Capítulo 2

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Notas: boa tarde, xuxus!

Queria dizer que fiquei muito muito feliz com a resposta de vocês à fanfic. Ri muito com os comentários! Espero que continuem animadas pelos próximos 17 capítulos. <3 E como prometido, aqui está o 2. Boa leitura!

Dinah Jane Point of View.

Foi um ótimo final de semana. Adorei os cachorros, Normani e Maya os soltaram no grande terreno e eles correram, brincaram, foram buscar bolinhas que jogávamos. Cercavam Normani com lambidas, pulando em cima dela, que ria e os afagava. Fiquei maravilhada com seu apego aos animais e como eles retribuíam. De short jeans e camiseta, brincando e correndo com eles, Normani era um espetáculo para os olhos e eu fazia de tudo para controlar meus hormônios e meu olhar. Chegava a sentir calor!

Eu os examinei, li seus prontuários, recebi informações de Normani e o que seria esperado de mim. Concordei, fiz perguntas e anotações. Mais tarde, como era sábado e eu não trabalharia, só começaria na segunda-feira, Maya me levou de carro até Santa Ana e pude conferir o endereço que o detetive tinha me dado.

Era um prédio antigo de três andares em frente a uma praça. Conversei com o porteiro e o novo morador do 204, local onde minha mãe tinha morado. E com alguns vizinhos. Ninguém se lembrava dela e o porteiro disse que a vizinhança mudava muito, pois até um tempo atrás os apartamentos só podiam ser alugados. Agora é que alguns o tinham comprado.

Ele ficou de conversar com o síndico e procurar registros de antigos moradores, para saber exatamente até quando Milika Amasio viveu ali. Falou para eu voltar na segunda ou terça e trocamos telefones, assim nos informaríamos sobre o andamento do assunto. Agradeci muito e voltei para casa calada. Maya perguntou ternamente:

-    Está desapontada, Dinah?

-    Eu sabia que não ia ser fácil. Por isso tranquei a faculdade por seis meses, para ter tempo de investigar. Mas fico pensando, e se ela estiver morta?

-    Vai ter que aceitar, amiga, eu sinto muito.

-    É, eu sei.

Milika Amasio era uma lembrança tênue que eu tinha. Como fui parar no orfanato aos três anos, lembrava muito pouco desse período. Mas uma lembrança marcante que eu tinha era de uma mulher morena me abraçando e chorando, suas lágrimas me molhando. E eu mesma chorando, chamando por ela enquanto se afastava e me deixava sozinha. Tudo o que eu sabia era que fui encontrada na porta do orfanato apenas com a roupa do corpo e uma toalhinha onde estava bordado o nome Dinah. Mais nada.

No entanto, aquela lembrança ficou. Não me recordava do rosto dela, mas seu cabelo castanho roçando em mim, seu colo suave ao me abraçar e seu cheiro ainda eram reais demais. E suas lágrimas. Se chorava tanto ao me deixar, talvez estivesse desesperada. Eu nunca esqueci aquilo e sempre quis saber que motivo teria para me abandonar assim e nunca mais voltar.

Estaria sozinha e doente? Teria morrido depois disso? Passaria fome comigo? Ou simplesmente não me quis mais? No entanto, eu me agarrava às suas lágrimas e me convencia que não queria me deixar. Embora não compreendesse como uma mãe poderia largar um filho, eu precisava desesperadamente entender por que ela fizera isso. Quem era ela, quem era minha mãe, de onde eu viera. Era quase uma obsessão.

-    Você vai descobrir tudo, querida. Só precisa ter paciência.

-    Mais do que tenho? Espero por ela há dezenove dos meus vinte e dois anos, May. Sempre soube que quando saísse do orfanato eu a procuraria. E é tudo que tenho feito.

-    Agora está mais perto. - Concordei com a cabeça.

No domingo de manhã Normani fez de tudo para convencer Maya a deixar seu carro ali e voltar a Arizona de avião, que depois ela mandaria seu carro. Mas ela a convenceu de que queria ir de carro e que daria uma carona a uma colega que estava na Califórnia e voltaria com ela. Depois do almoço nos despedimos dela, agradeci muito, jurei manter contato e informá-la de qualquer novidade. E ela prometeu ligar assim que chegasse em Phoenix.

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