Capítulo 17

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Notas: boa tarde, bebês. SÓ MAIS UM DEPOIS DESSE. :( Eu fico muito triste com fim de ficzinha, mas vamos lá.

Dinah Jane Point of View.

O tempo poderia ser um amigo ou um inimigo. Passei os cinco melhores meses da minha vida ao lado de Normani. Mas agora, quando havia começado o sexto mês, o desespero passava a ser cada vez mais constante. Era nosso último mês juntas. Logo eu teria que voltar para o Arizona, retomar minha faculdade e minha vidinha lá. E me separar dela.

Foi rápido e intenso demais. Se eu pudesse, faria o relógio voltar para trás, ganhar mais tempo, esticá-lo ao máximo para que não passasse. Mas era impossível. E cabia a mim apenas rezar para um milagre. Que Normani me quisesse com ela, que me pedisse para ficar. Mas ela nem dava sinais de que isso poderia acontecer. Apesar de estarmos sendo infinitamente felizes juntas.

Não falávamos sobre aquilo. Era um acordo tácito e mudo. Ao findar seis meses, meu destino voltava ao normal. E o que vivemos ficaria em um só lugar: no passado. A cada dia que eu acordava, a dor me consumia um pouco mais. O fim se aproximava e eu ainda não encontrara uma maneira de lidar com ela. Amava tanto Normani que seria perder a melhor parte de mim.

Talvez devesse agradecer por ter durado tanto. Afinal, vivemos juntas todo aquele tempo. Fomos amigas, amantes, companheiras. Saímos, viajamos nos finais de semana, passeamos ou simplesmente ficamos em casa. Fui sua única mulher naquele período inteiro. E ela fora minha. Contei a Normani toda a minha vida e soube de momentos importantes da dela. Mas em nenhum momento declarei meu amor, pois sabia que seria rejeitado. Sempre deixava claro que não queria envolvimento ou outro relacionamento sério em sua vida.

Maya me disse que, depois que Normani se divorciou, fui seu caso mais longo. Quase seis meses era um record para ela. Isso devia me animar. Mas como, se o final seria o mesmo? Naquela noite fomos juntas a uma boate. Dançamos, rimos, bebemos. Como tínhamos ido de táxi, ambas ficamos livres para o álcool. E para espantar aquela tristeza cada vez maior, tomei todas. Estava tonta, excitada, animada.

Com os cabelos soltos, de salto alto e vestido curto, eu a provocava, me esfregava nela, ouvia suas sacanagens no ouvido e dizia outras. Depois de dançarmos coladas na pista, cheias de tesão, voltamos para nossa mesa, eu na frente, Normani me abraçando por trás, mordiscando meu pescoço. Mal tínhamos acabado de nos sentar e pedir mais bebidas, um belo casal se aproximou da mesa e Normani se levantou animada para falar com eles.

Ambos deviam ter por volta de trinta e cinco anos, bem vestidos, aparência rica. Ele era alto, bonito, cabelos e olhos escuros, barba cerrada, forte. Ela parecia uma boneca, um pouco mais baixa que eu, uma morena de pele bem clara e cabelos pretos muito lisos, como os de uma índia. Tinha um corpo de parar o trânsito, realmente muito bonita. E olhos verdes incríveis.

-    Mani, você sumiu! - Exclamou o homem, sorridente.

-    Falei pro Zayn ligar para você! Mas sempre estava ocupado. - A morena afirmou, após trocar dois beijos na face com Normani, depois me lançando um olhar curioso.

Zayn. Normani já citara aquele nome. Foi aí que me lembrei. Zayn e a esposa eram o casal com quem ela disse que ocasionalmente transava, o do ménage. O que gostava de compartilhar a esposa.

Fixei os olhos na morena linda e senti um ciúme atroz me dominar na hora. Só de imaginar Normani com ela nua, na cama, fazendo tudo que fazia comigo, minha vontade era de voar na mulher. Apesar disso, ela sorria simpaticamente para mim e comentava com o marido:

-    Acho que descobrimos o motivo da ausência da nossa amiga. - E estendia a mão bem tratada, com unhas longas, para mim.

-    Minha namorada, Dinah Hansen. Meus amigos, Zayn e Lauren. - Apresentou-nos Normani, divertida. Era óbvio que gostava do casal. Imaginei o quanto.

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