro a boca para contesta-lo ele joga um olhar reprovador pra mim, e eu, por fim, aceito que ele pegue a água.
Depois de dois minutos ele volta com dois copos d'água, duas colheres e o pote de sorvete, os colocando em cima da mesa e dando um copo d'água pra mim. Quando tento pega-lo, ele puxa tentando brincar comigo, mas a água acaba caindo nele, molhando toda sua camisa e eu tento segurar a risada.
– "Droga." Ele diz sério, mas não parecia bravo. Ele tenta balançar a camisa, na intenção de seca-la, mas falha.
– "Devia tirar isto." Falo, mas logo percebo que talvez aquilo tenha soado estranho. "Digo porque está encharcado de água."
Ele imediatamente puxa sua blusa pela cabeça, revelando todos os seus músculos, o que me fez perceber que além de braços, ele também possuía um abdômen impecável. Tento desviar meus olhos, mas simplesmente não consigo, e de repente minha mão inquietamente deseja que eu toque cada músculo. Eu queria. Mas não podia.
Então, depois de muito esforço, consigo desviar minha atenção do seu corpo, e volto a olhar para a televisão.
Depois de estender sua blusa na janela ele volta, pegando uma colher que estava em cima da mesa. E eu não consigo evitar em observá-lo, ele percebe e levanta uma sobrancelha para mim com um sorriso malicioso, mas não fala nada.
– "Não vamos comer?" Pergunta.
– "Vamos." Digo pegando o pote de sorvete em cima da mesa e o abrindo, e pego uma colherada, logo, ele faz o mesmo.
Continuamos assim o resto do filme, até que ele chega ao fim.
– "Então, gostou?"
– "Bem chatinho, bem clichê. Bem idiota também. Mas não é tão ruim quanto pensei."
– "Não parecia estar achando ruim quando gargalhava dele."
– "Da próxima vez eu escolho o filme."
Iria ter uma próxima vez?
– "Justo."
Pego uma colherada do que ainda havia sobrado do sorvete e coloco na boca, e ele me observa atentamente.
– "Está sujo." Diz apontando para minha boca, e eu tento limpa-la.
– "Aqui?"
– "Não, é... aqui... espera..." Oliver diz levando seu polegar até minha boca e esfregando sobre meu lábio inferior. Que nem ele havia feito na noite anterior. Só isso, só esse toque, o encontro do seu dedo com a minha boca enviou choques elétricos por todo meu corpo.
Ele tira seu dedo dali, mas permanece na mesma posição, sua respiração era fraca e seus olhos não se moviam nem por um minuto. Já os meus, alternavam entre sua boca e seu abdômen, que só por esta noite já havia arrancado mais olhares meus do que deveria.
– "Eu... acho que vou... pegar mais água." Viro meu rosto, engolindo a seco, tentando evitar que algo a mais acontecesse. Não sei porquê faço isso, não sei porquê nós fazemos isso. Eu queria, queria ele mais do que qualquer coisa no momento, mas sempre fujo. Ainda tinha metade de água no meu copo, mas eu precisava arranjar uma maneira de sair de perto dele, eu não ia mais me controlar por tanto tempo.
– "Não precisa. Eu acho que já estou indo embora também, está tarde."
Já passava da meia noite, realmente estava tarde, mas eu não queria que ele fosse. Mas era melhor assim.
Ele se levanta e veste sua blusa, que havia secado um pouco, mas ainda estava molhada, colando no seu corpo e músculos. E vem até mim, depositando um beijo suave em minha testa, me arrancando um sorriso. Seu gesto foi muito querido, e eu não pude esconder meu contentamento com ele.
Abro a porta e ele me dá um sorriso fraco antes de passar por ela.
Assim que sai, me jogo na cama, tentando absolver todos os acontecimentos de hoje. Após hoje a noite, talvez, eu esteja começando a considerar que Caitlin podia vir a estar certa.

My sweet CEO - OlicityOnde histórias criam vida. Descubra agora