C. 8 - INCENTIVOS

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— Aaaah! — gritei mais uma vez, sentindo-o queimar meu braço com seus dedos. — Ai!

— Ah, por favor, foi só uma queimadurazinha de nada. — falou Geoffrey, sorrindo para mim enquanto segurava meu braço queimado, ajudando-me a levantar.

Respirei fundo. Era a terceira queimadura que eu ganhava naquele dia, deixando uma marca vermelha em meu braço. Senti a água fria da torneira tocar a terceira queimadura que o irmão de Derek fazia no meu braço esquerdo. Respirei fundo, fechando os olhos enquanto sentia o cheiro da minha pele queimada. A água gelada fazia minha pele arder enquanto Geoffrey pegava meu braço, colocava a mão sobre a minha pele, como se tirasse o calor da queimadura. 

Estávamos nisso há dois dias. Via seus olhos âmbar ficarem com um brilho branco ao redor da íris ainda claras, e ele me lançava para trás, para eu cair na grama macia e verde de seu gramado, ou se aproximava de mim com os dedos vermelhos, quentes, transformando a energia em volta dos seus dedos para roubar o calor do ambiente, deixando-o frio, queimando meu braço em um ponto diferente, ou transformando a energia ao redor de seu corpo em eletricidade, dando-me um choque que me jogava para trás e fazia meu corpo inteiro tremer. Em minha cabeça, eu o havia xingado não uma ou duas vezes, mas umas mil vezes só naqueles dois dias.

— O que diabos você está fazendo com ele, Geoffrey? — ouvi Derek rosnar por trás de nós dois.

Geoffrey bufou e rolou os olhos, fazendo uma careta e balbuciando qualquer coisa que eu não entendi, como se o irmão mais novo fosse idiota, e se virou para Derek com um sorriso cínico nos lábios.

— Estamos treinando, obviamente. — falou, dando de ombros. — E você não é permitido durante os treinos, justamente por causa dessa sua carranca e seu instinto superprotetor.

Senti Derek se aproximar, pegando meu braço de debaixo d'água e olhando as queimaduras em forma de mão no meu braço. Ele arregalou os olhos, olhando para Geoffrey com raiva.

— Eu disse para treina-lo! Não feri-lo! — gritou para o irmão, segurando meu braço, quase esfregando as queimaduras na cara do mais velho como evidencia.

— Ei, Der. Calma, lobinho. — falei, puxando meu braço e olhando-o com um meio sorriso nos lábios. — Sua preocupação é louvável, mas eu já tive machucados piores na minha infância.

— Geoffrey! — seus olhos começaram a ficar violetas.

— Certo, então... Vamos partir pra outra abordagem. — falou o mais velho e sofisticado Frenshwick. Seus olhos brilharam com uma luz branca e perversa. — Quero testar uma teoria.

— O que você vai fazer? — perguntei, enquanto via um sorriso maquiavélico aparecer nos lábios finos.

Ele sorriu para mim, misterioso e pegou Derek pelo braço e observei enquanto Geoffrey guiava o mais novo para o centro do jardim, onde sempre começava nossos treinamentos. Enquanto eles iam, conversando, eu os olhei, curioso.

Eles eram muito diferentes um do outro. Geoffrey era mais alto, magro, e seus olhos âmbar eram fáceis de decifrar depois que o conhecia. Ele tinha uma personalidade mais calma, porém alegre e, às vezes, agitada, quando algo muito legal acontecia, ou quando ele ficava excitado com alguma ideia. Seus olhos brilhavam brancos com facilidade, apesar de ele conseguir controlar suas emoções o suficiente para não sair soltando faísca por aí. Enquanto Derek tinha os olhos azuis, tão azuis que pareciam safiras, tinha um corpo maior e musculoso que não ficava bem em ternos caros e sofisticados. Era um ou dois centímetros mais baixo que o irmão, mas não o deixava inferior. Tinha uma aura sombria, misteriosa, até, com uma reputação de bad boy que o seguia como uma sombra.

No entanto, eles compartilhavam uma tristeza, que só podia ser vista quando os conhecia um pouco mais a fundo, isso os unia, apesar das diferenças, conseguia ver que eram bem unidos.

— Ai! — ouvi Derek gritar, do outro lado, caído de costas no arbusto. — Isso doeu!

— Seu namoradinho disse a mesma coisa. — riu Geoffrey, debochado, enquanto Derek se levantava com os olhos violetas.

— Ei, Geoffrey! Achei que era pra treinar comigo! — falei, correndo em direção a Derek, ajudando-o a sair dos arbustos. — Está tudo bem, lindo?

Ele ergueu uma sobrancelha, o avermelhado de seus olhos se esvaindo ao mesmo tempo que um sorriso aparecia em seus lábios, um sorriso estranho e curioso, mostrando as presas. Eu franzi o cenho enquanto ele se levantava e continuava a me olhar, curioso, seus olhos voltando ao normal.

