Caça

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P.O.V Alan:

Eu andava pela quente estrada americana, a poucos quilômetros já tinha passado de um bar de motoqueiros, os carros me ultrapassavam em alta velocidade e o lugar era um grande deserto seco que além dos motoristas, não parecia ter qualquer outra forma de vida.

Os últimos dias foram péssimos. Nenhum deles estava nos Estados Unidos e eu não tinha nenhuma pista.. Só me faltava verificar um último lugar...

Percebo algo no caminho então levanto o rosto e vejo na minha frente. Tinha um monte de destroços queimados, já quase transformados em pó abandonado no vazio. nada que me interessasse de verdade.

Chego um pouco mais perto e o encaro formando uma sobra por cima da lata velha.

— ninguém tirou esse lixo daqui... - me viro pra continuar quando sinto algo segurar minha perna.

Um esqueleto começa a surgir das cinzas se rastejando até mim lentamente, como uma presa abatida perto de morrer que ainda lutava inutilmente pra continuar viva.

— O que você quer?

A coisa começa a soltar ruídos altos igual a um aparelho quebrado, que se dissolvem aos poucos em palavras chiados como uma TV fora do ar.

— Eu tenho.... Que... Eu.... Preciso...

— entendo, você com certeza não é humano. Então diga: quem ou o que você é, e o que procura comigo?

Com dificuldade aquilo começa a se explicar — Meu nome... é Matsu um ponto zero... Meu criador se chama By3-409 May, eu nasci para ajudá - lo, apóia - lo e protege - lo... No início meu criador era uma pessoa boa, que se importava com os outros.. Mas então uma coisa terrível aconteceu e ele se tornou outra pessoa, alguém corrompido, alguém cruel... Eu tentei Pará -lo mas já era tarde demais.... Ele me destruiu e fugiu deixando um rastro de destruição... Eu não aguento mais vê -lo desse jeito... Quero por.... Um... Fim... Nessa.... loucura........

Mesmo na miséria, não podia deixar aquela coisa continuar sofrendo, coloquei o pé encima de sua cabeça pronto para esmagá - la.

— não... faça.... Isso! Não vou morrer... Só estou... incapacitado, e preciso... — Ele abre o lugar onde deveria ficar o estômago e de lá tira uma mala de aço erguendo - a em minha frente com os ossos trêmulos  — Vá para Itália, meus rastreadores a indicaram lá, e essas são as últimas provas em todo o mundo... As provas que mostram.... O que... Meu criador....

A coisa para de falar e cai no chão se desligando.

— Fique aí então... — eu a deixo, me distanciando por alguns metros só pro precaução.

Abro a maleta de aço que me entregou, de início pareciam só papéis de recordações...

Como estava enganado...

Passado o tempo eu só queria ler mais, cada palavra, cada lembrança do passado, muitas coisas horríveis. Me perguntava se alguém que parecesse tão "normal" poderia ser capaz...

Talvez fosse mentira, mas o que esperar de alguém como ela? por que algo tão conveniente aconteceria de repente? May não é nenhuma anja e pode nunca ter feito algo realmente bom, mas talvez fosse alguma enganação. O problema é que, depois daquele dia no Cassino...  Aquilo me consumia.

Aquilo não só me consumia, me corroia por dentro como ácido, como alguém assim dormia todas as noites sem sequer um pesadelo?


P.O.V May:

Eu acordo.

No começo não reconheço, mas estou no mesmo quarto que me lembro de ter dormido.

uma tag bem aleatoria De.... Wahtever .-.Onde histórias criam vida. Descubra agora