uma tag bem aleatoria De.... Wahtever .-.

curtas #4

Agora vou colocar um título antes de cada curta só pra vocês tentarem adivinhar qual vai ser o tema e que personagens vão se protagonizar.

- não vou especificar quando cada história se passa ou onde, tirem suas próprias conclusões.

- cada história tem seu tempo, algumas podem sair grandes e outras apenas curtas. O tema e clima de tensão também variam.

- se tiverem algum questionamento é só falar.

- mais esclarecimentos e observações no final do Cap.

1 - apenas uma prostituta

Eu estava sentada numa calçada molhada. Já devia ser por volta das 22:00, mesmo com minhas roupas extravagantes as pessoas não me davam muita atenção, e tenho certeza de que isso se dá ao fato que garotas como eu são bem comuns nestas vestes aqui na cidade grande.

Mas confesso, quando olhos pro asfalto molhado, para as pessoas fechando seus guarda-chuva, para os sinais de trânsito que brilham na noite assim como as placas de anúncios, e pra tanta correria à essa hora... Eu me sinto só. Tááá, eu sei que é errado uma pessoa de meu nível se sentir assim, afinal, muita homem por aí pode olhar pra mim e sentir desejo carnal, mas eu sei que existem outras formas de amar. Só queria saber como é...

— Liçensa desculpa! — um garotinho passou na minha frente correndo, no ritmo ele acabou jogando a água acumulada na rua em mim.

Naturalmente isso me sujou e me deixou bem irritada, eu provavelmente ia dar um puxão naquele menininho se fosse pelo outro que apareceu o pegando pelo braço.

— Bryan! Olha como você ficou todo sujo! — Ele se abaixou na altura do garoto e deu tampinhas em sua roupa na esperança de limpar.

— Seu irmão?

Ele parou o que estava fazendo e olhou para mim.

— Ah! Desculpe eu não te vi aí! — Ele se levanta e acena. — E sim, esse cabeça oca é meu irmão.

— Eu não sou cabeça oca!

O mais velho suspira — Bryan vai pro carro e me espera lá.

— Mas eu ainda não achei meu chapéu! '^'

— Eu faço outro quando chegarmos em casa.

De repente eu sinto que algo estava tocando meu tornozelo. Quando olhei, percebi algo que parecia um barquinho de papel, ele estava molhado e sujo. Então o peguei.

— É esse aqui?

— Sim é esse! - ele pega e sem se importar com o estado do barco o coloca na cabeça. O irmão dele parece fica ranzinza com isso, com certeza foi por causa da sujeira.

— Agora já pode ir para o carro, quando chegarmos em casa você vai tomar outro banho.

O garotinho apenas responde com um "tááá" e segue até o final da rua.

Após isso um silêncio constrangedor toma conta do ambiente.

— Crianças..