— Faça de novo. — falou o alfa, sorrindo, para Geoffrey.

Eu o olhei, pasmo.

— O quê? Não! — falei, virando-me para Derek. — Você é maluco?

— Não. — falou o maior e mordeu o lábio, olhando para Geoffrey. — É a minha vez de testar uma teoria.

Geoffrey sorriu, cúmplice, e Derek me colocou de lado, ficando frente a frente ao irmão, a distância de um braço. Franzi o cenho, olhando para os dois como se fossem loucos.

O beta colocou a mão no ombro do irmão e ouvi Derek gritar pela dor, meu coração se apertou e meus dedos começaram a formigar. Parou de gritar, massageando o ombro incandescente da jaqueta. Seus olhos estavam violeta e ele rosnava para o irmão, que me olhava com um sorriso sugestivo. Meu coração acelerou, com raiva.

— O treino é comigo! — gritei, minha voz soando três vezes mais alto, Geoffrey foi jogado para trás, pego desprevenido, batendo na madeira da casa. — Ele não tem nada a ver com isso!

Eu corri em direção a Derek, vendo como ele estava. Sua jaqueta estava incandescente no ombro e eu a tirei com alguma urgência, vendo como seu ombro estava. Sua pele estava com uma marca vermelha no formato de uma mão de dedos longos. Mordi o lábio e coloquei a mão na queimadura, fechando os olhos, sentindo meus dedos formigarem e o puxão se formar em meu estômago. Respirei fundo e senti meus dedos esquentarem enquanto eu roubava o calor da queimadura.

Quando abri meus olhos, a marca de mão havia desaparecido e minha mão estava avermelhada, quase incandescente, eu a afastei de Derek, não querendo mais machuca-lo.

— Está tudo bem? — perguntei, vendo o alfa sorrir para mim.

— Sim. Está tudo mais que perfeito! — disse ele, colocando a mão em meu rosto. — Você conseguiu.

— Consegui? — olhei para o ombro, a ferida sumindo e aos poucos o puxão no meu estômago se tornou um leve aperto, meus dedos parando de formigar. — Eu consegui.

— Sabia! — Geoffrey gritou, quando voltou caminhando pesado, com um enorme sorriso nos lábios. Quase medonho. — Vamos, de novo.

Franzi o cenho e virando-me para Geoffrey, ficando a frente de Derek de forma protetora. Eu não o deixaria machuca-lo de novo por causa desse maldito treinamento, meus dedos formigavam e o puxão se formou em meu estômago. O beta sorriu para mim, seus olhos brilhando brancos enquanto seus dedos soltavam faíscas de eletricidade.

— Você não vai encostar nele. — rosnei, vendo Geoffrey sorrir ainda mais. Seus olhos brilharam.

— Me impeça então. — falou, dando um passo pra frente e eu dei um segundo passo, esticando o braço, fazendo-o flutuar por um tempo antes de cair de bunda no chão. Ouvi a risada baixa de Derek atrás de mim, mas logo Geoffrey estava de pé novamente. — Bom. De novo.

Eu passei mais algumas horas treinando naquela tarde com Geoffrey ameaçando machucar Derek, que parecia se divertir enquanto o irmão me irritava, uma, duas, três vezes seguidas. E, quando o irmão pegava-me desprevenido, tentava ataca-lo, mas eu entrava na frente, ou desfazia o que ele estava fazendo. Nem sempre eu conseguia, mas Derek não parecia se importar, quando Geoffrey o ameaçava ele só ficava parado e simplesmente deixava que o irmão fizesse o que quisesse com ele. Qual é o seu problema? Quis gritar, mas o beta não me dava tempo.

Quando a noite caiu, as estrelas surgiram no céu, brilhantes, dançando no céu negro. Eu estava suado, deitado no chão, sentindo meu corpo cansado e dolorido, sem energia para sentar ou levantar. Meus olhos estavam pesados e meus membros pareciam feitos de borracha, mesmo depois de anos treinando judô, meu corpo não estava preparado para aquele tipo de treino, em que levaria mais de dez choques, desviando-os, ou não. Apesar disso, eu estava bem, porque aquele fora o primeiro dia desde que começamos a treinar em que consegui revidar.

— Derek, acho que ele não vai conseguir levantar. — ouvi Geoffrey falar enquanto meus olhos se mantinham fechados, porque não conseguia abri-los. — Ele mal, mal tá conseguindo ficar acordado. Pelo menos ele aprendeu a controlar as explosões hoje, mas não conseguiu controlar tudo.

— Eu posso ouvir vocês. — murmurei, de olhos fechados.

