Waves

Capítulo 4

Notas: oi, gente. Só queria dizer que tô muito abalada com as fotos que a Dinah postou de biquíni.

Era só isso mesmo, boa leitura.

Dinah Jane Point of View.

Foi mais uma noite rolando na cama, cheia de imagens de Normani na mente me consumindo. Eu não estava acostumada com aquilo. As pessoas nunca foram tão interessantes para tirarem meu sono, nem meus dois ex-namorados. Mas agora, depois de poucos dias ali, eu ardia por aquela mulher como uma condenada. Estava caída por ela. E impressionada.

Masturbação noturna na piscina cantarolando. Transa com duas mulheres ouvindo música clássica e com as janelas abertas. Será que ela não se dava conta que podia ser espionada? Que eu podia ser uma voyeur tarada de prontidão nas madrugadas? Ou estava tão acostumada a fazer aquelas coisas que nem se preocupava? Simplesmente acreditara em minha palavra de que dormia cedo e continuou com seus hábitos. Peculiares, diga-se de passagem.

Tentei lembrar de tudo que Maya comentara sobre ela. Ela tinha namorado sua outra mãe no colégio e a engravidara quando tinha dezessete e Zendaya dezesseis. A família de Zendaya era muito religiosa e fez força pra elas casarem. Ficaram casadas dez anos, mas não eram felizes. Muito diferentes. Zendaya religiosa em demasia, fechada, cheia de regras. Normani cheia de vida, muitos amigos, muito cobiçada.

Agora eu entendia porque. Maya disse que o casamento durara tanto por causa dela, que as prendera por ser filha única e adorada por ambas. Mas por fim, fracassou. Segundo ela, Zendaya ainda amava Normani, ainda esperava ela se converter à sua religião e se acomodar. Não admitia, vivia a criticá-la por sua vida mundana, mas a amava.

Como não amar uma mulher daquelas? Eu mal a conhecia e já estava obcecada. Imagine Zendaya, que vivera com Normani dez anos e tivera uma filha com ela. Só de imaginar acordar e dormir com aquele pedaço de mal caminho, fazendo sexo com ela, beijando-a, por anos, eu ficava excitada. E olha que nem pensava em casamento! Pelo menos, só para o futuro.

Não a tirava da mente e só fui dormir de madrugada. Acordei às sete com ela na cabeça. E por fim me dei conta de que eu a queria demais. E quando eu queria muito algo, eu partia para a luta. Não era uma grande sedutora nem muito experiente. Talvez Normani pouco ligasse para mim, mas lembrei do clima que tinha rolado na academia entre a gente e que ela parecia ser bem suscetível ao sexo. Pois bem, pelo menos aquilo eu teria dela. Sexo. Ou ao menos tentaria.

Pensei em Maya e a culpa me atacou. Eu a amava, era minha amiga. Mas eu estava obcecada por Normani e eu só tinha seis meses ali. Ela nem precisava saber. Quando eu fosse embora, dificilmente encontraria sua mãe de novo. E tudo ficaria bem.

Depois do banho, olhei minhas roupas e comecei meu plano de sedução. Não tinha muita coisa ali, mas acabei colocando um short jeans velho que eu sabia que modelava bem minha bunda empinada e deixava minhas coxas grossas à mostra. Precisava explorar meus pontos fortes. E achei uma camiseta amarela justa, sem mangas. Marcava a cintura e o contorno dos seios grandes.

As roupas largas e confortáveis se aposentariam um tempo. De qualquer forma, eu cuidaria de cachorros. Não apenas como veterinária, mas como tratadora. Isso explicava as roupas à vontade. Fiz um rabo-de-cavalo, sandálias baixas e parti para o canil. Decidida e preparada para tudo. Mas não para ver Normani lá, apenas de short de malha e top, correndo e dando banho nos cachorros com uma mangueira. Tinha cinco com ela no terreno, correndo e latindo animadamente, ela ria e se divertia, já toda molhada.

Esfregava um vira-lata cheio de espuma e falava com ele, como se fossem grandes amigos. Olhei-a maravilhada. Era perfeita demais! Linda, gostosa, gostava de animais! Como eu poderia resistir? Eu me aproximei ansiosa, excitada, mas tentando manter o autocontrole. Entrei e alguns cachorros vieram correndo, se sacudindo, pulando em mim.