As horas passavam devagar, enquanto a cena de Felicity e Ray se repetia diversas vezes em minha cabeça.
Não conseguia ocupar minha mente com mais nada a não ser aguardar o horário de Felicity ir embora, precisava falar com ela.
Quando a loira finalmente fecha seu computador, saio da minha sala e bato em sua porta.
Ela abre e seu rosto cai. Talvez ela não esteja tão feliz em me ver.
— Então... você e Ray estão... saindo? — Falo fechando a porta que antes estava a minha frente.
— O quê? Oliver, não. Eu não seria idiota de fazer isso, não depois de tudo que aconteceu nesse fim de semana. — Ela diz seca enquanto termina de guardar seus pertences.
— Não sou eu quem faz isso. Pensei que me conhecesse. — A loira finalmente concentra sua atenção em mim, parando em minha frente.
Aí.
Entendia a sua raiva. Eu quase dormi com ela, e no outro dia fui embora sem nem me despedir, mas dessa vez não era minha culpa, minha irmã realmente precisava de mim e eu não tive outra opção a não ser deixar o apartamento. E não queria acorda-lá, ela parecia estar dormindo tão bem... e linda.
Ok, foco.
Eu precisava me redimir por isso, eu prometi a ela. Preciso mostrar que todas as palavras que disse a ela naquele sábado eram verdade. Eu quero fazer certo com ela.
— Ok, essa eu mereci.
— Merecia muito mais. — Diz arqueando as sobrancelhas. Era incrível como Felicity ficava linda de qualquer maneira, inclusive quando estava brava. Mas não poderia me atrever a dizer isso a ela, se não seu humor só iria piorar.
— Mas, eu também prometi que iria me redimir. Sei que fui um imbecil te deixando sozinha depois daquela noite, mas Thea precisava de mim, e eu nunca abandono minha irmã.
Consigo ver o que parecia ser um sorriso se formar no canto de sua boca quando falo de Thea.
— Tudo bem, eu entendi, e eu não vejo problema nisso. Mas você sequer me procurou depois disso, disse milhões de coisas para mim naquele dia e não falou mais nada sobre. Depois aparece em minha sala me perguntando se estou saindo com outro cara. Oliver, você sequer faz algum sentido? — Suas mãos gesticulavam, acompanhando o ritmo da sua fala. As palavras saiam rápido demais, e seu rosto esboçava mais decepção do que raiva.
Talvez um pouco dos dois.
— E tudo que eu disse era verdade. Cada palavra. Eu quero fazer certo com você, Felicity Smoak. Só não sei como ainda, mas estou descobrindo. Não te procurei antes porque não sabia o que lhe dizer... — Digo me aproximando da loira e colocando uma mecha de seus claros fios atrás de sua orelha. Ela fecha os olhos e respira fundo, sentindo meu toque. Era perceptível que parte dela ainda relutava a aceitar aquela situação.
— Não sei se merece meu perdão. — Ela diz silabicamente, passeando com seus dois dedos do meu abdômen até meus lábios. Ela estava me provocando?
Se era sua intenção, só aquilo já fazia meu corpo formigar. Os mínimos movimentos de Felicity Smoak já me fazia ir à loucura. Não tinha visto esse seu lado provocativo, mas não tinha do quê reclamar.
— Ainda vou mostrar que mereço. — Sussurro no pé do seu ouvido e sinto seu corpo arrepiar. Amava a forma como ela respondia aos meus toques.
Se ela queria jogar um jogo de provocação, eu certamente não ficaria de fora.
— E como vou saber que tudo que me falou era verdade? — Pergunta sem desviar o olhar da minha boca.
— Eu vou provar. — Respondo me aproximando da loira, e ela caminha para trás, mas a mesa a empata, não tinha para onde ela ir. Suas mãos apoiam-se na mesa, enquanto a distância entre nós é mínima. Conseguia sentir sua respiração quente e falhada. Enquanto meu próprio corpo denunciava o meu desejo, formando um volume debaixo da calça, que ela certamente havia reparado depois de passear todo meu corpo com seus olhos.
— Não vou ser mais uma a cair em seus joguinhos. — Felicity diz séria, mas ainda com a respiração ofegante.
— Não é um joguinho. Confie em mim. — Sussurro em seu ouvido enquanto trilho de beijos o caminho do seu ombro até o pé de seu ouvido, sentindo sua pele quente. Ela inclina sua cabeça, me dando mais espaço e fecha os olhos.
— Oliver... — Sua voz é falha, e todo meu interior entra em chamas ao escuta-lá chamando por mim. Se pudesse escutar apenas uma coisa em toda minha vida, seria isso.
Minha boca percorria toda a extensão de seu pescoço, até que o telefone toca. Fazendo com que nossos corpos se afastem.
— Salva pelo gongo. — Digo e ela ri, mas ainda tentava se recuperar do que acabara de acontecer, ajustando sua respiração.
Ela finalmente atende o telefone, e não leva nem dois minutos para que desligue.
— Droga. Temos que ir. — A loira alerta carregando sua bolsa e aparentemente nervosa.
— Ainda vamos terminar isso aqui. — Digo em seu ouvido e ela revira os olhos, dando um soco em meu braço, me fazendo rir.— Amanhã, 19h. Te busco na sua casa. — Falo quando saíamos do elevador.
— O quê?
— Jantar. O restaurante é supresa, e eu não aceito um "não" como resposta. Disse que ia me redimir por ontem.
A loira excita por um momento, mas logo assente com a cabeça e eu pisco para ela antes de seguirmos para nossos carros.
Parece que as coisas não iam tão mal como pensei, ainda posso fazer o certo com Felicity, e apenas isso importava no momento.
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My sweet CEO - Olicity
General FictionAdaptação da série arrow, onde Oliver não se torna o green arrow. Oliver é um bad boy, rico e mimado que sempre teve tudo em suas mãos. Seu pai, cansado disso, decidiu que ele teria de trabalhar em sua empresa, lá sua auxiliar iria ser Felicity Smo...