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                            Oliver's POV
O domingo passa rápido e logo já é segunda. Surpreendentemente, acordo no horário e não estou atrasado para o trabalho. Antes de me levantar pego o telefone em cima da cabeceira e abro as mensagens.
Nenhuma da Felicity.
Passei o resto do fim de semana com a loira em minha cabeça, e tentando decifrar se deveria dar ou não o próximo passo com ela. Mas uma pergunta sempre colocava minha decisão final em questão: Será que ela queria o mesmo?
E se quisesse, o que poderia acontecer?
Eu sempre tive tudo que eu quis, e quando eu quis, mas com ela é diferente. Não é como qualquer outra garota que eu já fiquei, eu tenho medo de machucá-la, tenho medo dela me rejeitar. Nunca cheguei a gostar tanto de alguém, e já dormi com diversas garotas, então nunca me preocupei com sentimentos, sempre tive tudo sobre controle. Perto dela eu não tenho controle, eu dependo dela para agir. E eu me importo com ela como nunca me importei com qualquer garota antes, mas essas palavras não saem da minha boca quando estou na frente dela. Eu não consigo admitir o que sinto, e tenho de perdê-la por isso, porque se eu continuar evitando meus sentimentos sei que uma hora isso vai acontecer.
Isso foi o que Thea disse diversas vezes quando a procurei. E em nenhum momento ela esteve errada, mas então qual a minha dificuldade de admitir tudo isso a ela? Por que eu evito esses sentimentos?
Já machuquei muita gente, mas eu não poderia fazer isso com ela. Odeio qualquer um que um dia já a machucou, e se eu fizesse isso, não perdoaria a mim mesmo.

Uau. Para quem acabou de acordar às 7h da manhã estou surpreso com a quantidade de pensamentos que rodeia minha cabeça, principalmente porque se trata de mim.

Finalmente levanto da cama e tomo um banho, e tento espantar com a água todo meu estresse.
Depois de me vestir desço para tomar café e me impressiono em encontrar apenas Thea na mesa.
– "Cadê meu pai?"
– "Ele foi mais cedo, parece que tinha uma reunião hoje de manhã."
– "Que estranho."
– "A propósito, Ollie" Thea me chama depois de se levantar.
– "Hm" Digo sem ter que abrir a boca, que estava cheia de panqueca.
– "Laurel ligou ontem à noite, mas você, surpreendentemente, estava dormindo." Ela diz totalmente seca, consigo até notar o tédio em seu olhar.
– "Ok. E por que essa cara?" Ela revira os olhos.
Thea nunca gostou muito de Laurel, isso era evidente, mas pensei que com os anos isso havia melhorado, obviamente não.
– "Não vai ligar de volta, vai?"
Ela pergunta mais preocupada do que entediada.
– "Ainda não me decidi sobre isso." E era verdade. Estava evitando Laurel desde quando ela confessou seus sentimentos por mim.
Se fosse antes, eu mentiria dizendo que sentia o mesmo só para tê-la comigo novamente. Ou talvez até sentiria algo. Mas não queria mais fazer isso com ela, principalmente agora que estou tentando acertar minhas coisas com Felicity, a qual meus sentimentos, quaisquer que sejam e por mais difícil que seja de admitir, pertencem a ela.
Estava na dúvida se ligava para ela ou não, não queria reviver aquele assunto maçante. Sei que é o certo conversar com ela, dizer toda a verdade, mas ainda não estava preparado pra isso, essa conversa não era minha prioridade no momento.

Thea suspira e se cala, mas ela com certeza tinha mais a dizer antes de se retirar da sala de jantar.

Felicity's POV
Estava 30 minutos adiantada quando chego na empresa. O sr. Queen me convocar para uma reunião fazia minhas mãos tremerem. Para uma reunião assim de última hora e tão cedo parecia ser algo sério, então tento estar apresentável.
Usava uma blusa branca com três botões na frente por dentro de uma saia vermelha que ia até os meus joelhos. O que era elegante, mas não tão exageradamente arrumado. Os saltos estavam me matando, mas não poderia, de forma alguma, desmanchar minha imagem ao tirá-los.
Já que estava adiantada decidi pegar um café, e depois segui para meu escritório.
Desejei que Oliver, por um milagre, tivesse chegado cedo hoje, queria vê-lo antes da reunião, estava nervosa, e ao lado dele eu, talvez, conseguiria me acalmar. Mas ele não havia chegado, o que me desaponta, mas já esperava por isso. Enquanto tomava meu café com minhas mãos trêmulas, minhas pernas inquietas e meu corpo suando em resposta ao nervosismo o telefone toca, e eu, ansiosamente, o atendo. Era o sr. Queen, que finalmente me chamou para a sala dele.
Quando o elevador se abre trombo com um rosto familiar. Era o homem de sábado, que apareceu do nada na minha porta.
– "Olá!" Ele diz entusiasmado quando me vê entrar.
– "Oi, não esperava te encontrar por aqui."
– "Eu na verdade, já esperava te encontrar. Já que você trabalha aqui e vai para a mesma reunião que eu."
Mas o quê?
– "Então você vai para a reunião também?"
Levanto a sobrancelha, com confusão em meu rosto.
– "Para sua visível animação, sim." Ele diz olhando pro chão, claramente envergonhado. Ele tem sido muito agradável comigo, mesmo com toda a merda do fim de semana passado. Não é de todo ruim que ele tenha sido convocado a reunião, pelo menos não estarei sozinha, e sua presença não é nada desagradável. Seu jeito atrapalhado chegava até a ser um charme.
Então me lembro que eu ainda não sabia seu nome, enquanto o silêncio cerca o local.
– "Este é um belo momento para você me dizer seu nome."
– "Ray Palmer." Ray diz com um sorriso brilhante em seu rosto.
Seu nome me parece familiar, mas não faço ideia de onde tenha visto, então permaneço calada até chegar ao andar desejado, o que pareceu horas.
O pai do Oliver estava sentado, sério como sempre, e cheio de papéis espalhados, porém organizados, pela sua mesa.
– "Bom dia Srta. Smoak e Sr. Palmer. Por favor, sentem-se." Ele diz autoritário e ambos nos sentamos.
Sinto que Ray está tão nervoso quanto eu.
Oliver's POV
Vejo o escritório de Felicity vazio, nem mesmo seu computador estava lá. Me pergunto onde ela estaria, mas lembro que hoje meu pai saiu mais cedo por uma reunião, a qual ela deve estar também.

My sweet CEO - OlicityOnde histórias criam vida. Descubra agora