Ouvi a risada baixa de Derek. Ouvi seus passos se aproximarem na grama e senti seus braços sustentando meu corpo, colocando um sob minhas pernas e outra segurando meu tronco. Ele me deu um beijo na bochecha e começou a mordiscar minha orelha, fazendo arrepios surgirem na minha espinha. Eu gemi, batendo em seu ombro, eu não tinha forças nem para isso.

— Vem, você está merecendo um banho depois de hoje, meu gatinho. — eu não tinha forças para contestar.

— E pensar que só era preciso um pouco de incentivo, hein, Fred? — ouvi Geoffrey falar e eu resmunguei, fazendo os dois rirem ao mesmo tempo.

Derek parecia muito feliz com os resultados, mas não tinha tanta certeza assim se seria por causa do meu treinamento, ou por causa dos meus avanços no treinamento. Algo em sua voz, a forma como pronunciou o pronome possessivo, como se eu tivesse provado alguma de suas teorias.

Eu não tinha energia pra pensar nisso, entretanto. Minha cabeça parecia me enganar, eu escutava um leve zumbido que não deveria vir de nenhum lugar além da minha cabeça. Gemi brevemente enquanto ouvia passos de Derek na escada de madeira, levando-me para cima, para seu quarto no segundo andar, onde eu vinha dormindo nos últimos dois dias daquele fim de semana. Ele me colocou sentado sobre a tampa da privada enquanto andava pelo enorme banheiro de sua suíte.

O banheiro dele não servia nem como comparação para outros simples banheiros, de simples mortais, como o meu — apesar de que, os banheiros na fortaleza do meu pai eram tão luxuosos quanto esse, mas isso não vem ao caso — que era minúsculo se comparado àquele. Deixei minha cabeça cair, junto com o meu tronco curvado, fazendo minha cabeça tombar em meus ombros, apoiando as mãos nas bordas frias de cerâmica do vaso sanitário.

O piso era uma cerâmica mais porosa, como se fosse antiderrapante ou coisa assim, de forma que, mesmo molhado, não houvesse possibilidades de escorregar ou qualquer coisa do tipo. A banheira quadrangular era acessível por uma escada de três degraus com a mesma cerâmica do piso do banheiro, e lâmpadas incandescentes, pequenas, faziam o ambiente ficar sexy, agradável e romântico. Eu abri os olhos e levantei a cabeça com um pouco de dificuldade por causa da exaustão, observando quando Derek começou a encher a banheira, seus músculos se contraindo quando abaixou para testar a água. Ele estava sem camisa.

— Vai tomar banho comigo? — perguntei, sentindo minha garganta seca.

— Sim. — respondeu o alfa com simplicidade, virando-se para mim com um lindo e preguiçoso sorriso nos lábios. — Estou muito orgulhoso, gatinho.

— Você ficou rindo de mim. — choraminguei, enquanto ele tirava a blusa sem mangas que eu usava.

— Sim. — ele disse e mordeu o lábio, sorrindo.

— E você ficou parado ali, sem fazer nada!

— Era o seu treinamento, gatinho. — ele falou, tocando meu nariz com o indicador. Ele começou a desabotoar minha calça jeans, abaixando-a junto com a cueca, deixando-me nu a sua frente. Senti meu rosto esquentar enquanto ele me olhava, de cima abaixo.

— Eu vou tapar seus olhos se continuar me olhando desse jeito. — disse, baixinho, envergonhado. Ele já viu muito mais do que isso, mais de uma vez. Do que você está com vergonha?

— Já passamos da fase da vergonha, não acha, meu anjinho.

— Eu sei, mas... — olhei para baixo, evitando olhar para o corpo seminu do garoto a minha frente. — Eu nunca precisei que... que me ajudassem a tirar a roupa... não dessa forma.

— De que forma? — vi suas calças serem abaixadas, enquanto ele dava um passo a frente. Seus lábios tocaram minha orelha, mordiscando o lóbulo. — Eu nunca quis tanto que alguém me protegesse como me protegeu hoje. — ele sussurrou, sua respiração em minha orelha fazendo minha pele se arrepiar. Ele colocou o polegar direito em meu braço, passando-o levemente em minha pele. — Você ficou com medo de que eu me machucasse?

— Cl-claro! — senti seus dedos passarem pelo meu braço, até tocarem meus dedos. Seus dedos longos tocaram os meus, apertando-os e os levando até seus lábios macios. — Eu vi o que Geoffrey é capaz. Ele...

— Você ficou com medo de que eu me machucasse, e queria me proteger. — ele falou, seus lábios roçando meus dedos, formando um sorriso suave — Isso foi seu incentivo para o treino. Agora você pode controlar o tipo de energia que vai dominar, onde e quando, logo você vai conseguir controlar quanto de sua energia vai desprender para dominar a energia. — ele beijou meus dedos com suavidade, sorrindo contra minha pele. — Eu estou muito orgulhoso de você. E agora eu quero muito que você tome um banho, porque você está todo suado e precisa desse banho, gatinho.

