— Eu... — ele franziu o cenho, inspirando fundo, suas narinas se alargando. — Eu te machuquei.
— Não, não. Foi incrível... Eu pedi por isso, lembra?
— Não. — ele pegou meu pulso, mostrando a ferida que suas unhas grandes e fortes fizera. — Eu te machuquei. Eu...
— Ei... — falei, colocando as mãos em seu rosto, fazendo-o olhar para mim. — Está tudo bem... Eu... Eu não ligo, Der... Está tudo bem.
Sua boca formou uma linha fina, pegando meu pulso com carinho, lambendo os talhos finos e sangrentos. O brilho vermelho em seus olhos sumiu, suas orelhas sumiram, suas “garras” sumiram. Derek estava completamente controlado, seus olhos encontrando os meus com pesar.
— Eu te machuquei, gatinho.
— Não se preocupe com isso, guri. — falei, puxando-o para um beijo mais calmo. — Quer tomar outro banho? Porque eu acho que vou precisar de ajuda...
— Eu... — ele pareceu pensar por uns instantes, até seus olhos se arregalarem — Eu te machuquei tanto assim que não consegue andar?
Eu ri, sem conseguir evitar, dando-lhe um selinho em seguida. Empurrei-o com as duas mãos em seu peito e me levantei, ficando de pé a sua frente. Pedi para que ele desse mais alguns passos pra trás e rodei em torno de mim mesmo uma vez antes de sentir minhas pernas cederem, fracas. Eu não sabia se ria, ficava com vergonha ou com raiva de mim mesmo.
Entretanto toda a graça da situação foi tomada quando Derek se aproximou de mim, seu rosto contorcido pela preocupação. Suspirei e coloquei uma mão em sua bochecha, onde sua covinha deveria estar.
— Garoto, se acalma. — falei, tombando a cabeça para o lado, vendo-o direcionar seu olhar para a parte do meu pescoço que estava liberada. — Eu só cansei. Foram dois orgasmos bem intensos, okay? Você só machucou meu pulso um pouco, mas tudo bem. — dei de ombros — Dizem que todo mundo faz suas loucuras durante a transa. Soube até de uns que gostam de ser enforcados, intencionalmente, vê?
Vi-o se remexer, como se tivesse um calafrio e eu ri baixo, acariciando a pele macia de sua bochecha. Mordi o lábio inferior, olhando-o.
— E aquele banho, hein? Está de pé?
Ele me olhou, ainda preocupado, e me levantou, como uma princesa, com a facilidade de levantar uma pena. Arregalei os olhos e me agarrei a ele com o súbito movimento. Ele me levou ao banheiro e, juntos, no box, tomamos um banho longo e demorado, em que ele me ensaboou e me lavou e eu... Bom, eu brinquei com seu corpo, fazendo-o rosnar toda vez que o deixava minimamente excitado.
— Para de fazer isso. — rosnou uma vez, virando-me de costas para eu não toca-lo, ou para ensaboar minhas costas, ou para não me deixar toca-lo.
— Por quê? — choraminguei, cruzando os braços, mas logo descruzando quando senti sua mão bater forte na minha bunda. — Ai! Isso doeu!
— Isso é por não se comportar. — disse o alfa, então eu senti-o se aproximar, colando uma mão em minha cintura e mordiscando a pele sensível da minha orelha — E isso é por me provocar. — fechei os olhos, sentindo um arrepio bem vindo em minha coluna, seguindo para minha pélvis. Tentei esfregar-me contra ele, mas ele segurou meu quadril com força, impedindo qualquer movimento. — Se continuar, vou te foder aqui nesse box, é isso que quer?
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Magic Idol (ABO)
Teen FictionEle não queria ser aquilo que ele é. Queria continuar sendo ele mesmo, com suas forças, fraquezas e amizades. No entanto, o destino pregou-lhe uma peça, Frederick descobriu-se um ômega e, não tão somente isso, apaixonou-se por um alfa... E, como em...