Capítulo 16

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Notas: boa tarde, nenês. 

Não sei de onde vocês são, mas aqui em São Paulo resolveu cair o mundo de chuva nos últimos dois dias e eu pra variar to morrendo de gripe. Mandem energias positivas pra autora ficar boa logo, por favor. <3

Dinah Jane Point of View.

Maya foi embora e entramos em uma rotina só nossa. Muito sexo, saídas, trabalho e divertimento com os cachorros, mais aulas de direção. Acabei pegando o Honda que ficava na casa e saindo aos poucos para lugares perto. Josh às vezes ia comigo, me orientando no tráfego de Santa Mônica. Em pouco tempo já saía sozinha e dirigia tranquilamente.

Normani deixou-me dirigir o carro dela e levei-a e a trouxe quando saímos uma noite para jantar. Fui muito elogiada e fiquei toda boba, me sentindo o máximo.

Consegui aceitar o fato de que minha mãe me abandonou porque quis. Ainda sofria com tudo aquilo, mas empurrei para bem fundo dentro de mim e consegui sobreviver. Voltei mais duas vezes para visitar Camila e dona Mercedes, levei presentes para elas, agradeci por tudo. Camila ficou chateada ao saber o desfecho daquela história, mas ao menos agora eu tinha uma nova amiga e combinamos de nos ver mais vezes.

Falava com Maya ao telafone quase todo dia. Aos poucos, voltamos a ser tão ligadas uma a outra como sempre, fofocando e rindo. O que eu considerava mais uma grande alegria e conquista. Com Normani as coisas não podiam estar melhores. Sentia sempre medo que ela se cansasse de mim e vivia atenta, sem querer impor minha presença. 

Mas tudo ficava cada vez mais intenso. Nunca a vi falar de outra mulher ou dar mole para alguma quando saíamos juntas, embora elas babassem por ela e fizessem de tudo para chamar a atenção. Eu nem podia acreditar que era eu que estava ali com ela, recebendo seus olhares e sorrisos, sendo alvo predileto dos seus desejos. Mas era o que acontecia.

Dormíamos juntas, jantávamos juntas, nos divertíamos. Ambas ficamos felizes e ao mesmo tempo chateadas quando alguns cachorros foram adotados, pois estávamos acostumadas com eles. Mas saber que teriam uma família, seriam bem cuidados, nos consolava. Novos cachorros chegaram e tratei deles, entrei no processo de curar os machucados, dar vacinas, acostumá-los com os outros. E Normani ajudava, corria com eles, dava banho. Era tudo tão maravilhoso naqueles dias que chegava a dar medo.

Na cama éramos insaciáveis. O desejo estava sempre presente como algo vivo, ardendo, enlouquecendo. Depois de dois meses juntas, era ainda mais intenso que antes. Fazíamos de tudo. Aprendi a gostar das mais variadas coisas, desde simplesmente ter seu corpo pesando sobre o meu, dentro de mim, a gozar amarrada, espancada na bunda ou torturada pelo prazer dolorido e absurdo que me fazia sentir.

Compramos mais fantasias e brinquedos sexuais. Os vibradores eram os meus preferidos. Gozava demais com o membro de Normani em minha buceta e um vibrador no ânus ou o contrário, enquanto ela murmurava pornografias em meu ouvido, mandava imaginar que era uma putinha e tinha duas pessoas me comendo. Às vezes três, quando seu pau estava em minha boca. Eu ficava louca, alucinada, fora de mim.

Durante um tempo, achei que me convidaria para alguma orgia. Lembrei do casal do qual falara e cheguei a pensar no assunto, se eu aceitaria um menage com eles. Na verdade não sentia desejo por outras pessoas. Acho que eu iria, gozaria, faria o que Normani quisesse, mas não era exatamente um desejo. Era perfeito demais só com ela. Não sei se sentia isso, mas ela nunca ofereceu nada do tipo. Nem com seus amigos nem com suas amigas. E o que mais me surpreendia era que também parecia satisfeita só comigo, sempre cheia de tesão. Me olhava de um jeito que me fazia estremecer por dentro. Éramos realmente insaciáveis, taradas uma na outra.

Eu me sentia livre e libertina com ela. Não tinha vergonha de mais nada. Tínhamos conquistado uma intimidade e uma confiança tão grande, que às vezes só de olhar eu sabia o que Normani queria. E fazia. Como naquela noite.

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