— E por que você está nu se quem vai tomar banho sou eu?

— Porque... — ele sorriu e me levantou como se eu tivesse o peso de uma pena. Ele subiu os degraus que levava para a banheira. — Eu vou tomar banho com você. — ele falou, ainda com aquele lindo sorriso em seus lábios quando entrou na banheira, acomodando-me entre suas pernas. — Porque eu levei muitos choques e meu ombro foi queimado por sua causa hoje, eu também mereço esse banho relaxante numa banheira de hidromassagem.

Eu sorri, apoiando meu tronco no seu, sentindo seus braços em volta de mim e eu me sinto protegido. Meu corpo relaxa na água morna e eu permiti meus olhos se fecharem enquanto minha cabeça estava apoiada no ombro de Derek, ele começou a massagear meu corpo com uma esponja macia de banho, começando pelos meus ombros, meu corpo ficou mole enquanto seus dedos passavam pelas minhas costas, apertando os músculos ao redor das minhas costelas, que estavam especialmente doloridas. Gemi com a dor, meu corpo se contraindo novamente.

— Dói? — ele perguntou, apertando minhas costelas novamente. Eu fiz uma careta.

— Eu estou bem. — falei, tirando sua mão daquele lugar dolorido. Virei-me para ele, dando um beijo em seu queixo com um resto de barba por fazer. — Só não... encoste ali de novo, pode ser?

— Aquele maldito filho da mãe. — ouvi Derek murmurar. — Ele te machucou. Não vou deixa-lo impune por isso.

— Não, Derek. Por favor. — virei-me com certa dificuldade, sentindo meu corpo doer com o movimento — Eu estou bem. É só uma contusão, vai ficar roxo, só isso. — eu respirei fundo e deixei meu corpo cair sobre o  dele. Eu não tinha energia nem pra isso. — Eu estou tão cansado... Por favor, não, Derek.

— Tudo bem. — ouvi-o murmurar contra meus cabelos molhados, seus dedos logos terminando de massagear meu corpo.

Ele ainda apertou alguns pontos sensíveis no meu corpo, que doíam e eu tentava controlar meu corpo para não contrair, encolher-se ou qualquer coisa do tipo, mas ele contraía involuntariamente, meu rosto fazia uma careta e um gemido de dor saía da minha garganta, e o alfa soltava um rosnado contido. Derek terminou de me lavar, levando-me para fora da banheira quando a água já estava fria e meu corpo, mesmo que aquecido pelo mais quente dele. É, exatamente, porque os alfas lúpus tinham poderes, podiam se transformar em lobo, curavam-se mais rápido, tinham sentidos mais apurados e seu corpo era mais quente, não de modo metafórico, apesar de ele ser gostoso e quente, não. Derek tinha o corpo mais quente, porque seu metabolismo era mais rápido.

O alfa me enxugou, colocou-me nu em sua cama, deitado com a cabeça em seu travesseiro com seu cheiro. Sorriu para mim, deitando-se ao meu lado, abraçando meu corpo, envolvendo-me com o dele. Puxou o lençol de sua cama para nos cobrir e beijou minha cabeça.

Eu fechei os olhos, sentindo-me cansado, meu corpo amoleceu em contato com o dele e eu adormeci em sua cama.

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No dia seguinte, eu abri os olhos por causa de um fino feixe de luz que atravessava a fresta da cortina e batia em meu rosto, mordi o lábio, sentindo um leve tremor surgir em meu peito. Minha pele estava descoberta, o lençol estava todo embolado do lado em que Derek deveria estar. No lugar, havia um bilhete escrito a mão e uma margarida amarela, seu cheiro enchendo meus sentidos, um sorriso tomando meus lábios.

Outros cheiros encheram meus sentidos e me fizeram salivar, meu estômago roncou em antecipação. Levantei-me da cama, sem me importar muito que estivesse nu, meu corpo exposto ao frio do ar condicionado. Peguei o celular na mesinha de cabeceira, o bilhete que estava no travesseiro que Derek havia se deitado e procurei o dono daquele cheiro maravilhoso: o bacon e um sanduíche de ovos mexidos partido ao meio. A comida estava em cima da mesa, com uma margarida em um pequeno vaso de vidro adornado.

Abri o bilhete que estava na cama, dando uma mordida em uma tira frita de bacon.

Gatinho, tem um café da manhã completo pra você na escrivaninha, fique a vontade para comer o que quiser. Eu avisei Geferson que você só poderá ir à tarde, ele compreendeu completamente. Você estava dormindo tão bonito quando acordei que fiquei com pena de acorda-lo, sei que não gosta de dormir até tarde, não fique muito bravo comigo.

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