Capítulo 8

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Notas: boa noite, xuxus.

Ouvi dizer que tem treta nesse capítulo... Quem vocês acham que vai aparecer pra perturbar a Dinah???

Dinah Jane Point of View.

Eu tinha usado muito a internet para tentar encontrar minha mãe, mas tinha sido um trabalho em vão.

Tinha mais de uma Milika Amasio e eu nem sabia a idade dela verdadeira. Calculava entre quarenta e cinquenta anos e buscava todas as informações possíveis. Quando algumas delas se enquadravam no perfil, eu fazia de tudo para entrar no seu face ou twitter, conversar, averiguar. Mas até então nada disso tinha dado resultado. Minha mãe poderia ser qualquer uma daquelas mulheres, poderia estar morta, casado e mudado de nome, ou simplesmente não ter nenhum dado na internet. E aí eu acabava voltando ao mesmo ponto: esperar que Mercedes se recordasse de algum fato ou nome que me ajudasse.

Todo dia ligava para Camila, que dizia que a situação estava na mesma. Mas eu mantinha as esperanças, acreditava que conseguiria alguma informação quando fosse visitá-las na sexta-feira.

Estava gostando cada vez mais de trabalhar no canil. Tinha me apegado aos cachorros, cuidava deles com comida e medicamento, dava banhos, corria e os exercitava, me divertia de verdade. Os filhotinhos eram meu xodó. Não podiam me ver que vinham gordinhos e animados para fazer festa e me lamber. Sansão continuava o mais arisco. A única que podia chegar perto era Normani. O máximo que eu podia fazer era pôr sua água e ração e tentar fazê-lo se acostumar com minha voz e presença.

Normani vinha sempre de manhã levar os cachorros para correr. Depois ia para sua empresa trabalhar. À noite, ficávamos juntas. Se bem que não havia ordem para as coisas. De terça à sexta daquela semana, dormi na cama dela. Eu só ia para minha casinha praticamente durante o dia, nos intervalos do trabalho. De resto, estava com ela.

Nunca fiz tanto sexo na vida. E gozei tanto. Não conseguia acreditar na potência sexual de Normani e em sua energia, que transbordava pelos poros. Já acordava acesa, todas as manhãs daquela semana me comia antes de levantar. Ia correr, trabalhava e quando voltava, malhava na academia. Na quarta e na quinta à noite fui lá, não para malhar, mas para vê-la. Ela achava graça eu ficar com tesão em observá-la socando o saco de boxe ou levantando pesos. Jantamos juntas naquelas duas noites, falamos sobre várias coisas e transamos.

Eu estava viciada nela. Deixava fazer tudo que quisesse comigo. Sua intensidade chegava a ser assustadora, mas apesar de muito ardente, eu sentia que ela ainda se controlava. Era como um vulcão prestes a entrar em erupção. Eu nunca sabia ao certo como faria sexo comigo, parecia ter um lado mais sombrio que continha, mas que deixava na beira para eu perceber. E eu aproveitava cada momento, pois amava todos eles. Não sentia medo, talvez um pouco de incerteza e curiosidade. No entanto, me entregava e deixava ela tomar as rédeas da situação.

Naqueles dias, quando ia escurecendo eu já ficava acesa, ansiosa, excitada. Não via a hora de estar com ela, sempre imaginando como me pegaria daquela vez, as sacanagens que tinha em mente. Percebi que era uma mulher livre, que gostava de viver, de rir, de aproveitar a vida. Amava fazer sexo e realmente curtia cada momento. E talvez testasse meus limites, pois na cama era voraz, dominadora.

E é claro, eu estava caidinha por ela. Era minha primeira paixão, já que por Alfredo e Siope eu não tinha me apaixonado. Normani tomava tanto os meus pensamentos que pela primeira vez na vida eu conseguia me distrair da obsessão de encontrar minha mãe. Em outra época, estaria roendo as unhas até sexta-feira chegar e eu ter novas informações. Mas agora, alternava minhas expectativas em saber da minha mãe e em estar com Normani. Quando ela estava comigo, então, eu esquecia o mundo. Mergulhava em um mundo só nosso, cheio de emoções fortes e intensas.

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